Kosovo
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Kosovo
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Eleições nas mãos de novos eleitores e novos partidos
por ABEL COELHO DE MORAIS
Hoje
Excesso de promessas e crise marcam primeiras legislativas pós-independência
Mais de 1,6 milhões de eleitores escolhem hoje os 120 deputados do Parlamento do Kosovo naquelas que são as primeiras eleições legislativas neste território de maioria albanesa desde que se tornou independente da Sérvia, em Fevereiro de 2008.
Concorrem 29 partidos, mas apenas cinco ou seis conseguirão representação parlamentar, segundo as sondagens. As eleições de hoje decorrem da crise política aberta pela demissão do presidente Fatmir Sedjiu, a que se seguiu o fim da coligação liderada por Hashim Thaçi.
Com o Kosovo a viver uma conjuntura de crise generalizada, após a euforia inicial da independência, a campanha ficou marcada por uma torrente de promessas e por um surto de violência nos dias que antecederam a votação.
A maioria dos partidos fez promessas irrealistas. Os grupos nacionalistas defenderam uma maior aproximação à Albânia ou medidas populistas, como o aumento dos salários num país com uma taxa de desemprego próxima dos 50%. Os partidos europeístas apostaram no mote da rápida adesão à União Europeia, NATO e Nações Unidas.
Os actos de violência verificaram-se no Norte do Kosovo, região de maioria sérvia. O mais recente sucedeu na passada quarta-feira, quando dois elementos da Comissão Eleitoral Nacional foram atacados a tiro; um morreu e outro ficou gravemente ferido.
Outros ataques tomaram como alvo candidatos da minoria sérvia que se apresentaram às eleições, caso de Dragan Stojkovic, do Partido Democrático Sérvio do Kosovo, cuja residência foi alvejada à granada e a tiro, um dia depois de anunciar a sua candidatura.
O Partido Democrático do Kosovo, do primeiro-ministro Hashim Thaçi, e a Liga Democrática do Kosovo, responsável pela queda do Governo, são os principais favoritos, surgindo quase empatados nas sondagens. O partido de Thaçi, que tem feito campanha ao som da canção Simply the Best, interpretada por Tina Turner, e que não desdenha hastear a bandeira dos EUA nos comícios, surge com ligeira vantagem.
A Aliança para o Futuro do Kosovo, cujo dirigente máximo, Ramush Haradinaj, se encontra detido em Haia sob jurisdição do Tribunal Penal Internacional para a ex-Jugoslávia, tanto poderá capitalizar sobre esse facto ou acabar penalizada.
Duas novas formações, Autodeterminação e Novo Espírito, o primeiro fortemente nacionalista e o segundo de cariz tecnocrático, apresentam-se pela primeira vez ao eleitorado kosovar. A primeira recolhe 16% das intenções de voto e a segunda cerca de 6%. As suas palavras de ordem são, respectivamente, o ideal de uma "grande Albânia" e a aposta no desenvolvimento económico e no combate à corrupção.
Hoje é a segunda vez que os kosovares se deslocam às assembleias de voto desde a independência. A primeira foi nas municipais de Novembro de 2009, marcadas por forte abstenção e pela vitória do partido de Thaçi.
A taxa de participação na votação de hoje é considerada decisiva para determinar o vencedor e a margem da sua vitória. Uma forte abstenção "será favorável ao partido de Thaçi", considerava ontem um analista ouvido pela AFP.
Outro factor determinante será o sentido de voto de cerca de 70 mil novos eleitores, que irão votar pela primeira vez. Num clima de crise e descontentamento, com metade da população a viver abaixo do limiar da pobreza, aqueles poderão sentir-se tentados a votar em formações menos identificadas com a governação em Pristina.
Embora algumas formações ligadas à minoria sérvia concorram, outra incógnita é a taxa de participação dos sérvios. Embora Belgrado não tenha apelado ao boicote, membros do Governo sérvio defenderam a "inutilidade" do voto.
In DN
Eleições nas mãos de novos eleitores e novos partidos
por ABEL COELHO DE MORAIS
Hoje
Excesso de promessas e crise marcam primeiras legislativas pós-independência
Mais de 1,6 milhões de eleitores escolhem hoje os 120 deputados do Parlamento do Kosovo naquelas que são as primeiras eleições legislativas neste território de maioria albanesa desde que se tornou independente da Sérvia, em Fevereiro de 2008.
Concorrem 29 partidos, mas apenas cinco ou seis conseguirão representação parlamentar, segundo as sondagens. As eleições de hoje decorrem da crise política aberta pela demissão do presidente Fatmir Sedjiu, a que se seguiu o fim da coligação liderada por Hashim Thaçi.
Com o Kosovo a viver uma conjuntura de crise generalizada, após a euforia inicial da independência, a campanha ficou marcada por uma torrente de promessas e por um surto de violência nos dias que antecederam a votação.
A maioria dos partidos fez promessas irrealistas. Os grupos nacionalistas defenderam uma maior aproximação à Albânia ou medidas populistas, como o aumento dos salários num país com uma taxa de desemprego próxima dos 50%. Os partidos europeístas apostaram no mote da rápida adesão à União Europeia, NATO e Nações Unidas.
Os actos de violência verificaram-se no Norte do Kosovo, região de maioria sérvia. O mais recente sucedeu na passada quarta-feira, quando dois elementos da Comissão Eleitoral Nacional foram atacados a tiro; um morreu e outro ficou gravemente ferido.
