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Irã executa ex-amante de jogador de futebol

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Irã executa ex-amante de jogador de futebol Empty Irã executa ex-amante de jogador de futebol

Mensagem por Vitor mango Qui Dez 02, 2010 1:04 am

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Shala: confissão retratada e protesto durante julgamento


A ex-amante de um famoso jogador de futebol do Irã foi executada na manhã desta quarta-feira em Teerã, apesar de apelos internacionais por clemência. Shala Jahed foi enforcada ao amanhecer no pátio da prisão de Evin. Presa há nove anos, a iraniana tinha sido condenada pelo assassinato, a facadas, de Laleh Saharkhizan, esposa de Naser Mohammadkhani, estrela do futebol que alcançou fama nos anos 80 e 90. Sua condenação foi baseada em uma suposta confissão, que ela depois disse ser falsa durante um julgamento público. Na terça-feira, o grupo de defesa dos direitos humanos Anistia Internacional disse que havia provas consideravelmente boas de que ela tinha sido condenada erradamente. Seu caso ganhou ainda mais notoriedade após o apelo internacional contra o apedrejamento de Sakineh Ashtiani, acusada de trair e matar seu marido. Jahed era considerada uma “esposa temporária” do jogador. Autorizado pela lei iraniana, um casamento temporário pode durar de alguns dias a alguns anos, desde que o marido arque com as despesas da mulher. A união pode, em seguida, ser anulada ou renovada. Críticos do regime qualificam o casamento temporário como uma forma de “prostituição legalizada” No Irã, homens podem ter até quatro esposas permanentes e quantas temporárias desejarem. Já as mulheres podem se casar apenas com um homem. Após ser presa, Jahed passou um ano se recusando a falar com as autoridades. Várias vezes durante esse período ela foi mantida na solitária. Na época, Mohammadkhani também chegou a ser preso por cumplicidade – já que estava na Alemanha no dia do crime –, mas foi liberado após autoridades afirmarem que Jahed havia confessado ter cometido o crime sozinha. Quando Shala resolveu falar, fez um protesto durante seu julgamento, que foi aberto ao público: “Se querem me matar, vão em frente. Se me mandarem de volta (à prisão), vou confessar não apenas a morte de Saharkhizan, mas também a de pessoas que foram mortas por outros.”
Vitor mango
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