Solar
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Todo o fenómeno é relativamente novo, a escala a que acontece é nova e desmesurada e não me é fácil situar-me sem ser numa forma de acantonamento prévio, que me pode aliviar os choques, mas não me ajuda a esclarecer de facto. Então, a correr, (e a velocidade transforma a realidade – o que se relaciona com parte do comentário do Vega): como não me parece que seja desta, já agora, imediatamente, que o mundo vai fazer a revolução completa, instantânea, por fora e por dentro do tudo e de cada um, em que tudo se reformula, de modo harmonioso, no sentido do novo que foi surgindo e pensamento, estruturas sociais, modos de vida, culturas, tudo se harmoniza na materialização das novas compreensões e passarinhos a chilrear, estrelinhas a luzir, prados verdes para saltitar, música pimba acabada de morte macaca, gente mal formada transfigurada, a importância do outro na estruturação da identidade de cada um definitiva, impulsos domesticados e vivá cultura etc etc etc, então, enquanto não muda o paradigma, o que vai acontecer, e possivelmente tem de acontecer, são manifestações do piorzinho que há neste paradigma: coscuvilhice, devassa, intriga, deterioração das relações, amuos internacionais, divórcios traumatizantes,… e, como não se aguenta a moinha, dá-se um afrouxamento dos limites de tolerância: por um lado mais repressão, daquela básica e que julgávamos ultrapassada e, por outro lado, um descaso progressivo, cada vez maior, em relação a valores que até agora nos têm identificado. Qualquer dia já não se liga se revelarem que o ligueiro da senhora Merkl é rosa-choque ou que o presidente de um banco era simultaneamente mordomo na casa de um ditador. Assim como o Sporting que foi eliminado da Taça pelo Setúbal e já ninguém faz disso um caso. Onde vamos parar? Não sei. Os cientistas sociais que se cheguem à frente.
Entretanto, a luta pelo PODER mundial é linda de se ver. Na exibição dos destroços da contenda, vem o espírito de chinelo da humanidade todo ao de cima. Assistir às misérias humanas institucionalizadas põe o aconchego simbólico nas ruas da amargura. Também é catita ver que muitos dos que espreitam a possibilidade da grande MUDANÇA se fazer por este lado. Julgarão que, eticamente falando, estamos pior hoje do que há alguns séculos?
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Todo o fenómeno é relativamente novo, a escala a que acontece é nova e desmesurada e não me é fácil situar-me sem ser numa forma de acantonamento prévio, que me pode aliviar os choques, mas não me ajuda a esclarecer de facto. Então, a correr, (e a velocidade transforma a realidade – o que se relaciona com parte do comentário do Vega): como não me parece que seja desta, já agora, imediatamente, que o mundo vai fazer a revolução completa, instantânea, por fora e por dentro do tudo e de cada um, em que tudo se reformula, de modo harmonioso, no sentido do novo que foi surgindo e pensamento, estruturas sociais, modos de vida, culturas, tudo se harmoniza na materialização das novas compreensões e passarinhos a chilrear, estrelinhas a luzir, prados verdes para saltitar, música pimba acabada de morte macaca, gente mal formada transfigurada, a importância do outro na estruturação da identidade de cada um definitiva, impulsos domesticados e vivá cultura etc etc etc, então, enquanto não muda o paradigma, o que vai acontecer, e possivelmente tem de acontecer, são manifestações do piorzinho que há neste paradigma: coscuvilhice, devassa, intriga, deterioração das relações, amuos internacionais, divórcios traumatizantes,… e, como não se aguenta a moinha, dá-se um afrouxamento dos limites de tolerância: por um lado mais repressão, daquela básica e que julgávamos ultrapassada e, por outro lado, um descaso progressivo, cada vez maior, em relação a valores que até agora nos têm identificado. Qualquer dia já não se liga se revelarem que o ligueiro da senhora Merkl é rosa-choque ou que o presidente de um banco era simultaneamente mordomo na casa de um ditador. Assim como o Sporting que foi eliminado da Taça pelo Setúbal e já ninguém faz disso um caso. Onde vamos parar? Não sei. Os cientistas sociais que se cheguem à frente.
Entretanto, a luta pelo PODER mundial é linda de se ver. Na exibição dos destroços da contenda, vem o espírito de chinelo da humanidade todo ao de cima. Assistir às misérias humanas institucionalizadas põe o aconchego simbólico nas ruas da amargura. Também é catita ver que muitos dos que espreitam a possibilidade da grande MUDANÇA se fazer por este lado. Julgarão que, eticamente falando, estamos pior hoje do que há alguns séculos?
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