Timothy W. Ryback leu a biblioteca de Hitler e não ficou impressionado
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Timothy W. Ryback leu a biblioteca de Hitler e não ficou impressionado
Timothy W. Ryback leu a biblioteca de Hitler e não ficou impressionado
por Luís Leal Miranda, Publicado em 01 de Março de 2011 | Actualizado há 12 horas
O historiador analisou a biblioteca privada do fuhrer e descobriu um leitor que gostava de "romances básicos, quase infantis"
As leituras de mesa-de-cabeceira de Hitler não tiraram o sono ao professor
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Sempre quis saber que livros de cabeceira tinha o homem que ordenou o holocausto, mergulhou a Europa numa Guerra Mundial e fez com que um tipo minimalista de bigode nunca mais pudesse voltar a ser usado? Timothy Ryback, académico, historiador e escritor, mergulhou na colecção de livros de Hitler, numa tentativa de mergulhar também na cabeça do fuhrer - "o homem mais misterioso do mundo", diz.
Ryback, que já havia escrito sobre a II Guerra Mundial, estava a preparar um artigo para a revista "The New Yorker" sobre a família chegada de Hitler - gente que teve de mudar o apelido - quando se deparou com um ficheiro desclassificado da CIA. Nele constava que o presidente Harry Truman recebera um dia uns botões de punho que pertenceram a Hitler. Ryback trocou e-mails com um contacto na Casa Branca, "porque itens pessoais como aqueles dizem muito sobre a personalidade de um homem". O que Timothy esperava que fosse uma janela para a psique de Hitler acabou por ser a entrada principal para aquele misterioso intelecto. A Casa Branca respondeu assim ao seu pedido: "Não, não temos os botões de punho, mas poderá valer a pena ir à Biblioteca do Congresso, estão lá uma série de livros."
A colecção privada do fuhrer, 1200 exemplares, estava empacotada numa sala a ganhar pó desde que a trouxeram do bunker de Hitler, depois da capitulação nazi. Tudo o que Ryback precisava era de uma autorização para a consultar. Ou não. "Basicamente é chegar lá, assinar um papel a dizer o que queremos e eles trazem-nos, como numa biblioteca qualquer."
Julgar o ditador pelas capas
O historiador analisou exaustivamente cada um dos volumes, detendo-se nas anotações, sublinhados e outros pormenores. "O livro mais antigo da colecção é um guia da arquitectura da cidade de Berlim que Hitler comprou quando era um jovem soldado a combater na frente da Primeira Guerra Mundial. Quando o abri soltaram-se partículas de pó e terra, ainda tinha o cheiro das trincheiras", conta.
Com uma colecção de mais de 10 mil livros, a maioria deles perdidos depois da derrota na II Guerra Mundial, pilhados ou guardados secretamente na Rússia (há uma biblioteca secreta em Moscovo, garante Ryback), os exemplares analisados nesta obra mostram-nos um leitor ávido, mas não muito inteligente. "Hitler lia para pilhar ideias que depois usava nos seus discursos. Do que ele gostava mesmo era de romances básicos, quase infantis, como os livros de Karl May."
May era um escritor alemão de historietas de índios e cowboys, muito popular junto do público juvenil. Hitler levava-o para todo o lado e chegou a sugerir a um general a leitura destas obras para que aprendesse a usar a imaginação. "Hitler era um homem que, perante um estratega militar, aconselhava-o a ler livros para adolescentes e não os grandes filósofos que consta que o inspiravam grandemente", conclui Ryback. "A ideia de que ele era dotado de um grande intelecto é uma invenção. Hitler leu filósofos como Arthur Schopenhauer mas não analisou a sua obra intensivamente. Nem tinha intelecto para isso. Era uma homem de grande insegurança e fraca escolaridade, leu muito a vida toda para tentar compensar essa debilidade", conclui.
por Luís Leal Miranda, Publicado em 01 de Março de 2011 | Actualizado há 12 horas
O historiador analisou a biblioteca privada do fuhrer e descobriu um leitor que gostava de "romances básicos, quase infantis"
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Ryback, que já havia escrito sobre a II Guerra Mundial, estava a preparar um artigo para a revista "The New Yorker" sobre a família chegada de Hitler - gente que teve de mudar o apelido - quando se deparou com um ficheiro desclassificado da CIA. Nele constava que o presidente Harry Truman recebera um dia uns botões de punho que pertenceram a Hitler. Ryback trocou e-mails com um contacto na Casa Branca, "porque itens pessoais como aqueles dizem muito sobre a personalidade de um homem". O que Timothy esperava que fosse uma janela para a psique de Hitler acabou por ser a entrada principal para aquele misterioso intelecto. A Casa Branca respondeu assim ao seu pedido: "Não, não temos os botões de punho, mas poderá valer a pena ir à Biblioteca do Congresso, estão lá uma série de livros."
A colecção privada do fuhrer, 1200 exemplares, estava empacotada numa sala a ganhar pó desde que a trouxeram do bunker de Hitler, depois da capitulação nazi. Tudo o que Ryback precisava era de uma autorização para a consultar. Ou não. "Basicamente é chegar lá, assinar um papel a dizer o que queremos e eles trazem-nos, como numa biblioteca qualquer."
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O historiador analisou exaustivamente cada um dos volumes, detendo-se nas anotações, sublinhados e outros pormenores. "O livro mais antigo da colecção é um guia da arquitectura da cidade de Berlim que Hitler comprou quando era um jovem soldado a combater na frente da Primeira Guerra Mundial. Quando o abri soltaram-se partículas de pó e terra, ainda tinha o cheiro das trincheiras", conta.
Com uma colecção de mais de 10 mil livros, a maioria deles perdidos depois da derrota na II Guerra Mundial, pilhados ou guardados secretamente na Rússia (há uma biblioteca secreta em Moscovo, garante Ryback), os exemplares analisados nesta obra mostram-nos um leitor ávido, mas não muito inteligente. "Hitler lia para pilhar ideias que depois usava nos seus discursos. Do que ele gostava mesmo era de romances básicos, quase infantis, como os livros de Karl May."
May era um escritor alemão de historietas de índios e cowboys, muito popular junto do público juvenil. Hitler levava-o para todo o lado e chegou a sugerir a um general a leitura destas obras para que aprendesse a usar a imaginação. "Hitler era um homem que, perante um estratega militar, aconselhava-o a ler livros para adolescentes e não os grandes filósofos que consta que o inspiravam grandemente", conclui Ryback. "A ideia de que ele era dotado de um grande intelecto é uma invenção. Hitler leu filósofos como Arthur Schopenhauer mas não analisou a sua obra intensivamente. Nem tinha intelecto para isso. Era uma homem de grande insegurança e fraca escolaridade, leu muito a vida toda para tentar compensar essa debilidade", conclui.
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 117576
Re: Timothy W. Ryback leu a biblioteca de Hitler e não ficou impressionado
May era um escritor alemão de historietas de índios e cowboys, muito popular junto do público juvenil. Hitler levava-o para todo o lado e chegou a sugerir a um general a leitura destas obras para que aprendesse a usar a imaginação. "Hitler era um homem que, perante um estratega militar, aconselhava-o a ler livros para adolescentes e não os grandes filósofos que consta que o inspiravam grandemente", conclui Ryback. "A ideia de que ele era dotado de um grande intelecto é uma invenção. Hitler leu filósofos como Arthur Schopenhauer mas não analisou a sua obra intensivamente. Nem tinha intelecto para isso. Era uma homem de grande insegurança e fraca escolaridade, leu muito a vida toda para tentar compensar essa debilidade", conclui.
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