Outros ataques tomaram como alvo candidatos da minoria sérvia que se apresentaram às eleições, caso de Dragan Stojkovic, do Partido Democrático Sérvio do Kosovo, cuja residência foi alvejada à granada e a tiro, um dia depois de anunciar a sua candidatura.
O Partido Democrático do Kosovo, do primeiro-ministro Hashim Thaçi, e a Liga Democrática do Kosovo, responsável pela queda do Governo, são os principais favoritos, surgindo quase empatados nas sondagens. O partido de Thaçi, que tem feito campanha ao som da canção Simply the Best, interpretada por Tina Turner, e que não desdenha hastear a bandeira dos EUA nos comícios, surge com ligeira vantagem.
A Aliança para o Futuro do Kosovo, cujo dirigente máximo, Ramush Haradinaj, se encontra detido em Haia sob jurisdição do Tribunal Penal Internacional para a ex-Jugoslávia, tanto poderá capitalizar sobre esse facto ou acabar penalizada.
Duas novas formações, Autodeterminação e Novo Espírito, o primeiro fortemente nacionalista e o segundo de cariz tecnocrático, apresentam-se pela primeira vez ao eleitorado kosovar. A primeira recolhe 16% das intenções de voto e a segunda cerca de 6%. As suas palavras de ordem são, respectivamente, o ideal de uma "grande Albânia" e a aposta no desenvolvimento económico e no combate à corrupção.
Hoje é a segunda vez que os kosovares se deslocam às assembleias de voto desde a independência. A primeira foi nas municipais de Novembro de 2009, marcadas por forte abstenção e pela vitória do partido de Thaçi.
A taxa de participação na votação de hoje é considerada decisiva para determinar o vencedor e a margem da sua vitória. Uma forte abstenção "será favorável ao partido de Thaçi", considerava ontem um analista ouvido pela AFP.
Outro factor determinante será o sentido de voto de cerca de 70 mil novos eleitores, que irão votar pela primeira vez. Num clima de crise e descontentamento, com metade da população a viver abaixo do limiar da pobreza, aqueles poderão sentir-se tentados a votar em formações menos identificadas com a governação em Pristina.
Embora algumas formações ligadas à minoria sérvia concorram, outra incógnita é a taxa de participação dos sérvios. Embora Belgrado não tenha apelado ao boicote, membros do Governo sérvio defenderam a "inutilidade" do voto.
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
NATO diz que Hashim Thaçi lidera crime no Kosovo
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NATO diz que Hashim Thaçi lidera crime no Kosovo
por Patrícia Viegas
Hoje
Guardian revelou hoje conteúdo de um relatório secreto elaborado pela Força da NATO no Kosovo (KFOR)
Hashim Thaçi é uma das figuras mais importantes na liderança do crime organizado no Kosovo, diz um relatório secreto elaborado pela Força da NATO no Kosovo, KFOR, cujos extractos foram hoje divulgados pelo jornal britânico Guardian.
O primeiro-ministro kosovar e antigo operacional da guerrilha albanesa do Exército de Libertação do Kosovo (UÇK) é descrito no documento como peixe graúdo no que respeita ao crime organizado naquele novo Estado dos Balcãs.
Hans Dieter Wichter, porta-voz da KFOR, força internacional que ainda conta com a participação de militares portugueses, indicou que foi aberto um inquérito para determinar a origem do inquérito citado por aquele jornal e que remonta a 2004.
Este não é o primeiro relatório a implicar Thaçi. O relatório do senador suíço Dick Marty, que acaba de ser adoptado pela Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, implica o ex-guerrilheiro albanês no tráfico de órgãos nos anos 90. O mesmo documento acusa as forças e as instituições internacionais do Kosovo de terem testemunhado em silêncio as atrocidades cometidas contra a minoria sérvia e cigana.
O Kosovo declarou unilateralmente a independência da Sérvia no dia 17 de Fevereiro de 2008. Portugal está entre os países que já reconheceram este novo Estado.
In DN
NATO diz que Hashim Thaçi lidera crime no Kosovo
por Patrícia Viegas
Hoje
Guardian revelou hoje conteúdo de um relatório secreto elaborado pela Força da NATO no Kosovo (KFOR)
Hashim Thaçi é uma das figuras mais importantes na liderança do crime organizado no Kosovo, diz um relatório secreto elaborado pela Força da NATO no Kosovo, KFOR, cujos extractos foram hoje divulgados pelo jornal britânico Guardian.
O primeiro-ministro kosovar e antigo operacional da guerrilha albanesa do Exército de Libertação do Kosovo (UÇK) é descrito no documento como peixe graúdo no que respeita ao crime organizado naquele novo Estado dos Balcãs.
Hans Dieter Wichter, porta-voz da KFOR, força internacional que ainda conta com a participação de militares portugueses, indicou que foi aberto um inquérito para determinar a origem do inquérito citado por aquele jornal e que remonta a 2004.
Este não é o primeiro relatório a implicar Thaçi. O relatório do senador suíço Dick Marty, que acaba de ser adoptado pela Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, implica o ex-guerrilheiro albanês no tráfico de órgãos nos anos 90. O mesmo documento acusa as forças e as instituições internacionais do Kosovo de terem testemunhado em silêncio as atrocidades cometidas contra a minoria sérvia e cigana.
O Kosovo declarou unilateralmente a independência da Sérvia no dia 17 de Fevereiro de 2008. Portugal está entre os países que já reconheceram este novo Estado.
In DN
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