O poder da América
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O poder da América
O poder da América
Enquanto os EUA e as potências mundiais trabalham para impor novas sanções ao Irã, os ayatolás não se intimidam. Afirmam que o programa nuclear iraniano já é uma realidade e que o mundo vai ter que lidar com isso
O presidente do Irã foi o assunto da semana. Pousou em Nova York como persona non grata para participar da Conferência que discute a não proliferação nuclear. O evento é da ONU, e como a sede das Nações Unidas fica em Nova York, o governo americano não poderia impedi-lo de entrar no país como presidente do Irã e membro do clube de países que assinaram o acordo nuclear. Ahmadneijad falou para quem quisesse ouvir (muitos deixaram o plenário em protesto) que o Irã vai continuar com o programa nuclear mesmo sob pressão internacional. O encontro reúne delegações de diplomatas mas nenhum chefe de Estado compareceu. Mahmoud foi o único.
Enquanto isso, paralelamente numa outra conferência, um jovem iraniano de 25 anos contava o drama que viveu antes de fugir do Irã: “Desde que eles tomaram o poder há 30 anos nossas mulheres passaram a ser apedrejadas e os homens são caçados como animais. Desde que chegaram ao poder as armas são usadas contra nós. Desde que conquistaram a tecnologia, até as crianças são espionadas. Alguém duvida do que o regime pode fazer se construir armas nucleares?” Quem disse isso foi Roozebh Farahanipuor, um ex-estudante de Direito da Universidade de Teerã que se formou com honras na prisão, onde foi torurado pelas ideias que manisfestava na militância estudantil. Roozebeh terminou o depoimento pedindo ao presidente Obama que seja firme e imponha sanções mais duras capazes de frear o sonho nuclear dos persas.
De volta à ONU e Ahmadneijad ainda fala. O presidente do Irã pode não ter convencido, mas mostrou que ainda está no páreo e que sabe usar as brechas da ONU mesmo que seja para incomodar.
No ano passado, numa outra conferência, Ahmadneijad disse em alto e bom som que Israel deveria ser varrido do mapa. Na As sembleia Geral das Nacões Unidas voltou a atacar e negou o Holocausto. Na sequência anunciou que outras 9.000 centrífugas nucleares estavam a todo vapor no Irã, indo de encontro com o que determina a Comissão Internacional de Energia Atômica e o Conselho de Segurança da ONU.
Quem desestabiliza
Mas voltamos à Conferência que está acontecendo em Nova York. Ahmadnejad já está no fim do discurso e termina dizendo que os EUA e Israel é que desestabilizam a ordem mundial com jogos nucleares.
Tolo? Nem um pouco. O tiro foi certeiro. O Egito, inimigo histórico de Teerã e que teme o Irã nuclear, é o país que lidera a tal Conferência e já no começo das discussões disse que o foco do fórum é Israel. Querem o Oriente Médio como zona livre de armas nucleares e querem que o Estado Judeu assine o Tratado de não proliferação nuclear. Israel mantém um status de ambiguidade sobre seu programa nuclear e nunca confirmou se tem ou não ogivas nucleares. Mas sabe-se que o país deve ter até 200. E não para por aí. Ao que parece os EUA vão exigir que Israel assine o tratado, venha a público e revele seu arsenal atômico. Será o fim de uma política que dura 40 anos para evitar que Israel seja considerado o “bad boy atômico” do Oriente Médio.
Mas por de trás das cortinas os países árabes afirmam que a maior preocupação não é o Estado Judeu mas o Irã. Admitem que os EUA não vão conseguir interromper o programa nuclear iraniano.
O presidente Shimon Peres, o pai do programa nuclear israelense, disse ao então presidente americano John Kennedy, em 1963, que Israel jamais seria o primeiro a detonar armas nucleares no Oriente Médio. Muito antes da vitória de Barack Obama , Peres, pessoalmente, disse ao presidente do Egito, Hosni Mubarack, que Israel deveria assinar o Tratado de Não Proliferação Nuclear dois anos depois de estabelecida a paz regional.
O presidente Obama diz ser um realista sobre o Oriente Médio, mas não é o que parece. Para tentar resolver o impossível numa região tão volátil o que está faltando a Obama é pulso firme.
Vitor mango- Pontos : 118184
Re: O poder da América
Tolo? Nem um pouco. O tiro foi certeiro. O Egito, inimigo histórico de Teerã e que teme o Irã nuclear, é o país que lidera a tal Conferência e já no começo das discussões disse que o foco do fórum é Israel. Querem o Oriente Médio como zona livre de armas nucleares e querem que o Estado Judeu assine o Tratado de não proliferação nuclear. Israel mantém um status de ambiguidade sobre seu programa nuclear e nunca confirmou se tem ou não ogivas nucleares. Mas sabe-se que o país deve ter até 200. E não para por aí. Ao que parece os EUA vão exigir que Israel assine o tratado, venha a público e revele seu arsenal atômico. Será o fim de uma política que dura 40 anos para evitar que Israel seja considerado o “bad boy atômico” do Oriente Médio.
Vitor mango- Pontos : 118184
Re: O poder da América
Mas por de trás das cortinas os países árabes afirmam que a maior preocupação não é o Estado Judeu mas o Irã. Admitem que os EUA não vão conseguir interromper o programa nuclear iraniano.
Aí está o busílis da questão - a falta de sinceraidade, que gera a dúvida e nunca conduzirá a negociações sérias, não só relatiivament ao conflito israelo-palestino, mas também à questão do nuclear na zona.
No ano passado, numa outra conferência, Ahmadneijad disse em alto e bom som que Israel deveria ser varrido do mapa. Na As sembleia Geral das Nacões Unidas voltou a atacar e negou o Holocausto. Na sequência anunciou que outras 9.000 centrífugas nucleares estavam a todo vapor no Irã, indo de encontro com o que determina a Comissão Internacional de Energia Atômica e o Conselho de Segurança da ONU.
Se, em vez de fecharem os olhos aos dislates deste maio-metro provocador e ameaçador, se preocupassem em apertá-lo seriamente, desde o início, é provável que esse pavoneamento já não existisse e não tivéssemos de olhar, nunca mais, para tão execrável elemento. Assim, aí o temos, cada vez mais arrogante e senhor de si, com a benção dos EUA, incapazes de o enfrentar energicamente.
Todo este artigo é interessante e muito haveria a dstacar, mas fico-me por aqui, na certeza de que -e repetirei isto até à exaustão-, a lição do Iraque continua por aprender e apreender.
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
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