Cisjordânia: colonos judeus se preparam para onda de violência
Vagueando na Notícia :: Salas das mesas de grandes debates de noticias :: Professor Dr e mister Mokas faz a analise do Mundo
Página 1 de 1
Cisjordânia: colonos judeus se preparam para onda de violência
Cisjordânia: colonos judeus se preparam para onda de violência
07 de outubro de 2010 • 10h04 • atualizado às 12h01
Comentários
O incerto futuro do processo de paz no Oriente Médio e os últimos ataques de milicianos palestinos contra colonos na Cisjordânia faz a população judia que vive no território palestino temer uma nova onda de violência.
"Já houve três atentados. Os terroristas palestinos mataram quatro dos nossos e o Hamas diz que vai continuar com os ataques", declarou à Agência Efe David Wilder, porta-voz dos colonos judeus da cidade de Hebron, na Cisjordânia.
A comunidade colonizadora está nervosa. Em apenas um mês, seus membros foram alvo de três ataques a tiros feitos de carros em andamento, na região de Hebron. Em nenhum dos casos os culpados foram capturados.
"Espero que as forças de segurança nos protejam. Mas, para isso, elas devem fechar os postos de controle que foram abertos e o Governo tem de permitir a ação dos militares, que muitas vezes não podem fazer seu trabalho", afirma Wilder.
Os colonos reivindicam maior proteção e, ao mesmo tempo, investem em defesa pessoal. Sempre armado com seu revólver, o porta-voz destaca: "vá para onde for, em Israel você tem de ir armado".
Wilder não é o único que se sente mais seguro com uma arma.
Enquanto participa de uma sessão de tiros, Mark Provisro, morador da colônia de Shiloh, enfatiza a necessidade da autoproteção.
"É necessário revisar as leis, porque o Exército não pode estar em todas as partes e, se os judeus (na Cisjordânia) vão ser cada vez mais um alvo, devem aprender a proteger a si próprios, como qualquer um faria", argumenta.
Ele está convencido de que "a situação em Judeia e Samaria (nomes bíblicos para a Cisjordânia) vai piorar por culpa das negociações de paz".
Após o primeiro ataque, no qual quatro colonos foram assassinados, o Ministério do Interior israelense informou que facilitaria os trâmites para que os colonos recebam licenças para portar armas.
O momento de total incerteza do diálogo de paz, justamente pela insistência israelense de continuar construindo nos assentamentos em território ocupado e pela recusa dos palestinos em dialogar enquanto a colonização avança, fez as autoridades preverem um cenário de violência, embora um fracasso nas negociações, segundo os analistas, não deva provocar uma terceira Intifada.
Sharon Gat, tenente-coronel da reserva, colono e proprietário do estabelecimento Calibre 3, um centro de treinamento antiterrorista situado nos arredores do assentamento de Efrata (sul da Cisjordânia), diz treinar todo dia cerca de 150 pessoas para defesa pessoal e luta armada.
A maioria das pessoas que fazem o curso são militares, policiais e agentes de segurança privada. Mas também participam do treinamento cerca de 200 civis por mês, muitos deles colonos que querem renovar a licença de armas.
O centro oferece cursos desde um dia até oito semanas. Ele conta com 30 instrutores, todos eles soldados de alta patente de unidades de elite do Exército na reserva, que treinam em todas as áreas possíveis, como combate, tiros e luta corpo a corpo, ensinando o uso de todo tipo de arma.
"Se a situação continuar se deteriorando, perceberemos que mais pessoas demandam esse tipo de treino", ressalta Gat. Segundo ele, o Calibre 3 também organiza cursos nos próprios assentamentos judaicos, para ensinar os colonos a se defenderem de possíveis ataques palestinos.
Este especialista em segurança afirma que, "em Israel, o terrorismo está em todas as partes". "Há dois anos, as pessoas saíam de casa e rezavam para voltar vivos e voltar a ver seus filhos. Não sabiam se iam explodir em um ônibus, em um centro comercial ou em um cinema. Assim era a vida aqui" durante a Segunda Intifada - iniciada em 2000.
