Portugal ainda é o 9.º mais pobre
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Portugal ainda é o 9.º mais pobre
Portugal ainda é o 9.º mais pobre
por PAULA CORDEIRO
Hoje
Em 2009, portugueses voltam a marcar passo. Poder de compra mantém-se em 78% da média da UE.
Os portugueses estão há três anos a marcar passo no que respeita ao seu poder de compra. Pelo terceiro ano consecutivo, Portugal registou em 2009 um PIB per capita que corresponde a 78% da média da União Europeia (UE), de acordo com os dados ontem divulgados pelo Eurostat, relativos às primeiras estimativas sobre este indicador de riqueza europeu.
No entanto, 2009 foi um ano mau para ganhos de riqueza. A maioria dos países analisados pelo Eurostat perdeu ou manteve a posição do ano anterior. Apenas britânicos, austríacos, malteses e suíços registaram melhorias.
Portugal continua, assim, a ser o nono país mais pobre da UE (22 pontos abaixo da média), ficando atrás de Chipre, Grécia, Eslovénia e República Checa, e com o mesmo nível de Malta. Este país viu a sua posição melhorar dois pontos, de 2008 para 2009, equiparando- -se a Portugal.
Em relação ao topo da lista, mantemos a 18.ª posição entre os 27. A liderança do PIB per capita cabe ao Luxemburgo, com uma riqueza que ascende a 268% da média europeia, ou seja, quase três vezes mais. Contudo, os luxemburgueses empobreceram face ao ano anterior, caindo oito posições.
A riqueza dos luxemburgueses explica-se pelas características especiais da sua economia. Por um lado, o Luxemburgo apresenta uma larga percentagem de trabalhadores transfronteiriços (que vivem fora das suas fronteiras, na Bélgica e em França). Por outro, o Grã-Ducado vive uma situação de quase emprego total.
Entre os europeus mais ricos, surge em segundo lugar a Irlanda, com 131%, logo seguida da Holanda, com 130% da média europeia.
Apesar da crise que atravessa, a Espanha situa-se em linha com a média da UE, com um PIB per capita de 102%, mantendo a posição do ano anterior e conseguindo ficar acima da Itália, que apresentou um índice de 102%.
Do lado dos mais pobres, o "fim da linha" é ocupado pela Bulgária, cujos habitantes registam uma riqueza individual que corresponde a apenas 41% da média dos 27. Na Roménia, por seu lado, é 45%.
De destacar os países nórdicos, que continuam a alimentar o mito da região mais rica da Europa. A Noruega (fora da UE) tem 177% da média da Europa a 27, a Suécia 120%, a Dinamarca 117% e a Finlândia 110%. A Suíça, que não pertence à UE, também melhora, com 144%.
Curiosamente, e apesar da forte crise financeira e económica que abalou o país, a Islândia apresenta uma riqueza que corresponde a 120% da média da UE.
Assim, a riqueza dos europeus varia entre um mínimo de 41% e um máximo de 268% de um valor médio (nível 100).
Portugal ocupa o grupo de países que apresentam uma riqueza per capita entre os 10 e os 30% abaixo da média dos 27 Estados membros da UE.
Esta análise do Eurostat, que abrange 27 estados da UE, três candidatos, três membros da EFTA e quatro países balcânicos, mede o nível de poder de compra de cada país (purchasing power standard, PPS). Esta referência monetária elimina os diferentes níveis de preços existentes entre os Estados. Ou seja, cada PPS compra o mesmo volume de bens e serviços em todos os países.
In DN
por PAULA CORDEIRO
Hoje
Em 2009, portugueses voltam a marcar passo. Poder de compra mantém-se em 78% da média da UE.
Os portugueses estão há três anos a marcar passo no que respeita ao seu poder de compra. Pelo terceiro ano consecutivo, Portugal registou em 2009 um PIB per capita que corresponde a 78% da média da União Europeia (UE), de acordo com os dados ontem divulgados pelo Eurostat, relativos às primeiras estimativas sobre este indicador de riqueza europeu.
No entanto, 2009 foi um ano mau para ganhos de riqueza. A maioria dos países analisados pelo Eurostat perdeu ou manteve a posição do ano anterior. Apenas britânicos, austríacos, malteses e suíços registaram melhorias.
Portugal continua, assim, a ser o nono país mais pobre da UE (22 pontos abaixo da média), ficando atrás de Chipre, Grécia, Eslovénia e República Checa, e com o mesmo nível de Malta. Este país viu a sua posição melhorar dois pontos, de 2008 para 2009, equiparando- -se a Portugal.
Em relação ao topo da lista, mantemos a 18.ª posição entre os 27. A liderança do PIB per capita cabe ao Luxemburgo, com uma riqueza que ascende a 268% da média europeia, ou seja, quase três vezes mais. Contudo, os luxemburgueses empobreceram face ao ano anterior, caindo oito posições.
A riqueza dos luxemburgueses explica-se pelas características especiais da sua economia. Por um lado, o Luxemburgo apresenta uma larga percentagem de trabalhadores transfronteiriços (que vivem fora das suas fronteiras, na Bélgica e em França). Por outro, o Grã-Ducado vive uma situação de quase emprego total.
Entre os europeus mais ricos, surge em segundo lugar a Irlanda, com 131%, logo seguida da Holanda, com 130% da média europeia.
Apesar da crise que atravessa, a Espanha situa-se em linha com a média da UE, com um PIB per capita de 102%, mantendo a posição do ano anterior e conseguindo ficar acima da Itália, que apresentou um índice de 102%.
Do lado dos mais pobres, o "fim da linha" é ocupado pela Bulgária, cujos habitantes registam uma riqueza individual que corresponde a apenas 41% da média dos 27. Na Roménia, por seu lado, é 45%.
De destacar os países nórdicos, que continuam a alimentar o mito da região mais rica da Europa. A Noruega (fora da UE) tem 177% da média da Europa a 27, a Suécia 120%, a Dinamarca 117% e a Finlândia 110%. A Suíça, que não pertence à UE, também melhora, com 144%.
Curiosamente, e apesar da forte crise financeira e económica que abalou o país, a Islândia apresenta uma riqueza que corresponde a 120% da média da UE.
Assim, a riqueza dos europeus varia entre um mínimo de 41% e um máximo de 268% de um valor médio (nível 100).
Portugal ocupa o grupo de países que apresentam uma riqueza per capita entre os 10 e os 30% abaixo da média dos 27 Estados membros da UE.
Esta análise do Eurostat, que abrange 27 estados da UE, três candidatos, três membros da EFTA e quatro países balcânicos, mede o nível de poder de compra de cada país (purchasing power standard, PPS). Esta referência monetária elimina os diferentes níveis de preços existentes entre os Estados. Ou seja, cada PPS compra o mesmo volume de bens e serviços em todos os países.
In DN
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