EUA: Défice do Estado é "insustentável", avisa Presidente da Reserva Federal
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EUA: Défice do Estado é "insustentável", avisa Presidente da Reserva Federal
EUA: Défice do Estado é "insustentável", avisa Presidente da Reserva Federal
Nova Iorque, Estados Unidos 09/06/2010 (LUSA)
O presidente da Reserva Federal norte-americana afirmou hoje que o ritmo da retoma económica dos Estados Unidos será insuficiente para gerar emprego e aumentar as receitas públicas de forma a combater o défice orçamental.
Perante a comissão orçamental do Congresso norte-americano, Ben Bernanke afirmou que o crescimento económico este ano deverá situar-se entre os 3 e 4 por cento e defendeu que a situação “aparentemente insustentável” das contas do Estado exige medidas mais vigorosas, para evitar situações de desconfiança dos mercados como se regista atualmente nos países europeus.
“Para evitar mudanças acentuadas e abruptas nos programas de despesa e políticas orçamentais no futuro, e para manter a confiança do público e dos mercados, deveríamos estar a planear agora como enfrentar estes desafios orçamentais latentes”, disse o presidente da Fed.
“Um conjunto de projeções que extrapolam as políticas atuais e traçam cenários plausíveis sobre a evolução futura da economia mostra um défice orçamental estrutural que é ao mesmo tempo grande em relação ao tamanho da economia e que aumenta com o tempo”, adiantou.
O défice das contas públicas norte-americanas quadruplicou em abril, que foi o 19º mês consecutivo nos Estados Unidos com as contas “no vermelho”, a maior série na História da maior economia mundial.
O orçamento norte-americano para 2011 prevê um défice de 1,6 biliões de dólares, 10,6 por cento do produto interno bruto, o mais elevado desde a II Guerra Mundial.
A administração pretende reduzir o défice para 3,9 por cento do PIB até 2014, e o presidente criou um grupo de trabalho que está desde final de abril a preparar um conjunto de propostas.
Contudo, estas só serão apresentadas após as eleições intercalares de outubro.
O apoio da Fed, comprando obrigações do Tesouro e títulos hipotecários, foi decisivo para a retoma económica, juntamente com o pacote de estímulo da administração norte-americana, que está já na fase final.
Esta semana, Bernanke já tinha frisado que o ritmo da retoma na maior economia mundial não será “espantoso”.
Numa “transição importante”, afirmou hoje, o aumento do consumo e o investimento privado deverão compensar o fim das medidas de estímulo.
O presidente da Reserva Federal norte-americana fez ainda uma avaliação positiva dos efeitos da crise da dívida pública europeia.
“Se os mercados continuarem a estabilizar, então os efeitos da crise no crescimento económico nos Estados Unidos provavelmente serão modestos”, afirmou.
“Ainda que a recente desvalorização dos títulos e perspetivas económicas mais fracas na Europa venham a ter um impacto, há fatores compensadores, tais como a redução das taxas de juro das obrigações do Tesouro e hipotecas imobiliárias, bem como preços mais baixos de petróleo e outras mercadorias”.
Nova Iorque, Estados Unidos 09/06/2010 (LUSA)
O presidente da Reserva Federal norte-americana afirmou hoje que o ritmo da retoma económica dos Estados Unidos será insuficiente para gerar emprego e aumentar as receitas públicas de forma a combater o défice orçamental.
Perante a comissão orçamental do Congresso norte-americano, Ben Bernanke afirmou que o crescimento económico este ano deverá situar-se entre os 3 e 4 por cento e defendeu que a situação “aparentemente insustentável” das contas do Estado exige medidas mais vigorosas, para evitar situações de desconfiança dos mercados como se regista atualmente nos países europeus.
“Para evitar mudanças acentuadas e abruptas nos programas de despesa e políticas orçamentais no futuro, e para manter a confiança do público e dos mercados, deveríamos estar a planear agora como enfrentar estes desafios orçamentais latentes”, disse o presidente da Fed.
“Um conjunto de projeções que extrapolam as políticas atuais e traçam cenários plausíveis sobre a evolução futura da economia mostra um défice orçamental estrutural que é ao mesmo tempo grande em relação ao tamanho da economia e que aumenta com o tempo”, adiantou.
O défice das contas públicas norte-americanas quadruplicou em abril, que foi o 19º mês consecutivo nos Estados Unidos com as contas “no vermelho”, a maior série na História da maior economia mundial.
O orçamento norte-americano para 2011 prevê um défice de 1,6 biliões de dólares, 10,6 por cento do produto interno bruto, o mais elevado desde a II Guerra Mundial.
A administração pretende reduzir o défice para 3,9 por cento do PIB até 2014, e o presidente criou um grupo de trabalho que está desde final de abril a preparar um conjunto de propostas.
Contudo, estas só serão apresentadas após as eleições intercalares de outubro.
O apoio da Fed, comprando obrigações do Tesouro e títulos hipotecários, foi decisivo para a retoma económica, juntamente com o pacote de estímulo da administração norte-americana, que está já na fase final.
Esta semana, Bernanke já tinha frisado que o ritmo da retoma na maior economia mundial não será “espantoso”.
Numa “transição importante”, afirmou hoje, o aumento do consumo e o investimento privado deverão compensar o fim das medidas de estímulo.
O presidente da Reserva Federal norte-americana fez ainda uma avaliação positiva dos efeitos da crise da dívida pública europeia.
“Se os mercados continuarem a estabilizar, então os efeitos da crise no crescimento económico nos Estados Unidos provavelmente serão modestos”, afirmou.
“Ainda que a recente desvalorização dos títulos e perspetivas económicas mais fracas na Europa venham a ter um impacto, há fatores compensadores, tais como a redução das taxas de juro das obrigações do Tesouro e hipotecas imobiliárias, bem como preços mais baixos de petróleo e outras mercadorias”.
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