Segundo ele, as necessidades de segurança são maiores nas colônias na Cisjordânia, onde, "se de repente começa um ataque terrorista, é preciso reagir".
Os colonos contam com as chamadas Equipes de Resposta, civis aos quais o Exército fornece armas para que possam reagir diante de possíveis ataques dentro em suas comunidades.
"O povo aqui anda armado. Essa é a forma como vivemos", relata Gat. "O Exército não pode estar sempre por aqui. Por isso, o Governo decidiu que, nesse tipo de ataque, no qual cada segundo pode salvar uma vida, é preciso que os civis portem armas".
No contexto atual da Cisjordânia, "às vezes, uma arma pode salvá-lo", resume.
O tenente-coronel destaca que ele, como muitos outros colonos, "desejaria poder viver como as pessoas na Espanha, sabendo que, ao sair, você vai voltar para casa sem que um terrorista o ataque".
07 de outubro de 2010 • 10h04 • atualizado às 12h01
Comentários
O incerto futuro do processo de paz no Oriente Médio e os últimos ataques de milicianos palestinos contra colonos na Cisjordânia faz a população judia que vive no território palestino temer uma nova onda de violência.
"Já houve três atentados. Os terroristas palestinos mataram quatro dos nossos e o Hamas diz que vai continuar com os ataques", declarou à Agência Efe David Wilder, porta-voz dos colonos judeus da cidade de Hebron, na Cisjordânia.
A comunidade colonizadora está nervosa. Em apenas um mês, seus membros foram alvo de três ataques a tiros feitos de carros em andamento, na região de Hebron. Em nenhum dos casos os culpados foram capturados.
"Espero que as forças de segurança nos protejam. Mas, para isso, elas devem fechar os postos de controle que foram abertos e o Governo tem de permitir a ação dos militares, que muitas vezes não podem fazer seu trabalho", afirma Wilder.
Os colonos reivindicam maior proteção e, ao mesmo tempo, investem em defesa pessoal. Sempre armado com seu revólver, o porta-voz destaca: "vá para onde for, em Israel você tem de ir armado".
Wilder não é o único que se sente mais seguro com uma arma.
Enquanto participa de uma sessão de tiros, Mark Provisro, morador da colônia de Shiloh, enfatiza a necessidade da autoproteção.
"É necessário revisar as leis, porque o Exército não pode estar em todas as partes e, se os judeus (na Cisjordânia) vão ser cada vez mais um alvo, devem aprender a proteger a si próprios, como qualquer um faria", argumenta.
Ele está convencido de que "a situação em Judeia e Samaria (nomes bíblicos para a Cisjordânia) vai piorar por culpa das negociações de paz".
Após o primeiro ataque, no qual quatro colonos foram assassinados, o Ministério do Interior israelense informou que facilitaria os trâmites para que os colonos recebam licenças para portar armas.
O momento de total incerteza do diálogo de paz, justamente pela insistência israelense de continuar construindo nos assentamentos em território ocupado e pela recusa dos palestinos em dialogar enquanto a colonização avança, fez as autoridades preverem um cenário de violência, embora um fracasso nas negociações, segundo os analistas, não deva provocar uma terceira Intifada.
Sharon Gat, tenente-coronel da reserva, colono e proprietário do estabelecimento Calibre 3, um centro de treinamento antiterrorista situado nos arredores do assentamento de Efrata (sul da Cisjordânia), diz treinar todo dia cerca de 150 pessoas para defesa pessoal e luta armada.
A maioria das pessoas que fazem o curso são militares, policiais e agentes de segurança privada. Mas também participam do treinamento cerca de 200 civis por mês, muitos deles colonos que querem renovar a licença de armas.
