Síria e França pedem Oriente Médio livre de armas nucleares
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Síria e França pedem Oriente Médio livre de armas nucleares
Síria e França pedem Oriente Médio livre de armas nucleares
Da EFE
Damasco, 3 set (EFE).- Síria e França defenderam hoje o direito do Irã de desenvolver um programa nuclear pacífico, mas também insistiram sobre a necessidade de que o Oriente Médio seja uma região sem ameaças atômicas.
"É necessário que o Oriente Médio seja uma regiões livre de armas nucleares", afirmou o presidente sírio, Bashar al-Assad, em declarações à imprensa ao lado do chefe de Estado francês, Nicolas Sarkozy.
O presidente da França chegou hoje a Damasco para uma histórica visita de dois dias que consolida as tentativas do regime sírio de romper seu isolamento com Ocidente.
Sarkozy é o primeiro chefe de Estado de uma nação ocidental a ir à Síria nos últimos cinco anos.
A Síria é o principal aliado árabe do Irã, e a França quer que Damasco intermedeie junto a Teerã para demonstrar que o programa nuclear iraniano tem fins pacíficos, uma missão encomendada em julho que, por enquanto, não deu muitos resultados.
Ao lado de Sarkozy, Assad lembrou que a Síria vem promovendo na ONU a criação de um mecanismo para que o Oriente Médio seja uma região livre de armas nucleares.
"Quando visitei o Irã no início de agosto, não encontrei nenhuma postura diferente da que a Síria defende", afirmou Assad. "Mas o que há é uma desconfiança com o Irã por seu programa nuclear pacífico e não militar", acrescentou.
"A solução para este assunto não pode ser conseguida se não por meio do diálogo e de meios pacíficos", destacou Assad, que considerou que um eventual ataque contra o Irã seria "um desastre".
As principais potências ocidentais temem que o programa de enriquecimento de urânio do Irã esconda intenções do Governo de Teerã de adotar armamento nuclear.
O Irã nega esse propósito e insiste que se trata de um programa pacífico.
Sarkozy, à direita de Assad em um pátio do Palácio Presidencial de Damasco, insistiu que o "Irã não deve obter o poder nuclear", pois isso pode ser "uma ameaça à região e ao mundo".
No entanto, o presidente francês defendeu que "o Irã, como qualquer país do mundo, tem direito à energia nuclear civil".
Amanhã, Sarkozy estará presente em uma cúpula, em Damasco, com Assad, com o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, e com o emir do Catar, o xeque Hamad Bin Khalifa al-Thani. Os temas principais serão as negociações de paz indiretas entre Síria e Israel e a situação no Líbano.
Sarkozy foi o primeiro executivo francês a visitar a Síria desde que ambos os países congelaram suas relações após o assassinato em 2005 do ex-primeiro-ministro libanês Rafik Hariri, no qual supostamente estiveram envolvidos os serviços secretos sírios.
O primeiro passo foi dado por Assad, que visitou Paris em julho.
Em declarações à imprensa, o presidente sírio falou sobre as conversas indiretas entre seu país e Israel, que contam com a Turquia como mediador.
Espera-se ainda uma quinta rodada de conversas no dia 7 de setembro, em Istambul.
Até agora, a Síria era o pior inimigo de Israel na região, e é reconhecido o apoio de Damasco a grupos políticos e armados radicais do sul do Líbano e de Gaza.
O chefe de Estado francês encorajou Assad a continuar com o diálogo, e fez votos de que, em breve, seja possível chegar a negociações diretas. Para isso, o presidente sírio pediu mais tempo.
"Não podemos começar a construir (canais de conversas diretas) sem ter bases sólidas. Quando tivermos bases firmes e sólidas, será possível iniciar essas negociações diretas", afirmou Assad.
Espera-se que esse diálogo direto entre Israel e Síria, caso aconteça, possa representar um grande avanço para a pacificação do Oriente Médio, pelo papel-chave que sempre teve a Síria na região e pelo fato de ser aliado do Irã.
Assad e Sarkozy expressaram seu desejo de reforçar seus laços bilaterais, e o presidente sírio incentivou o chefe de Estado francês a ter um papel "mais efetivo" nos assuntos do Oriente Médio, um convite que não foi rejeitado de antemão pelo governante europeu.
"O papel da França será o que pedirem as partes envolvidas, e no momento que o pedirem", disse Sarkozy.
O presidente francês se reuniu com Assad logo após chegar a Damasco, às 18h local (12h, de Brasília). O próprio Assad o recebeu pouco depois no Palácio Presidencial. EFE
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09/03/19-38/08
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