D. Duarte Pia, o "Tiririca"
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D. Duarte Pia, o "Tiririca"
Com aquele olhar bovino, manso, que denuncia a inteligência que se esqueceu dele, proponho que, mesmo antes de ser rei, ganhe já um cognome: "O Tiririca". E o Tiririca que me desculpe. Não pretendi ofendê-lo.
Viriato- Pontos : 16657
Re: D. Duarte Pia, o "Tiririca"
Viriato escreveu:Com aquele olhar bovino, manso, que denuncia a inteligência que se esqueceu dele, proponho que, mesmo antes de ser rei, ganhe já um cognome: "O Tiririca". E o Tiririca que me desculpe. Não pretendi ofendê-lo.
Com uma depreciação destas, está a cair na área dos tais comentadores que detesta.
Pode não se gostar do que uma pessoa representa, mas acho que ir ao estrictamente privado não cabe nem é prudente.
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Amigos?Longe! Inimigos? O mais perto possível!
Joao Ruiz- Pontos : 32035
Re: D. Duarte Pia, o "Tiririca"
Viriato escreveu:Com aquele olhar bovino, manso, que denuncia a inteligência que se esqueceu dele, proponho que, mesmo antes de ser rei, ganhe já um cognome: "O Tiririca". E o Tiririca que me desculpe. Não pretendi ofendê-lo.
eu nem boas nem mandadas
Acho que tenho uma costeleta republicana e jamais votaria num REI
Porque ?
Porque acho que o modo como um gajo nasce rico ou pobre nada deve a ter com o que um gajo geme ao longe da vida
na minha real jamais recorri ao bom nome do meu avo para conseguir fosse o que fosse e por essa razao tenho moca pesoal
Vitor mango- Pontos : 118178
Re: D. Duarte Pia, o "Tiririca"
Joao Ruiz escreveu:Viriato escreveu:Com aquele olhar bovino, manso, que denuncia a inteligência que se esqueceu dele, proponho que, mesmo antes de ser rei, ganhe já um cognome: "O Tiririca". E o Tiririca que me desculpe. Não pretendi ofendê-lo.
Com uma depreciação destas, está a cair na área dos tais comentadores que detesta.
Pode não se gostar do que uma pessoa representa, mas acho que ir ao estrictamente privado não cabe nem é prudente.
Eu quando me refiro ao olhar bovino não me refiro a uma apreciação estética. É um olhar manso, mais rumina do que fala, não consegue desenvolver um raciocínio falado completo.
Mas gostaria de lhe dizer uma coisa. Tenho muito orgulho na história, da minha língua e da cultura de Portugal. Peço meças a qualquer outro país. Mas não comparemos história com regimes. Quem fez a história foi o povo, quantas vezes ao arrepio das vontades reais ou nobres. E vale a pena recordar a crise de 1385 e a restauração hoje comemorada. Foram as bases que forçaram os acontecimentos. Os nobres dividiam-se entre uma obediência baqseada nas leis de sucessão em detrimento da vontade dos povos. D. João I e D. João IV tiveram comportamentos muito indecisos. Repito. Foram as bases e as mulheres (esposas) que forçaram á acção.
Ainda sobre os finais de monarquia recomendo-lhe um livro sério e estudioso de Filomena Mónica sobre Fontes Pereira de Melo. E verá que aquela época não era um paraíso. Déficites disparatados, dívidas colossais e inflação terceiro mundista. A República não fez muita coisa. Mas não esquecer que lançou bases importantes. Mas não esquecer que teve uma intervenção na I Guerra, teve reacções fortes dos monárquicos e um Presidente traidor (Sidónio Pais). Sobretudo não esquecer que durou 16 anos. Tempo insufciente para qualquer projecto visível.
Para terminar gostaria de saber porque Duarte Pio se candidata ao lugar. Creio ser descendente de D. Miguel e que no fim da guerra civil que ele provocou foi expulso de Portugal, ele e seus descendentes (ler Convenção de Évora-Monte).
Viriato- Pontos : 16657
Re: D. Duarte Pia, o "Tiririca"
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Em 2006, o Departamento de Assuntos Jurídicos do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) fundamentou o reconhecimento de D. Duarte Pio de Bragança como legítimo herdeiro da Casa Real Portuguesa pelo "reconhecimento histórico e da tradição do Povo Português", pelas "regras consuetudinárias da sucessão dinástica" e pelo "reconhecimento tácito das restantes casas reais da Europa e do Mundo com as quais a legítima Casa de Bragança partilha laços de consanguinidade". Nesse mesmo documento, o Estado português conferiu a D. Duarte Pio representatividade política, histórica e diplomática, e que os duques de Bragança "são várias vezes enviados a representar o Povo Português em eventos de natureza cultural, humanitária ou religiosa no estrangeiro, altura em que lhes é conferido o passaporte diplomático". O documento nega que o Estado esteja a pagar qualquer remuneração a D. Duarte Pio, mas nada diz quanto ao suporte financeiro para financiar os serviços prestados em nome de Portugal.
Quanto à sua ascendência, Dom Duarte Pio João Miguel Gabriel Rafael de Bragança é filho dos Duques de Bragança, Dom Duarte Nuno, neto de D. Miguel I, Rei de Portugal e Dona Maria Francisca de Orleans e Bragança, Princesa do Brasil, trineta do Imperador D. Pedro I do Brasil, também conhecido como D. Pedro IV de Portugal.
