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Abraços.
João Tunes e Joana Lopes (dois eleitores do BE e apoiantes entusiastas do candidato Manuel Alegre) tiveram a amabilidade de referir um texto que atrás escrevi sobre o apoio do PS à candidatura presidencial do poeta – um abraço de urso. Aproveito a oportunidade para deixar mais duas dicas sobre o assunto.
Primeira: os «social-revolucionários» do BE têm uma estratégia política clara: ocupar o espaço eleitoral do PS para alcançar o poder (há 30 anos eram os «verdadeiros comunistas», hoje querem ser os «verdadeiros socialistas»). Ora, acontece que Manuel Alegre se disponibilizou para ser parte importante nesta estratégia do BE contra o PS. Em suma: Manuel Alegre é o candidato que, objectivamente, serve a estratégia dos que sonham avançar sobre os escombros do PS. Por isso, grande parte dos socialistas não se revê nessa candidatura. E, nas circunstâncias presentes (sobretudo porque o PS não encontrou um candidato seu a tempo e horas), não lhe resta outra alternativa senão dar-lhe o abraço de urso.
Segunda: João Tunes assenta a sua «euforia» alegrista num pressuposto, no mínimo, ilusório. Escreve: «a esquerda, que até hoje só perdeu uma eleição presidencial…». Qual «esquerda», pergunto? A que se reuniu em 1976 e 1980 à volta de Otelo Saraiva de Carvalho? Ou, em 1985, à volta de Salgado Zenha e Pintassilgo contra Mário Soares? Ou, em 1991, à volta de Carlos Marques? Ou, em 2001, à volta de Fernando Rosas? No passado, contra o PS nenhuma «esquerda» ganhou eleições presidenciais em Portugal. E a candidatura de Manuel Alegre integra-se numa estratégia política contra os socialistas. Por isso, tal como muitos socialistas, eu não voto Manuel Alegre.
À laia de rodapé: as razões são muito diversas, mas factos são factos: o partido socialista ganhou eleições legislativas quando teve como secretário-geral Mário Soares, António Guterres e José Sócrates e perdeu-as quando os socialistas foram dirigidos por Vítor Constâncio, Jorge Sampaio e Ferro Rodrigues. Muitas leituras se podem fazer a partir deste facto, contudo, estou certo, que para tal não contou apenas o tempo, mas também o modo.
Por Tomás Vasques
João Tunes e Joana Lopes (dois eleitores do BE e apoiantes entusiastas do candidato Manuel Alegre) tiveram a amabilidade de referir um texto que atrás escrevi sobre o apoio do PS à candidatura presidencial do poeta – um abraço de urso. Aproveito a oportunidade para deixar mais duas dicas sobre o assunto.
Primeira: os «social-revolucionários» do BE têm uma estratégia política clara: ocupar o espaço eleitoral do PS para alcançar o poder (há 30 anos eram os «verdadeiros comunistas», hoje querem ser os «verdadeiros socialistas»). Ora, acontece que Manuel Alegre se disponibilizou para ser parte importante nesta estratégia do BE contra o PS. Em suma: Manuel Alegre é o candidato que, objectivamente, serve a estratégia dos que sonham avançar sobre os escombros do PS. Por isso, grande parte dos socialistas não se revê nessa candidatura. E, nas circunstâncias presentes (sobretudo porque o PS não encontrou um candidato seu a tempo e horas), não lhe resta outra alternativa senão dar-lhe o abraço de urso.
Segunda: João Tunes assenta a sua «euforia» alegrista num pressuposto, no mínimo, ilusório. Escreve: «a esquerda, que até hoje só perdeu uma eleição presidencial…». Qual «esquerda», pergunto? A que se reuniu em 1976 e 1980 à volta de Otelo Saraiva de Carvalho? Ou, em 1985, à volta de Salgado Zenha e Pintassilgo contra Mário Soares? Ou, em 1991, à volta de Carlos Marques? Ou, em 2001, à volta de Fernando Rosas? No passado, contra o PS nenhuma «esquerda» ganhou eleições presidenciais em Portugal. E a candidatura de Manuel Alegre integra-se numa estratégia política contra os socialistas. Por isso, tal como muitos socialistas, eu não voto Manuel Alegre.
À laia de rodapé: as razões são muito diversas, mas factos são factos: o partido socialista ganhou eleições legislativas quando teve como secretário-geral Mário Soares, António Guterres e José Sócrates e perdeu-as quando os socialistas foram dirigidos por Vítor Constâncio, Jorge Sampaio e Ferro Rodrigues. Muitas leituras se podem fazer a partir deste facto, contudo, estou certo, que para tal não contou apenas o tempo, mas também o modo.
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