A nova história
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A nova história
NUNCA É TARDE PARA APRENDER: UMA II GUERRA MUNDIAL COMO NUNCA SE TINHA OUVIDO FALAR
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O que Davies faz, e que muda muita coisa, é centrar a guerra onde a guerra se perdeu e ganhou, no confronto entre a Alemanha nazi e a URSS de Staline, com a Polónia pelo meio. Outros historiadores já o tinham feito tão evidente é o facto de que Hitler perdeu a guerra a Leste e não a Oeste (quando o primeiro soldado americano colocou os pés no extremo sul do continente, na Sícilia, já o exército alemão perdera toda a capacidade ofensiva face aos soviéticos, ou seja, já tinha, para todos os efeitos, perdido a guerra). (...)
O resto é aquilo que a esmagadora maioria dos filmes ingleses e americanos retrata: o Dia-D, Dunquerque, Anzio, Al Alamein, a ponte de Remagen, "band of brothers" e o Soldado Ryan. Ou a visão da guerra como uma luta entre os estados democráticos e o totalitarismo nazi. Cinquenta anos de guerra fria devia ensinar-nos que não foram os ingleses nem os americanos que ganharam a guerra em 1945 e que só a ganharam (admitindo que era a mesma guerra, o que é defensável) em 1989. Mas uma coisa é certa, houve um aliado inglês e francês que a perdeu, a Polónia, e perdeu-a face aos seus aliados e face aos seus inimigos.
Quem isto escreve não é um perigoso esquerdista, comunista ou stalinista. É Pacheco Pereira, político e historiador, dissecando Norman Davies e sua versão da última guerra no seu blog Abrupto..
Norman Davies não é um perigoso esquerdista, comunista ou stalinista. É um reputado historiador inglês. Dedica-se há muito á investigação séria sobre a última guerra. É pró Ocidental, naturalmente.
Eu não sou um um perigoso esquerdista, comunista ou stalinista. Destesto partidos, detesto comunistas e todas as formas de ditaduras. Mas que os americanos desembarcaram na Europa quando viram que, se o não fizessem o exército vermelho só parava em Lisboa, não tenho dúvidas. É que estavam a aguardar que Hitler derrotasse Staline.
O livro foi lançado pela Almedina e recomendo vivamente a sua leitura. Não é um elogio a Staline, descansem. Antes pelo contrário. Mas é um retrato que faltava fazer....
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O que Davies faz, e que muda muita coisa, é centrar a guerra onde a guerra se perdeu e ganhou, no confronto entre a Alemanha nazi e a URSS de Staline, com a Polónia pelo meio. Outros historiadores já o tinham feito tão evidente é o facto de que Hitler perdeu a guerra a Leste e não a Oeste (quando o primeiro soldado americano colocou os pés no extremo sul do continente, na Sícilia, já o exército alemão perdera toda a capacidade ofensiva face aos soviéticos, ou seja, já tinha, para todos os efeitos, perdido a guerra). (...)
O resto é aquilo que a esmagadora maioria dos filmes ingleses e americanos retrata: o Dia-D, Dunquerque, Anzio, Al Alamein, a ponte de Remagen, "band of brothers" e o Soldado Ryan. Ou a visão da guerra como uma luta entre os estados democráticos e o totalitarismo nazi. Cinquenta anos de guerra fria devia ensinar-nos que não foram os ingleses nem os americanos que ganharam a guerra em 1945 e que só a ganharam (admitindo que era a mesma guerra, o que é defensável) em 1989. Mas uma coisa é certa, houve um aliado inglês e francês que a perdeu, a Polónia, e perdeu-a face aos seus aliados e face aos seus inimigos.
Quem isto escreve não é um perigoso esquerdista, comunista ou stalinista. É Pacheco Pereira, político e historiador, dissecando Norman Davies e sua versão da última guerra no seu blog Abrupto..
Norman Davies não é um perigoso esquerdista, comunista ou stalinista. É um reputado historiador inglês. Dedica-se há muito á investigação séria sobre a última guerra. É pró Ocidental, naturalmente.
Eu não sou um um perigoso esquerdista, comunista ou stalinista. Destesto partidos, detesto comunistas e todas as formas de ditaduras. Mas que os americanos desembarcaram na Europa quando viram que, se o não fizessem o exército vermelho só parava em Lisboa, não tenho dúvidas. É que estavam a aguardar que Hitler derrotasse Staline.
O livro foi lançado pela Almedina e recomendo vivamente a sua leitura. Não é um elogio a Staline, descansem. Antes pelo contrário. Mas é um retrato que faltava fazer....
