Voos/CIA: Martins da Cruz defende Luís Amado

Voos/CIA: Martins da Cruz defende Luís Amado






O antigo ministro dos Negócios Estrangeiros sublinha que “se um país aliado como os Estados Unidos solicita uma coisa ao Governo português, faz-se”.
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António Martins da Cruz, antigo ministro dos Negócios Estrangeiros, considera que a actuação do Governo português no caso dos voos da CIA deve ser apoiada.

"O ministro Luís Amado e o Governo têm que ser defendidos"


“Penso que não há nada a apontar. As pessoas tendem a esquecer-se que nós somos aliados dos Estados Unidos. Não se trata de um país hostil, mas sim de um país amigo, nosso aliado na NATO e, aliás, no qual repousa a defesa do nosso território”, sublinha, em declarações à Renascença.

“Se um país aliado como os Estados Unidos solicita uma coisa ao Governo português faz-se, tanto mais se essa coisa não é ilegal”, sustenta.

“É claro que haverá sempre partidos de esquerda ou personalidades que não gostam do primeiro-ministro Sócrates ou do ministro Luís Amado, dentro do seu próprio partido, quer em Portugal quer em Bruxelas, no Parlamento Europeu, que não deixarão de aproveitar esta altura para fazer ataques. Eu acho que nesta altura o ministro Luís Amado e o Governo têm que ser defendidos”, defende ainda, numa alusão à eurodeputada Ana Gomes.

De acordo com um telegrama enviado pela embaixada dos Estados Unidos em Lisboa para o Departamento de Estado norte-americano, revelado na Internet pelo Wikileaks, foi solicitada autorização ao Governo português para que o nosso país fosse atravessado por voos de transportes de prisioneiros de Guantanamo.