Paulo Jorge (1929-2010)
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Paulo Jorge (1929-2010)
Paulo Jorge (1929-2010)
Com a morte de Paulo Jorge, antigo ministro das Relações Exteriores de Angola, morre também um certo MPLA.
Uma noite, numa conversa em Luanda, nos anos 80, em casa do Fernando Valpaços, Paulo Jorge contou-me uma história que nunca mais esqueci, porque tem um significado interessante.
Eram passadas poucas semanas após o 25 de abril de 1974 e uma delegação do MPLA, chefiada pelo próprio Paulo Jorge, chegou a um certo país do norte de África, para uma visita oficial. A delegação desceu do avião e, para grande surpresa dos seus integrantes, ninguém parecia aguardá-los. Dirigiram-se para a sala de desembarque e aí esperaram. Alguns minutos depois, foram hesitantemente aproximados por umas pessoas que inquiriram se aquele grupo não seria, por caso, a delegação angolana. Paulo Jorge e os seus companheiros confirmaram que sim, para alívio dos seus anfitriões. Na realidade, estes últimos eram as mesmas pessoas que eles já haviam visto ao fundo da escada, à saída do avião, mas que, no momento, não tinham feito qualquer gesto de aproximação. Os anfitriões explicaram, um pouco embaraçados: é que não estavam à espera que a delegação do MPLA fosse constituída só por brancos...
Outros tempos.
Postado por Francisco Seixas da Costa
Com a morte de Paulo Jorge, antigo ministro das Relações Exteriores de Angola, morre também um certo MPLA.
Uma noite, numa conversa em Luanda, nos anos 80, em casa do Fernando Valpaços, Paulo Jorge contou-me uma história que nunca mais esqueci, porque tem um significado interessante.
Eram passadas poucas semanas após o 25 de abril de 1974 e uma delegação do MPLA, chefiada pelo próprio Paulo Jorge, chegou a um certo país do norte de África, para uma visita oficial. A delegação desceu do avião e, para grande surpresa dos seus integrantes, ninguém parecia aguardá-los. Dirigiram-se para a sala de desembarque e aí esperaram. Alguns minutos depois, foram hesitantemente aproximados por umas pessoas que inquiriram se aquele grupo não seria, por caso, a delegação angolana. Paulo Jorge e os seus companheiros confirmaram que sim, para alívio dos seus anfitriões. Na realidade, estes últimos eram as mesmas pessoas que eles já haviam visto ao fundo da escada, à saída do avião, mas que, no momento, não tinham feito qualquer gesto de aproximação. Os anfitriões explicaram, um pouco embaraçados: é que não estavam à espera que a delegação do MPLA fosse constituída só por brancos...
Outros tempos.
Postado por Francisco Seixas da Costa
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