Brasil/eleições: País pós Lula manterá o mesmo perfil de política externa mas sem o mesmo carisma
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Brasil/eleições: País pós Lula manterá o mesmo perfil de política externa mas sem o mesmo carisma
Brasil/eleições: País pós Lula manterá o mesmo perfil de política externa mas sem o mesmo carisma – analista internacional
Rio de Janeiro, Brasil 05/09/2010 (LUSA)
O Brasil pós era Lula deverá manter o mesmo perfil de política externa, mas não será uma diplomacia como a do atual Presidente, mesmo se for sucedido por sua candidata do Partido dos Trabalhadores (PT), Dilma Rousseff, disse à Lusa um especialista em Relações Internacionais.
“A ser confirmada nas urnas a vitória da candidata Dilma Rousseff, o Brasil deverá manter o atual perfil na sua atuação externa. Mas, evidentemente, não se poderá esperar uma diplomacia presidencial do mesmo tipo que tivemos com o Presidente Lula”, avaliou Williams Gonçalves, professor de Relações Internacionais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
Segundo as sondagens, a candidata petista do Presidente Lula da Silva lidera a disputa e pode ser eleita à primeira volta.
O analista consultado pela Agência Lusa destacou o ‘soft power’ brasileiro como uma “inequívoca vocação pacífica” do país.
Williams Gonçalves ressaltou que as linhas gerais da política externa brasileira deverão ser mantidas. No entanto, argumentou que “pelo estilo, já suficientemente demonstrado, a candidata a futura Presidente do Brasil, Dilma Rousseff, não conseguiria manter esse padrão porque não é o estilo dela”.
Para o analista internacional, “deverá haver uma redução na diplomacia presidencial, mas essa política externa é a nossa tradição”.
Lula da Silva, analisa Williams, é uma das “exceções, tipos raros pelo seu carisma, capacidade de se incumbir das suas tarefas junto aos demais chefes de Estado, ele faz com uma espontaneidade e naturalidade que é contagiante”.
O caminho de Lula após deixar o cargo na Presidência da República deverá ser o de “continuar a atuar internacionalmente em algum organismo”.
O Brasil destaca-se como um “grande país do mundo em desenvolvimento” e não deve “conformar-se em desempenhar um papel secundário” no cenário internacional, defendeu Williams para quem é necessária uma reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
O analista internacional foi um dos oradores do evento das Nações Unidas sobre a participação do Brasil no Conselho de Segurança da ONU, na passada semana no Rio de Janeiro.
“O Brasil hoje não pode ser excluído dos fóruns internacionais. Não se pode pensar em tomar decisões importantes sem que o Brasil esteja presente”, acrescentou, ao referir que a liderança brasileira na integração regional, como o Mercosul, e também no mundo de países lusófonos, que “é o mais expressivo dos países de língua portuguesa”.
“Temos uma tradição de país pacífico e conciliador e essa é uma contribuição importante que podemos dar”, salientou.
Rio de Janeiro, Brasil 05/09/2010 (LUSA)
O Brasil pós era Lula deverá manter o mesmo perfil de política externa, mas não será uma diplomacia como a do atual Presidente, mesmo se for sucedido por sua candidata do Partido dos Trabalhadores (PT), Dilma Rousseff, disse à Lusa um especialista em Relações Internacionais.
“A ser confirmada nas urnas a vitória da candidata Dilma Rousseff, o Brasil deverá manter o atual perfil na sua atuação externa. Mas, evidentemente, não se poderá esperar uma diplomacia presidencial do mesmo tipo que tivemos com o Presidente Lula”, avaliou Williams Gonçalves, professor de Relações Internacionais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
Segundo as sondagens, a candidata petista do Presidente Lula da Silva lidera a disputa e pode ser eleita à primeira volta.
O analista consultado pela Agência Lusa destacou o ‘soft power’ brasileiro como uma “inequívoca vocação pacífica” do país.
Williams Gonçalves ressaltou que as linhas gerais da política externa brasileira deverão ser mantidas. No entanto, argumentou que “pelo estilo, já suficientemente demonstrado, a candidata a futura Presidente do Brasil, Dilma Rousseff, não conseguiria manter esse padrão porque não é o estilo dela”.
Para o analista internacional, “deverá haver uma redução na diplomacia presidencial, mas essa política externa é a nossa tradição”.
Lula da Silva, analisa Williams, é uma das “exceções, tipos raros pelo seu carisma, capacidade de se incumbir das suas tarefas junto aos demais chefes de Estado, ele faz com uma espontaneidade e naturalidade que é contagiante”.
O caminho de Lula após deixar o cargo na Presidência da República deverá ser o de “continuar a atuar internacionalmente em algum organismo”.
O Brasil destaca-se como um “grande país do mundo em desenvolvimento” e não deve “conformar-se em desempenhar um papel secundário” no cenário internacional, defendeu Williams para quem é necessária uma reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
O analista internacional foi um dos oradores do evento das Nações Unidas sobre a participação do Brasil no Conselho de Segurança da ONU, na passada semana no Rio de Janeiro.
“O Brasil hoje não pode ser excluído dos fóruns internacionais. Não se pode pensar em tomar decisões importantes sem que o Brasil esteja presente”, acrescentou, ao referir que a liderança brasileira na integração regional, como o Mercosul, e também no mundo de países lusófonos, que “é o mais expressivo dos países de língua portuguesa”.
“Temos uma tradição de país pacífico e conciliador e essa é uma contribuição importante que podemos dar”, salientou.
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