Saber fazer contas dá muito jeito....
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Saber fazer contas dá muito jeito....
A “irresponsabilidade” do Governo
O editorial do Público de hoje é sobre a crise e as consequências ao nível da perda de soberania para a Europa. Como pano de fundo, a “irresponsabilidade” do Governo na gestão das finanças públicas.
Quando o moralismo e a demagogia se juntam, pouco há a fazer — senão lembrar uns números elementares que mostram como a conversa da “irresponsabilidade” não faz nenhum sentido.
Conhecerá o Público o efeito dos estabilizadores automáticos, que aumentam a despesa social em tempos de crise (a protecção social subiu 3,3 mil milhões de euros entre 2008 e 2009)? Conhecerá o efeito da perda de receita pelo abrandamento da actividade económica (que levou a que entrassem menos 4,5 mil milhões de euros nos cofres do Estado de um ano para o outro)? Conhecerá a urgência de lançar pacotes anti-crise, como todos os países fizeram (que contribuíram para que as despesas de investimento subissem 2 mil milhões de euros entre 2008 e 2009)?¹
Somemos estes valores: 10,8 mil milhões. Ora, de 2008 para 2009, o défice orçamental subiu de 4,8 mil milhões (2,9% do PIB) para 15,4 mil milhões (9,4% do PIB): uma diferença de 10,6 mil milhões.
Mais coisa, menos coisa, aqui tem a direcção do Público a explicação para a “irresponsabilidade”.
posted by Miguel Abrantes
O editorial do Público de hoje é sobre a crise e as consequências ao nível da perda de soberania para a Europa. Como pano de fundo, a “irresponsabilidade” do Governo na gestão das finanças públicas.
Quando o moralismo e a demagogia se juntam, pouco há a fazer — senão lembrar uns números elementares que mostram como a conversa da “irresponsabilidade” não faz nenhum sentido.
Conhecerá o Público o efeito dos estabilizadores automáticos, que aumentam a despesa social em tempos de crise (a protecção social subiu 3,3 mil milhões de euros entre 2008 e 2009)? Conhecerá o efeito da perda de receita pelo abrandamento da actividade económica (que levou a que entrassem menos 4,5 mil milhões de euros nos cofres do Estado de um ano para o outro)? Conhecerá a urgência de lançar pacotes anti-crise, como todos os países fizeram (que contribuíram para que as despesas de investimento subissem 2 mil milhões de euros entre 2008 e 2009)?¹
Somemos estes valores: 10,8 mil milhões. Ora, de 2008 para 2009, o défice orçamental subiu de 4,8 mil milhões (2,9% do PIB) para 15,4 mil milhões (9,4% do PIB): uma diferença de 10,6 mil milhões.
Mais coisa, menos coisa, aqui tem a direcção do Público a explicação para a “irresponsabilidade”.
posted by Miguel Abrantes
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