Um adeus sem saudade
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Um adeus sem saudade
Um adeus sem saudade
Finalmente vê-se a luz ao fundo do túnel. George W. Bush está quase a sair da Casa Branca. O pior, agora, será reparar os danos graves deixados pelas suas presidências.
Luís Costa Ribas
Jornalista
opiniao@sic.pt
Todos devem estar recordados do dia, no ano 2002, em que o Presidente dos EUA, George W. Bush, se reuniu com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, e disse, mais palavra, menos palavra: “I looked into his eyes and got a sense of the man’s soul”.
Hoje, temos todos uma boa noção da “alma” de Putin: digna de um ex-agente da KGB (onde foi responsável pela supressão da dissidência), com os correspondentes instintos de ditador e fomentador do “gangsterismo” económico contra as empresas privadas russas e estrangeiras.
Da chantagem sobre a Lituânia e a Ucrânia à invasão da Geórgia, à "digestão" da petrolífera Yukos e às manobras de desmantelamento da filial russa da BP (com anexação do seu património de 12 mil milhões de euros por aliados de Putin), passando pela supressão de toda e qualquer alternativa política e liberdade de expressão, Putin oferece a Bush uma crise de fim de mandato que questiona profundamente a forma como Washington avaliou Moscovo e se relacionou com ela.
Para além de uma crise em toda a frente das relações Rússia-Ocidente, herdamos um verdadeiro Eixo do Mal, não na sua versão original, mas devidamente revista e aumentada por efeito devastador da Guerra do Iraque. O regime xiita do Irão tem tentações nucleares, em parte devido a anos de apatia norte-americana face ao desenvolvimento de armas nuclerares por Israel, o que inviabilizou todos os esforços de não-proliferação na região. Devido à guerra, os xiitas e o seu estado pré-nuclear lideram agora um crescente que parte do Irão, atravessa o Iraque e a Síria (secular mas politicamente aliada com os xiitas) e acaba no Líbano às mãos do Hezzbollah do Sheik Nasrallah. Nenhum adversário dos Estados Unidos poderia ter feito melhor, mais depressa.
Da Guerra do Iraque herda o Mundo uma América de prestígio ferido e influência diminuída, designadamente no Médio Oriente, onde não há soluções para o conflito entre israelitas e palestinianos. Há mais crises e danos e muito trabalho a fazer, quem quer que seja o novo presidente americano
Finalmente vê-se a luz ao fundo do túnel. George W. Bush está quase a sair da Casa Branca. O pior, agora, será reparar os danos graves deixados pelas suas presidências.
Luís Costa Ribas
Jornalista
opiniao@sic.pt
Todos devem estar recordados do dia, no ano 2002, em que o Presidente dos EUA, George W. Bush, se reuniu com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, e disse, mais palavra, menos palavra: “I looked into his eyes and got a sense of the man’s soul”.
Hoje, temos todos uma boa noção da “alma” de Putin: digna de um ex-agente da KGB (onde foi responsável pela supressão da dissidência), com os correspondentes instintos de ditador e fomentador do “gangsterismo” económico contra as empresas privadas russas e estrangeiras.
Da chantagem sobre a Lituânia e a Ucrânia à invasão da Geórgia, à "digestão" da petrolífera Yukos e às manobras de desmantelamento da filial russa da BP (com anexação do seu património de 12 mil milhões de euros por aliados de Putin), passando pela supressão de toda e qualquer alternativa política e liberdade de expressão, Putin oferece a Bush uma crise de fim de mandato que questiona profundamente a forma como Washington avaliou Moscovo e se relacionou com ela.
Para além de uma crise em toda a frente das relações Rússia-Ocidente, herdamos um verdadeiro Eixo do Mal, não na sua versão original, mas devidamente revista e aumentada por efeito devastador da Guerra do Iraque. O regime xiita do Irão tem tentações nucleares, em parte devido a anos de apatia norte-americana face ao desenvolvimento de armas nuclerares por Israel, o que inviabilizou todos os esforços de não-proliferação na região. Devido à guerra, os xiitas e o seu estado pré-nuclear lideram agora um crescente que parte do Irão, atravessa o Iraque e a Síria (secular mas politicamente aliada com os xiitas) e acaba no Líbano às mãos do Hezzbollah do Sheik Nasrallah. Nenhum adversário dos Estados Unidos poderia ter feito melhor, mais depressa.
Da Guerra do Iraque herda o Mundo uma América de prestígio ferido e influência diminuída, designadamente no Médio Oriente, onde não há soluções para o conflito entre israelitas e palestinianos. Há mais crises e danos e muito trabalho a fazer, quem quer que seja o novo presidente americano
Viriato- Pontos : 16657
Re: Um adeus sem saudade
Se é americano ou habitante do planeta TERRA eu posso chorar consigo porque nunca um Chefe cagou e estragou tanto o planeta
Vitor mango- Pontos : 118184
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