Viriato- Pontos : 16657
Re: A nova história
Rui Aguiar escreveu:NUNCA É TARDE PARA APRENDER: UMA II GUERRA MUNDIAL COMO NUNCA SE TINHA OUVIDO FALAR
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O que Davies faz, e que muda muita coisa, é centrar a guerra onde a guerra se perdeu e ganhou, no confronto entre a Alemanha nazi e a URSS de Staline, com a Polónia pelo meio. Outros historiadores já o tinham feito tão evidente é o facto de que Hitler perdeu a guerra a Leste e não a Oeste (quando o primeiro soldado americano colocou os pés no extremo sul do continente, na Sícilia, já o exército alemão perdera toda a capacidade ofensiva face aos soviéticos, ou seja, já tinha, para todos os efeitos, perdido a guerra). (...)
O resto é aquilo que a esmagadora maioria dos filmes ingleses e americanos retrata: o Dia-D, Dunquerque, Anzio, Al Alamein, a ponte de Remagen, "band of brothers" e o Soldado Ryan. Ou a visão da guerra como uma luta entre os estados democráticos e o totalitarismo nazi. Cinquenta anos de guerra fria devia ensinar-nos que não foram os ingleses nem os americanos que ganharam a guerra em 1945 e que só a ganharam (admitindo que era a mesma guerra, o que é defensável) em 1989. Mas uma coisa é certa, houve um aliado inglês e francês que a perdeu, a Polónia, e perdeu-a face aos seus aliados e face aos seus inimigos.
Quem isto escreve não é um perigoso esquerdista, comunista ou stalinista. É Pacheco Pereira, político e historiador, dissecando Norman Davies e sua versão da última guerra no seu blog Abrupto..
Norman Davies não é um perigoso esquerdista, comunista ou stalinista. É um reputado historiador inglês. Dedica-se há muito á investigação séria sobre a última guerra. É pró Ocidental, naturalmente.
Eu não sou um um perigoso esquerdista, comunista ou stalinista. Destesto partidos, detesto comunistas e todas as formas de ditaduras. Mas que os americanos desembarcaram na Europa quando viram que, se o não fizessem o exército vermelho só parava em Lisboa, não tenho dúvidas. É que estavam a aguardar que Hitler derrotasse Staline.
O livro foi lançado pela Almedina e recomendo vivamente a sua leitura. Não é um elogio a Staline, descansem. Antes pelo contrário. Mas é um retrato que faltava fazer....
Sei que o Rui devorou varios calhamaços about este assunto e que teve a gentileza de mos emprestar o que me evitou ir ao banco ao ao amigo RON cravar uns dolares
A Polónia berrou que nem um perdido no final dos acordos com o Churchill e o Stalini a divididir nações como os putos devidem rebuçados
mas
a parte mais chata para o Staline foi quando tendo feito um aciordo com o Adolfo vio o mesmo a invadir a Russia e a fazer 900-000 soldados prisioneiros
estavamos perante dois loucos
Vitor mango- Pontos : 117576
Re: A nova história
Desde há alguns anos que para mim a II Guerra Mundial não passou de uma luta entre o comunismo e o não comunismo, com episódios de extrema violência pelo meio. Ela desendadeou-se em Espanha e continuou com a Alemanha a anexar a Áustria, a invadir a Checoslováquia, e finalmente a Polónia que deu origem à declaração de guerra por parte da Inglaterra e da França.
O esforço de guerra americano, não pode ser ignorado na libertação da Europa e, se é certo que a Alemanha já estava a bater em retirada da Rússia, não se deve esquecer que isso também se deveu ao fornecimento maciço de material de guerra à Russia por parte dos EUA e que, diga-se o que se disser, a Europa seria certamente ocupada pela URSS após a derrota da Alemanha, como era previsível desde o início.
A entrada americana na guerra teve o condão de abreviar o fim das hostilidades e de travar a expansão da URSS e da sua ideologia até ao ocidente europeu. Os EUA fizeram aquilo que era razoável que fizessem tendo em vista a ameaça a que ficavam sujeitos se a Europa fosse vencida pelo comunismo internacional.
Já no que diz respeito à Polónia, temos que ser pragmáticos. A Polónia é um país grande em termos europeus. É um país rico em termos agrícolas, um autêntica celeiro europeu e possui riquezas muito importantes em Carvão, fonte de energia com muito peso nas indústrias da época. Continua ainda agora a ser o combustível que produz cerca de 85% da energia eléctrica que se consome no país.
Devido à posição estratégica da Polónia, no centro da Europa e das suas riquezas, este país nunca teve fronteiras certas. As suas fronteiras andaram sempre ao sabor dos vários impérios como o Prussiano, o Austro Hungaro, o Alemão, o Sueco ou o Russo.
Nunca interessou a ninguém que a Polónia fosse uma potência poderosa em termos militares e, foi assim que a Alemanha avançou sobre a Polónia com a facilidade com que avançou e foi também por essa razão que os soviéticos massacraram cerca de 20.000 oficiais polacos que fugiram para a União soviética quando a polónia foi invadida, acreditando que podiam lutar ao lado da URSS contra o invasor alemão. Da mesma forma, quando no refluxo alemão as tropas soviéticas chegaram à margem oriental do Vistula, em Varsóvia, tendo prometido apoio militar à revolta polaca, deixaram que os habitantes de Varsóvia fossem massacrados pelos alemães e só depois resolveram atravessar o rio. Ficaram positivamente à espera que os alemães fizessem o trabalho de massacrar e destruir a cidade para então avançarem quase livremente sem oposição. Autêntica ignomínia.
