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GILBERTO TEIXEIRA Os perseguidos

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Mensagem por Vitor mango Ter Ago 03, 2010 7:12 am








GILBERTO TEIXEIRA
Os perseguidos




























Já não bastava serem políticos sem
qualidades para ajudar a desenvolver a nossa terra, ei-los que reclamam
que são “perseguidos”. Só se for por esse monstro criado pela máquina de
propaganda socialista que designam por “neo-liberalismo”. Todos copiam
as frases uns dos outros. Dizem que o PSD quer acabar com o Estado
Social, só porque os actuais dirigentes apresentaram um ante-projecto de
proposta de revisão constitucional, que pretende actualizar a nossa
carta constitucional à realidade nacional.
Nessa proposta de revisão do PSD existem normas aparentemente
contraditórias, para quem, como é o nosso caso, não tem formação
jurídica. Mas há outras que constituem uma pedrada no charco. Porquê?
Porque ninguém de bom senso acha que o maior partido da oposição quer
acabar com o Estado Social na Saúde e na Educação. O que pretende o PSD é
demonstrar que ao longo destes trinta anos, quer o Serviço Nacional de
Saúde, quer a Educação nunca rumaram para o lado da “gratuitidade” como
diz o actual texto Constitucional nem os seus “donos”.
O que tem acontecido é que os sucessivos governos, jamais foram capazes
de cumprir a Constituição nestes dois sectores fundamentais para o povo.
Limitam-se a fazer gestão desprestigiante desses sectores vitais, num
quadro de irresponsabilidades que recusa contributos válidos de
especialistas nestas matérias, gastando fortunas em vez de moderar
custos e tornar justos os actos em função das classes sociais que
servem.
Na Madeira, o PS reclama que a maioria parlamentar não sabe conviver com
as minorias. Em Lisboa, o PS não tem maioria, e recusa arrogantemente
as propostas dos outros partidos, e condiciona-nos num jogo de cabra
cega, simplesmente típico de quem deseja criar instabilidade
governativa. Veja-se como o Ministro das Finanças actua em relação à
Madeira ante o silêncio cúmplice dos socialistas locais.
Jacinto Serrão foi a Lisboa, avistar-se com alguns governantes da
República e inteirar-se sobre assuntos como o CINM, o encerramento do
Centro de Férias do Inatel no Santo da Serra, e a situação da Lei de
Meios. Saiu da Madeira em silêncio e regressou à terra com o mesmo
silêncio. Sintomático este comportamento que deu origem a um artigo de
opinião publicado no DN do passado dia 23 de Julho. Mas “exigiu”que o
Governo Regional fosse mais célere a recuperar as zonas afectadas pelos
temporais de 20 de Fevereiro num desafinado que ele próprio classifica
de “ruído”.
Não há dinheiro do Governo da República. Sabe-se desde a primeira hora
que a União Europeia só disponibilizará verbas lá para o Outono?
Esperava-se que pelo menos da República o dinheiro viesse mais cedo. Mas
não veio. Como não se fizeram outras tantas transferências por teimosia
de alguns cérebros que se julgam donos do dinheiro dos nossos impostos e
porque odeiam os madeirenses. Agarram-se agora ao texto da revisão
constitucional proposto pelo PSD como se aquilo fosse alguma coisa do
outro mundo. Acham bem que um rico utilize o Serviço Nacional de Saúde
em igualdade de circunstâncias com um pobre?
Acham bem que os ricos matriculem na escola pública em igualdade de
circunstâncias com o pobre. Não acho. E se estiverem todos atentos,
verão que os ricos vão aos hospitais e clínicas privadas, escolhem os
melhores médicos, inclusive vão ao estrangeiro, porque têm dinheiro para
isso. Os ricos matriculam os filhos em colégios particulares e gastam
fortunas com o ensino deles. Mas são os da chamada classe média que
enchem os consultórios particulares e pagam esse monstro de Serviço
Nacional de Saúde sem se servirem dele.
Acham bem que lhes cortem benefícios fiscais? Não acho. Todos os que
recorrem a apoio médico privado e dispensam os serviços de Saúde
oficiais, não são ricos, nem coisa parecida. São da classe média. E lá
por causa disso não deixam de contribuir para o sistema do Estado. Pagam
eles e pagam as empresas e o serviço jamais chegará a gratuito.
Ora é tudo isto que está em discussão com a proposta de Pedro Passos
Coelho e da sua equipa. Pessoalmente não simpatizo com a actual direcção
do PSD, porque os considero fogosos, fantasiosos porque mal
aconselhados por velhos generais, e arrogantes. Mas têm liberdade para
propor, levar à discussão, este e outros assuntos. Óbvio que no capítulo
dos Direitos, Liberdades e Garantias e de Política Geral não tocaram. E
fizeram bem. Porque está bem! Tudo o mais pode e deve ser discutido,
rasgado, suprimido e, mandado para o caixote do lixo, porque a realidade
presente é bem diferente daquele tempo em que o Partido Comunista
Português com os seus fantoches ideológicos, mandou cercar a Assembleia
da República, obrigando os “constituintes” a fazerem uma Constituição
sob prisão numa atitude condenável porque vexatória e execrável.
Dizem os comunistas que já foram feitas sete revisões constitucionais. É
pura fantasia. O que aconteceu foi que PS e PSD discutiram entre si
aquilo que lhes interessou alterar por conveniência conjuntural. Se
tivesse havido debate na Assembleia da República não estaria lá aquela
vergonha de ser proibida a constituição de partidos regionais. Nem
continuavam normas a travar avanços autonómicos. Olhem para a vizinha
Espanha e aprendam com eles. O PS, como não podia deixar de ser, nesta
fase de zanga de namorados com o PSD, aprovou o Estatuto do Aluno
sugerido pelo CDS. Não está em causa os méritos da proposta da
“direita”. O que se constata é que para viabilizar o PEC, precisaram do
PSD, e para esta proposta, apaixonaram-se pelo CDS. Se vamos por este
caminho de compadrio e casamentos de circunstância este País nunca mais
se governa.
Confesso que me estou nas tintas para estas tricas. Mas quem está a
sofrer são os pobres e os desempregados. Demagogia é o pão de cada dia.
Afinal para que querem alguns ir para o Governo se o País está
endividado e não tem solução? Será pelo espírito de servir ou para
servir outros interesses? Deixem-se de baboseiras e esqueçam essa teoria
de que são perseguidos, todos os que não conseguem fazer valer as suas
propostas.


Artigo de Opinião de : Gilberto Teixeira
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Vitor mango
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  	GILBERTO TEIXEIRA Os perseguidos Empty Re: GILBERTO TEIXEIRA Os perseguidos

Mensagem por Joao Ruiz Ter Ago 03, 2010 7:26 am

É uma opinião, como qualquer outra, onde a dicotomia ricos/pobres preside e que leva a conclusões pouco sérias, à mistura com algumas verdades.

Por princípio, não me atrai este tipo de análise, por nada trazer de novo à discussão.


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