O centro oferece cursos desde um dia até oito semanas. Ele conta com 30 instrutores, todos eles soldados de alta patente de unidades de elite do Exército na reserva, que treinam em todas as áreas possíveis, como combate, tiros e luta corpo a corpo, ensinando o uso de todo tipo de arma.
"Se a situação continuar se deteriorando, perceberemos que mais pessoas demandam esse tipo de treino", ressalta Gat. Segundo ele, o Calibre 3 também organiza cursos nos próprios assentamentos judaicos, para ensinar os colonos a se defenderem de possíveis ataques palestinos.
Este especialista em segurança afirma que, "em Israel, o terrorismo está em todas as partes". "Há dois anos, as pessoas saíam de casa e rezavam para voltar vivos e voltar a ver seus filhos. Não sabiam se iam explodir em um ônibus, em um centro comercial ou em um cinema. Assim era a vida aqui" durante a Segunda Intifada - iniciada em 2000.
Segundo ele, as necessidades de segurança são maiores nas colônias na Cisjordânia, onde, "se de repente começa um ataque terrorista, é preciso reagir".
Os colonos contam com as chamadas Equipes de Resposta, civis aos quais o Exército fornece armas para que possam reagir diante de possíveis ataques dentro em suas comunidades.
"O povo aqui anda armado. Essa é a forma como vivemos", relata Gat. "O Exército não pode estar sempre por aqui. Por isso, o Governo decidiu que, nesse tipo de ataque, no qual cada segundo pode salvar uma vida, é preciso que os civis portem armas".
No contexto atual da Cisjordânia, "às vezes, uma arma pode salvá-lo", resume.
O tenente-coronel destaca que ele, como muitos outros colonos, "desejaria poder viver como as pessoas na Espanha, sabendo que, ao sair, você vai voltar para casa sem que um terrorista o ataque".
Vitor mango- Pontos : 118178
Re: Cisjordânia: colonos judeus se preparam para onda de violência
Os colonos reivindicam maior proteção e, ao mesmo tempo, investem em defesa pessoal. Sempre armado com seu revólver, o porta-voz destaca: "vá para onde for, em Israel você tem de ir armado".
Vitor mango- Pontos : 118178
Re: Cisjordânia: colonos judeus se preparam para onda de violência
a unica paz possivel e ja aceite pelos paises arabes reconhece as fronteiras de 1967
Estes colonos vai-lhes suceder o mesmo que sucedeu aos colonos portugueses
Uma mao a frente e outra atras e cavarem dali
Ou sera que colonizar sendo nas doutas opinioes é um mal terrivel so os Judeus teriam capacidade de ocupar e pedirem defesa para uma terra que roubaram e saquearam ?
Estes colonos vai-lhes suceder o mesmo que sucedeu aos colonos portugueses
Uma mao a frente e outra atras e cavarem dali
Ou sera que colonizar sendo nas doutas opinioes é um mal terrivel so os Judeus teriam capacidade de ocupar e pedirem defesa para uma terra que roubaram e saquearam ?
Vitor mango- Pontos : 118178
Tópicos semelhantes
» Colonos começam a evacuar assentamento não reconhecido na Cisjordânia
» Haaretyz ...Como os colonos se preparam para retomar a construção em pleno vigo
» Palestinos suspeitam de colonos israelenses em ataque a mesquita na Cisjordânia
» Líder de colonos judeus é indiciada por ataques Guila Flint De Tel Aviv para a BBC Brasil
» Obama diz Netanyahu: Mostra-nos que você é sério sobre a paz
» Haaretyz ...Como os colonos se preparam para retomar a construção em pleno vigo
» Palestinos suspeitam de colonos israelenses em ataque a mesquita na Cisjordânia
» Líder de colonos judeus é indiciada por ataques Guila Flint De Tel Aviv para a BBC Brasil
» Obama diz Netanyahu: Mostra-nos que você é sério sobre a paz
Vagueando na Notícia :: Salas das mesas de grandes debates de noticias :: Professor Dr e mister Mokas faz a analise do Mundo
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos