Confiança das famílias portuguesas volta a aumentar em Setembro

Confiança das famílias portuguesas volta a aumentar em Setembro

Nuno Carregueiro - nc@negocios.pt

Dados do INE mostram que os consumidores portugueses estão mais confiantes na evolução da economia portuguesa.
O índice de confiança dos consumidores portugueses subiu em Setembro pelo segundo mês consecutivo e o indicador de confiança dos empresários estabilizou em máximos de Setembro de 2008, anunciou o Instituto Nacional de Estatística.

O INE assinala que, “nos últimos dois meses, a recuperação do indicador de confiança dos Consumidores resultou do contributo positivo de todas as componentes, mais significativo no caso das expectativas sobre a evolução da situação económica do país”.

O índice de confiança dos consumidores subiu em Setembro para -37,4 pontos, acima dos -40,4 pontos de Agosto, mês em que este indicador tinha invertido da tendência de queda que apresentava desde Novembro de 2009.

Segundo o INE, a subida “mais expressiva” verificada em Setembro ficou a dever-se sobretudo às expectativas sobre a evolução da situação económica do país, que "apresentaram o contributo positivo mais intenso para o andamento do indicador de confiança, contrariando nos últimos dois meses o forte perfil descendente observado desde o final de 2009”.

As famílias portuguesas mostram-se ainda mais positivas com a sua situação financeira, com a evolução do desemprego e as perspectivas de poupança.

O anúncio desta melhoria na confiança das famílias surge no dia em que o Governo deverá aprovar as linhas gerais do Orçamento do Estado, que devem conter medidas de austeridade, como aumentos de impostos.

Confiança dos empresários estabiliza

No que diz respeito à confiança dos empresários, medida pelo clima económico, o indicador estabilizou em máximos de dois anos.

O INE assinala que o indicador de clima económico estabilizou nos últimos três meses no valor mais elevado desde Setembro de 2008, suspendendo o movimento ascendente iniciado em Maio de 2009.

Neste mês “observou-se uma recuperação dos indicadores de confiança da Indústria Transformadora e dos Serviços e um agravamento dos relativos à Construção e Obras Públicas e ao Comércio”, assinala o INE.