Silly season
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Silly season
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As notícias que agitaram a 'silly season'
por MARINA MARQUES
Hoje
A questão é recorrente , mas afinal a chamada 'silly season' não é uma inevitabilidade. Pode até ser aproveitada pelos media para mostrarem mais trabalhos próprios, à margem da agenda que marca a actualidade e das fontes de informação tradicionais.
Pelo menos, é esta a opinião dos especialistas ouvidos pelo DN. A realidade, como se sabe, é muitas vezes diferente. Mas se a normalidade é a 'silly season', porque não apostar na diferença? Este é o desafio de todos os Verões
"Se a normalidade nesta época do ano é a silly season, porque não oferecer algo diferente aos leitores?", questiona, em jeito de desafio, Gustavo Cardoso, presidente do Oberservatório da Comunicação (Obercom). O conceito é de origem anglo-saxónica e surgiu no final do século xix referindo-se ao período de férias dos políticos (Parlamento e Governo) e dos tribunais, o que se reflecte no menor número de notícias de política nacional. Mas, "numa altura em que o mundo está cada vez mais globalizado, temos de perceber que mais de metade do planeta continua a trabalhar. O que acontece em sociedades como a nossa, com o mesmo modelo de organização do trabalho e de segurança social, é que as notícias do foro político interno diminuem, o que não quer dizer que outro tipo de notícias diminua", defende o responsável do Obercom.
Como que a justificar esta afirmação de Gustavo Cardoso, um olhar pelas primeiras páginas dos jornais desta última década mostra que a silly season tem sido fértil em notícias nada leves.
Orlando César, presidente do Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas, também considera que "o que diminui é o fluxo de notícias com origem nas fontes tradicionais - o Governo vai a banhos, o Parlamento fecha -, mas o País continua a funcionar", afirma. Por isso, defende, "esta é uma boa oportunidade para fazer cobertura noticiosa de outras áreas, desenvolverem trabalhos próprios". Reconhece, no entanto, que a forma como as redacções estão organizadas e a escassez de recursos de muitos dos meios de comunicação as leva a ficar muito dependentes das agências e das fontes organizadas.
Para António Granado, jornalista e professor da Universidade Nova de Lisboa, a questão é mais abrangente: "Tem tudo a ver com os recursos à disposição das redacções, que obrigam a fazer uma coisa que não é bem jornalismo. E como há cada vez menos recursos, os jornais não estão a fazer o seu papel principal na sociedade: serem o quarto poder". E exemplifica: "É mais fácil ir a uma conferência de imprensa e escrever apenas o que lá se passou, sem investir mais tempo dos jornalistas em aprofundar o tema. Todos os jornais têm tendência a tratar temas que consumam o menos tempo possível aos jornalistas."
"A silly season faz parte da rotina do ano ou da forma como nos habituámos construí-la, mas nada garante que se um jornal alterar esta rotina não tenha elevado êxito. Se a normalidade é a silly season, porque não apostar na diferença", defende Gustavo Cardoso.
E se no caso dos jornais impressos é impossível perceber imediatamente quais as preferências dos leitores, nas edições digitais essa monitorização é mais fácil. E uma passagem pelos sites dos principais títulos informativos nacionais mostra que os textos mais visualizados não são aqueles que se podem considerar "mais leves" e que neste período, tradicionalmente, ocupam mais páginas dos jornais. Resta saber se os leitores online têm as mesmas preferências dos do papel.
In DN
Fonte que se preza, não deve ir de férias!!!!!
As notícias que agitaram a 'silly season'
por MARINA MARQUES
Hoje
A questão é recorrente , mas afinal a chamada 'silly season' não é uma inevitabilidade. Pode até ser aproveitada pelos media para mostrarem mais trabalhos próprios, à margem da agenda que marca a actualidade e das fontes de informação tradicionais.
Pelo menos, é esta a opinião dos especialistas ouvidos pelo DN. A realidade, como se sabe, é muitas vezes diferente. Mas se a normalidade é a 'silly season', porque não apostar na diferença? Este é o desafio de todos os Verões
"Se a normalidade nesta época do ano é a silly season, porque não oferecer algo diferente aos leitores?", questiona, em jeito de desafio, Gustavo Cardoso, presidente do Oberservatório da Comunicação (Obercom). O conceito é de origem anglo-saxónica e surgiu no final do século xix referindo-se ao período de férias dos políticos (Parlamento e Governo) e dos tribunais, o que se reflecte no menor número de notícias de política nacional. Mas, "numa altura em que o mundo está cada vez mais globalizado, temos de perceber que mais de metade do planeta continua a trabalhar. O que acontece em sociedades como a nossa, com o mesmo modelo de organização do trabalho e de segurança social, é que as notícias do foro político interno diminuem, o que não quer dizer que outro tipo de notícias diminua", defende o responsável do Obercom.
Como que a justificar esta afirmação de Gustavo Cardoso, um olhar pelas primeiras páginas dos jornais desta última década mostra que a silly season tem sido fértil em notícias nada leves.
Orlando César, presidente do Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas, também considera que "o que diminui é o fluxo de notícias com origem nas fontes tradicionais - o Governo vai a banhos, o Parlamento fecha -, mas o País continua a funcionar", afirma. Por isso, defende, "esta é uma boa oportunidade para fazer cobertura noticiosa de outras áreas, desenvolverem trabalhos próprios". Reconhece, no entanto, que a forma como as redacções estão organizadas e a escassez de recursos de muitos dos meios de comunicação as leva a ficar muito dependentes das agências e das fontes organizadas.
Para António Granado, jornalista e professor da Universidade Nova de Lisboa, a questão é mais abrangente: "Tem tudo a ver com os recursos à disposição das redacções, que obrigam a fazer uma coisa que não é bem jornalismo. E como há cada vez menos recursos, os jornais não estão a fazer o seu papel principal na sociedade: serem o quarto poder". E exemplifica: "É mais fácil ir a uma conferência de imprensa e escrever apenas o que lá se passou, sem investir mais tempo dos jornalistas em aprofundar o tema. Todos os jornais têm tendência a tratar temas que consumam o menos tempo possível aos jornalistas."
"A silly season faz parte da rotina do ano ou da forma como nos habituámos construí-la, mas nada garante que se um jornal alterar esta rotina não tenha elevado êxito. Se a normalidade é a silly season, porque não apostar na diferença", defende Gustavo Cardoso.
E se no caso dos jornais impressos é impossível perceber imediatamente quais as preferências dos leitores, nas edições digitais essa monitorização é mais fácil. E uma passagem pelos sites dos principais títulos informativos nacionais mostra que os textos mais visualizados não são aqueles que se podem considerar "mais leves" e que neste período, tradicionalmente, ocupam mais páginas dos jornais. Resta saber se os leitores online têm as mesmas preferências dos do papel.
In DN
Fonte que se preza, não deve ir de férias!!!!!
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