Pedro Passos Coelho

Pedro Passos Coelho

Pedro Passos Coelho chegou e descobriu que desde D: Afonso Henriques nada foi feito no país e deitou mãos a novas ideias, pediu a um antigo adepto das manifestações em Madrid da Falange espanhola e projecta uma revisão constitucional, reúne uns cérebros que ninguém sabe quem são e adaptou o modelo neo-liberal à economia portuguesa. Para Pedro Passos Coelho e seus gurus o que existe não conta, a história do seu partido não conta, ele e os seus muchachos é que sabem do que precisa o país.

Fala de alternativa mas em vez de soluções manda um dos seus vice-presidentes que só depois de votarem nele é que os portugueses terão o raro previlégio de conhecer o seu programa, agora propõe uma constituição que se ajusta que nem a uma luva aos países da América Latina do tempo dos coronéis.

Começo a achar que Pedro Passos Coelho não cresceu intelectualmente desde que foi líder da JSD e está convencido que vai ser presidente de uma associação de estudantes de um liceu.

O Jumento

Ainda sobre o reforço dos poderes presidenciais que o PSD quer

O politólogo Pedro Magalhães no Twitter:

• Países semi-presidenciais onde Presidente pode demitir governo livremente: Namíbia, Moçambique, Arménia, Peru, Rússia, Georgia...

• E já me esquecia: a República de Weimar.

• Quem preparou a proposta de revisão constitucional do PSD interessa-se por um conjunto muito curioso de países.

• Mas espera: havia outro caso onde o presidente podia demitir livremente o governo. Qual era?

• Ah, já me lembro. Portugal entre 76 e 82. Correu bem.

• @GabrielfSilva França? Decididamente, não. Só a assembleia pode demitir PM.

ADENDA — Não seria preciso ser um Maurice Duverger para perceber que o João Gonçalves, uma espécie de Paulinho Santos dos campeonatos distritais, não tem a mais vaga ideia dos assuntos sobre os quais discorre abundantemente. Uma vez, sem exemplo, convém sussurrar-lhe isto ao ouvido.

posted by Miguel Abrantes