Cão salva donos de incêndio

por **Vitor mango** Qua Fev 02, 2011 1:27 am

Cão salva donos de incêndio
00h22m
Madalena Ferreira

Foi o cão que deu o alerta para que um casal de idosos de Adão, Guarda, corresse para a rua antes que a sua casa fosse totalmente destruída pelas chamas, na madrugada de ontem. Bombeiros conseguiram salvaguardar habitações contíguas.

foto Madalena Ferreira/JN
Cão salva donos de incêndio
Rosa e José Alves escaparam às chamas guiados pelos latidos do cão

José e Rosa Alves, naturais e residentes em Adão, no concelho da Guarda, tinham abandonado um dos casebres contíguos à casa de habitação há cerca de uma hora quando, alertados por um cão de guarda, saíram à rua e viram tudo em chamas.

"Já havia labaredas enormes e só tivemos tempo de tocar os sinos da igreja e pedir aos vizinhos que telefonassem aos bombeiros", contou, ao JN, ainda mal refeita do susto, a dona da casa totalmente destruída pelo incêndio no início da madrugada de terça-feira.

"Não dormimos nada toda a noite, só de pensar que podíamos lá ter ficado queimados", acrescentou, enquanto as lágrimas lhe corriam pelo rosto e ainda sem encontrar explicação para o que se passou. "Juro que apaguei a lareira", assegurou a idosa, entre soluços, enquanto apontava para o local da chaminé, rodeado de telhas e vidros partidos e de outros destroços resultantes do fogo e da explosão posterior de uma botija de gás. Os idosos saíram ilesos porque na hora em que deflagrou o incêndio dormiam na moradia que construíram ao lado, anos antes de regressarem de França, onde viveram emigrados durante quarenta anos, mas os prejuízos materiais são avultados.

"Não arranjo a casa por menos de 25 mil euros", calculava por alto José Alves, o co-proprietário da casa onde ele e a mulher costumavam fazer as refeições e passar os serões de Inverno. " E, menos mal que chegaram os bombeiros, senão é que estávamos arranjados", desabafou agradecido à equipa de 19 voluntários que se deslocou ao local e impediu que o fogo se propagasse a outras casas da aldeia.

"Onde começou o fogo já não havia muito a fazer, mas havia outras casas encostadas, também antigas e com estruturas de madeira que era preciso salvaguardar", explicou o comandante-adjunto dos bombeiros da Guarda, Paulo Sequeira.