“A campanha eleitoral vai ser extremamente dura”…
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“A campanha eleitoral vai ser extremamente dura”…
“A campanha eleitoral vai ser extremamente dura”…
…avisa Passos Coelho no site do PSD. Fico impressionada com o advérbio, mas apenas numa primeira leitura, porque entendo que para argumentos fracos são necessárias palavras fortes. Passos Coelho anda há dias e dias a tentar desfazer-se das suas palavras e das palavras daqueles que escolhe para seus conselheiros, como António Carrapatoso, à frente do Movimento “Mais Sociedade”.
A atrapalhação não surpreende, porque vem de quem lidera um Partido sem norte, um Partido que aprova e desaprova um curso de medidas essenciais para o país com o único e singelo argumento do amuo. Ajudado por um Cavaco mudo e fazer zaping em casa, Passos Coelho chumbou o PEC IV, totalmente responsável por todos os outros e pelos Orçamento vigente e anterior, e agora tem esta eloquente palavra a dizer ao povo:
“O presidente do PSD revelou na terça-feira à noite perante o Conselho Nacional que a próxima campanha eleitoral “vai ser extremamente dura” e deu como exemplo a distorção dos socialistas às suas afirmações sobre um eventual aumento do IVA.
No discurso que fez na abertura da reunião do Conselho Nacional do PSD, Passos Coelho defendeu que o Governo do PS está sem uma mensagem de confiança e que se vai apresentar às próximas eleições tendo como programa o Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) chumbado pelo Parlamento”.
Como pode ver o leitor agastado com as consequências daquele dia de loucura no Parlamento, Passos continua sem uma ideia. Sabe que a campanha vai ser dura. Aliás, extremamente. E por quê? Porque Passos tem propostas alternativas que o povo possa, finalmente, ver, após este todo este tempo de bota abaixo porque sim? Porque Passos vai explicar na cara de Sócrates por que é que o PEC IV é um erro, tendo ele soluções muito melhores?
Não. A campanha vai ser dura, aliás extremamente, porque Passos vai concentrar-se no que os outros alegadamente disseram acerca do que ele disse mas distorcendo a coisas. Parece que foi sobre o IVA, qualquer coisa como Carrapatoso ter proposto reduzir salários e apoios sociais e Pedro Passos Coelho ter admitido a subida do IVA.
É certo que à chegada aos estúdios da SIC, para ser entrevistado por Clara de Sousa, Passos disse que Carrapatoso era um homem “livre”, e correu para dentro do estúdio, onde confirmou que não excluía a subida do IVA, como já fora noticiado em todo o lado.
Mas a campanha vai ser dura, aliás extremamente.
O líder do maior Partido da oposição promete perder o seu tempo a explicar que disse que talvez aumentasse o IVA porque antes isso a coisas piores, como tocar em pensões miseráveis, coisa de aplaudir, mas em todo o caso de recordar que está a falar de gente que é atingida pelo IVA. O líder do maior Partido da oposição já anunciou que a campanha dele vai ter por base o facto da do PS ir focar-se no PEC IV que foi chumbado no Parlamento.
É quase encantadora a infantilidade com que Passos explica ao país que vazios são os que vão falar no PEC IV e na importância que o mesmo tinha e na responsabilidade de quem o chumbou, como que não se dando conta de que toda a gente percebe que tal como no dia do dito chumbo ele não tem uma palavra para nos dizer.
Aguardemos pelo extremamente.
Isabel Moreira
…avisa Passos Coelho no site do PSD. Fico impressionada com o advérbio, mas apenas numa primeira leitura, porque entendo que para argumentos fracos são necessárias palavras fortes. Passos Coelho anda há dias e dias a tentar desfazer-se das suas palavras e das palavras daqueles que escolhe para seus conselheiros, como António Carrapatoso, à frente do Movimento “Mais Sociedade”.
A atrapalhação não surpreende, porque vem de quem lidera um Partido sem norte, um Partido que aprova e desaprova um curso de medidas essenciais para o país com o único e singelo argumento do amuo. Ajudado por um Cavaco mudo e fazer zaping em casa, Passos Coelho chumbou o PEC IV, totalmente responsável por todos os outros e pelos Orçamento vigente e anterior, e agora tem esta eloquente palavra a dizer ao povo:
“O presidente do PSD revelou na terça-feira à noite perante o Conselho Nacional que a próxima campanha eleitoral “vai ser extremamente dura” e deu como exemplo a distorção dos socialistas às suas afirmações sobre um eventual aumento do IVA.
No discurso que fez na abertura da reunião do Conselho Nacional do PSD, Passos Coelho defendeu que o Governo do PS está sem uma mensagem de confiança e que se vai apresentar às próximas eleições tendo como programa o Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) chumbado pelo Parlamento”.
Como pode ver o leitor agastado com as consequências daquele dia de loucura no Parlamento, Passos continua sem uma ideia. Sabe que a campanha vai ser dura. Aliás, extremamente. E por quê? Porque Passos tem propostas alternativas que o povo possa, finalmente, ver, após este todo este tempo de bota abaixo porque sim? Porque Passos vai explicar na cara de Sócrates por que é que o PEC IV é um erro, tendo ele soluções muito melhores?
Não. A campanha vai ser dura, aliás extremamente, porque Passos vai concentrar-se no que os outros alegadamente disseram acerca do que ele disse mas distorcendo a coisas. Parece que foi sobre o IVA, qualquer coisa como Carrapatoso ter proposto reduzir salários e apoios sociais e Pedro Passos Coelho ter admitido a subida do IVA.
É certo que à chegada aos estúdios da SIC, para ser entrevistado por Clara de Sousa, Passos disse que Carrapatoso era um homem “livre”, e correu para dentro do estúdio, onde confirmou que não excluía a subida do IVA, como já fora noticiado em todo o lado.
Mas a campanha vai ser dura, aliás extremamente.
O líder do maior Partido da oposição promete perder o seu tempo a explicar que disse que talvez aumentasse o IVA porque antes isso a coisas piores, como tocar em pensões miseráveis, coisa de aplaudir, mas em todo o caso de recordar que está a falar de gente que é atingida pelo IVA. O líder do maior Partido da oposição já anunciou que a campanha dele vai ter por base o facto da do PS ir focar-se no PEC IV que foi chumbado no Parlamento.
É quase encantadora a infantilidade com que Passos explica ao país que vazios são os que vão falar no PEC IV e na importância que o mesmo tinha e na responsabilidade de quem o chumbou, como que não se dando conta de que toda a gente percebe que tal como no dia do dito chumbo ele não tem uma palavra para nos dizer.
Aguardemos pelo extremamente.
Isabel Moreira
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