Sarah Palin aceita indicação republicana e ataca democratas

Sarah Palin aceita indicação republicana e ataca democratas


Sarah Palin
Sarah Palin foi prefeita e governadora no Alasca
A candidata a vice-presidente na chapa do republicano John McCain, Sarah Palin, fez um duro ataque ao candidato democrata à Presidência dos Estados Unidos, Barack Obama, na convenção de seu partido, em Saint Paul, no Estado de Minnesota, nesta quarta-feira.

No discurso em que aceitou a indicação republicana, Palin defendeu suas raízes de cidade pequena e disse que Obama fala de mudança mas não fez nada significativo.

Lembrando aos delegados republicanos de sua origem humilde e de sua posição de "mãe de torcida" de uma cidadezinha do Alasca, Palin fez menção à pouca experiência de Obama em cargo executivo.

"Antes que eu me tornasse governadora do grande Estado do Alasca, eu fui prefeita de minha cidade natal. E, como nossos oponentes na eleição presidencial parecem menosprezar esta experiência, deixe-me explicar a eles no que consiste o trabalho. Eu acho que um prefeito de uma cidade pequena é meio como um ativista comunitário, exceto que você tem responsabilidades reais", afirmou.

Antes de concorrer a um cargo público, o senador Obama foi ativista comunitário em Chicago.

'Elite de Washington'

Palin destacou que não é parte da "elite de Washington", numa referência de reportagens que abordaram vários aspectos da sua vida, como a gravidez da filha adolescente.

"Eu não sou um membro do establishment político permanente", disse.

"E eu aprendi depressa, nestes últimos dias, que se você não é um membro em boa posição da elite de Washington, então alguns na mídia o consideram um candidato desqualificado só por essa razão."

"Mas aqui está uma noticiazinha para todos os repórteres e comentaristas: Eu não vou para Washington para buscar uma boa opinião sobre mim; eu vou para Washington para servir ao povo deste país."

Palin falou de sua família, inclusive de seu filho mais velho, que deve ser enviado em breve para o Iraque para servir no Exército americano, e de seu filho mais novo, que sofre de Síndrome de Down.

A vice da chapa republicana também falou de política energética. Ela apóia a prospecção de petróleo em uma reserva nacional no Ártico, que fica no Alasca, mas disse que embora "não resolva todos os problemas de energia dos Estados Unidos", isso "não é desculpa para não fazer nada".

Ex-rivais

Os ex-governadores Mitt Romney, de Massachusetts, e Mike Huckabee, do Arkansas, que também chegaram a buscar a indicação republicana para disputar a Casa Branca, fizeram discursos mais cedo, elogiando McCain e criticando os democratas.

Romney destacou o potencial de McCain na área de segurança nacional, dizendo que ele é o candidato presidencial que derrotará o radicalismo islâmico, qualificado como "mal".

Huckabee, por sua vez, abordou as críticas sobre a inexperiência de Palin. "Eu estou tão cansado de ouvir sobre a falta de experiência dela. Ela conseguiu mais votos como candidata a prefeita de Wasilla, no Alasca, do que Joe Biden (vice na chapa de Obama) conseguiu ao concorrer para presidente dos Estados Unidos", afirmou, referindo-se ao desempenho de Biden nas primárias do Partido Democrata.

O ex-prefeito da cidade de Nova York, Rudy Giuliani, fez o último discurso antes de Palin. Ele chamou a eleição presidencial de 2008 de "ponto de virada" para o povo dos Estados Unidos.

"A escolha nesta eleição acaba sendo de conteúdo sobre estilo", afirmou. "John McCain foi testado. Barack Obama não foi. Tempos difíceis exigem liderança forte e esta não é a hora para treinar no cargo."

McCain deve aceitar a nomeação republicana em discurso nesta quinta-feira.