Neste momento, a Polónia é mais uma vez parte de uma luta de influência entre o Ocidente capitaneado pelos EUA e o Oriente capitaneado pelos herdeiros do império soviético.
A Polónia perdeu não a guerra, mas as várias guerras, embora haja por lá quem afirme que a Polónia continua a existir como país graças a um milagre da Virgem Negra.
O esforço de guerra americano, não pode ser ignorado na libertação da Europa e, se é certo que a Alemanha já estava a bater em retirada da Rússia, não se deve esquecer que isso também se deveu ao fornecimento maciço de material de guerra à Russia por parte dos EUA e que, diga-se o que se disser, a Europa seria certamente ocupada pela URSS após a derrota da Alemanha, como era previsível desde o início.
A entrada americana na guerra teve o condão de abreviar o fim das hostilidades e de travar a expansão da URSS e da sua ideologia até ao ocidente europeu. Os EUA fizeram aquilo que era razoável que fizessem tendo em vista a ameaça a que ficavam sujeitos se a Europa fosse vencida pelo comunismo internacional.
Já no que diz respeito à Polónia, temos que ser pragmáticos. A Polónia é um país grande em termos europeus. É um país rico em termos agrícolas, um autêntica celeiro europeu e possui riquezas muito importantes em Carvão, fonte de energia com muito peso nas indústrias da época. Continua ainda agora a ser o combustível que produz cerca de 85% da energia eléctrica que se consome no país.
Devido à posição estratégica da Polónia, no centro da Europa e das suas riquezas, este país nunca teve fronteiras certas. As suas fronteiras andaram sempre ao sabor dos vários impérios como o Prussiano, o Austro Hungaro, o Alemão, o Sueco ou o Russo.
Nunca interessou a ninguém que a Polónia fosse uma potência poderosa em termos militares e, foi assim que a Alemanha avançou sobre a Polónia com a facilidade com que avançou e foi também por essa razão que os soviéticos massacraram cerca de 20.000 oficiais polacos que fugiram para a União soviética quando a polónia foi invadida, acreditando que podiam lutar ao lado da URSS contra o invasor alemão. Da mesma forma, quando no refluxo alemão as tropas soviéticas chegaram à margem oriental do Vistula, em Varsóvia, tendo prometido apoio militar à revolta polaca, deixaram que os habitantes de Varsóvia fossem massacrados pelos alemães e só depois resolveram atravessar o rio. Ficaram positivamente à espera que os alemães fizessem o trabalho de massacrar e destruir a cidade para então avançarem quase livremente sem oposição. Autêntica ignomínia.
Neste momento, a Polónia é mais uma vez parte de uma luta de influência entre o Ocidente capitaneado pelos EUA e o Oriente capitaneado pelos herdeiros do império soviético.
A Polónia perdeu não a guerra, mas as várias guerras, embora haja por lá quem afirme que a Polónia continua a existir como país graças a um milagre da Virgem Negra.
Vagueante- Pontos : 1698
Re: A nova história
Mano Vagueante
Boa Boa Gostei do seu ponte de vista sobre a Polonia
Nos calhamaços que nao citei ( mas que li ) aquilo que ainda me coça os miolos +e uma reunião entre o Churchill e o Estaline algures nas estepes
Os malandros munidos de lápis e mapas traçaram onde eram as zonas de influencia entre o Ocidente e o Leste
Riscaram e discutiram o que quiseram
DEpois no amen e no Adeus pá até á proxima jogada de retalho
...O Churchill saiu da mesa e encaminhou-se para a saida ...
Aí parou !
Voltou atras ...reuniu os mapas e mandou queimar tudo
Porra nao quero que alguns paises souberem que eu e o Staline os kilhei
Ele descreve isto nas suas memorias
Boa Boa Gostei do seu ponte de vista sobre a Polonia
Nos calhamaços que nao citei ( mas que li ) aquilo que ainda me coça os miolos +e uma reunião entre o Churchill e o Estaline algures nas estepes
Os malandros munidos de lápis e mapas traçaram onde eram as zonas de influencia entre o Ocidente e o Leste
Riscaram e discutiram o que quiseram
DEpois no amen e no Adeus pá até á proxima jogada de retalho
...O Churchill saiu da mesa e encaminhou-se para a saida ...
Aí parou !
Voltou atras ...reuniu os mapas e mandou queimar tudo
Porra nao quero que alguns paises souberem que eu e o Staline os kilhei
Ele descreve isto nas suas memorias
Vitor mango- Pontos : 117576
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