Sobre a História de Portugal, há tempos de grandeza e épocas de fraqueza, como em qualquer outro país, no regime monárquico ou outro, sendo normal que quem a escreva, bem ou mal, seja o seu povo.
Em 2006, o Departamento de Assuntos Jurídicos do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) fundamentou o reconhecimento de D. Duarte Pio de Bragança como legítimo herdeiro da Casa Real Portuguesa pelo "reconhecimento histórico e da tradição do Povo Português", pelas "regras consuetudinárias da sucessão dinástica" e pelo "reconhecimento tácito das restantes casas reais da Europa e do Mundo com as quais a legítima Casa de Bragança partilha laços de consanguinidade". Nesse mesmo documento, o Estado português conferiu a D. Duarte Pio representatividade política, histórica e diplomática, e que os duques de Bragança "são várias vezes enviados a representar o Povo Português em eventos de natureza cultural, humanitária ou religiosa no estrangeiro, altura em que lhes é conferido o passaporte diplomático". O documento nega que o Estado esteja a pagar qualquer remuneração a D. Duarte Pio, mas nada diz quanto ao suporte financeiro para financiar os serviços prestados em nome de Portugal.
Quanto à sua ascendência, Dom Duarte Pio João Miguel Gabriel Rafael de Bragança é filho dos Duques de Bragança, Dom Duarte Nuno, neto de D. Miguel I, Rei de Portugal e Dona Maria Francisca de Orleans e Bragança, Princesa do Brasil, trineta do Imperador D. Pedro I do Brasil, também conhecido como D. Pedro IV de Portugal.
Sobre a História de Portugal, há tempos de grandeza e épocas de fraqueza, como em qualquer outro país, no regime monárquico ou outro, sendo normal que quem a escreva, bem ou mal, seja o seu povo.
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Re: D. Duarte Pia, o "Tiririca"
Porque a História de Portugal faz parte dos meus hobbies preferidos, herança do meu Pai, ambos com formação técnica mas com queda para a história, vou-lhe ser muito franco. Não reconheço na maioria dos nossos reis grandes qualidades de liderança. A primeira dinastia foi mais de espadeirada e não ponho em dúvida a aptidão dos monarcas nesta área. Mas creio que não se distinguem do resto da europa. Excepção feita a D. Fernando que foi um fraco rei e nos deixou numa situação delicada.
Na segunda dinastia poderei exceptuar D. João II que efectivamente tinha uma estratégia maritima e visão do mundo. Talvez o nosso melhor rei. Os descobrimentos devem-se mais á acção dos comerciantes embora possa reconhecer em D. Joáo I, através dos filhos, algum mérito no arranque dessa nossa epopeia.
Na quarta dinastia (a terceira, por motivos óbvios não conta), nada de especial se destaca na governação desse país. D. João IV um indeciso, sem saber o que fazer. Foi empurrado para o rompimento com Espanha talvez contra a sua vontade. Os outros reis pouco mais fizeram que esbanjar o dinheiro das especiarias, do ouro e da prata. D. João V foi disso um bom exemplo. Escapa á minha crítica D. Pedro V (e sua mulher, D. Estefânea) que soube qual era o seu lugar na terrível peste que atacou Portugal, principalmente Lisboa. Infelizmente morreu tão novo que pouco mais se pode dizer. D. João VI, dos piores reis, mal preparado, indeciso, medroso acabou por ter um papel importante. Conseguiu, com a sua fuga, manter o Brasil como um país uno. Mas é mais uma ironia da nossa história. Os outros, ou envolveram-se em guerras civis ou puseram ditadorezinhos a governar. A grande figura desta dinastia foi o Marquês de Pombal. Mas era só ministro do reino. Talvez o único governante com visão de futuro.
Por isso, caro João, a república pode ser muito má. Mas não valorizo nada as suas magestades que a precederam. E muito menos a figura que descreve como representante da coroa portuguesa. Mas, como todos sabemos, pouco mais é que folclore...
Na segunda dinastia poderei exceptuar D. João II que efectivamente tinha uma estratégia maritima e visão do mundo. Talvez o nosso melhor rei. Os descobrimentos devem-se mais á acção dos comerciantes embora possa reconhecer em D. Joáo I, através dos filhos, algum mérito no arranque dessa nossa epopeia.
Na quarta dinastia (a terceira, por motivos óbvios não conta), nada de especial se destaca na governação desse país. D. João IV um indeciso, sem saber o que fazer. Foi empurrado para o rompimento com Espanha talvez contra a sua vontade. Os outros reis pouco mais fizeram que esbanjar o dinheiro das especiarias, do ouro e da prata. D. João V foi disso um bom exemplo. Escapa á minha crítica D. Pedro V (e sua mulher, D. Estefânea) que soube qual era o seu lugar na terrível peste que atacou Portugal, principalmente Lisboa. Infelizmente morreu tão novo que pouco mais se pode dizer. D. João VI, dos piores reis, mal preparado, indeciso, medroso acabou por ter um papel importante. Conseguiu, com a sua fuga, manter o Brasil como um país uno. Mas é mais uma ironia da nossa história. Os outros, ou envolveram-se em guerras civis ou puseram ditadorezinhos a governar. A grande figura desta dinastia foi o Marquês de Pombal. Mas era só ministro do reino. Talvez o único governante com visão de futuro.
Por isso, caro João, a república pode ser muito má. Mas não valorizo nada as suas magestades que a precederam. E muito menos a figura que descreve como representante da coroa portuguesa. Mas, como todos sabemos, pouco mais é que folclore...
Viriato- Pontos : 16657
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