O que aconteceu com a intervenção na Líbia?
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O que aconteceu com a intervenção na Líbia?
O que aconteceu com a intervenção na Líbia?
16/4/2011 14:05, Por José Dirceu
Enquanto o barril de pólvora em que se converteu o Oriente Médio explode em sucessivos países – há um mês a bola da vez é a Síria, conforme nota abaixo - continua o imobilismo do Ocidente em relação ao problema. Em relação a Líbia, a Síria, e a toda a Península Arábica.
A pergunta mais pertinente a se fazer, e que não cala é: o que aconteceu com a intervenção na Líbia, onde havia e há uma guerra civil?
Chegaram a constituir um Conselho Nacional Líbio, da oposição, composto inclusive por ex-ministros do governo Muamar Kaddhafi. Dele participavam o ex-ministro da Justiça, Mustafá Abdell Jalil, e outros, como o ministro do Comércio Exterior, Ali Al-Issawi, além de personagens como Mohomoud Jabril, que voltou do exílio para presidir o Conselho de Desenvolvimento Econômico, a convite de Said, filho de Kaddhafi. Fracassaram todos.
Na Líbia não há rebelião, é guerra civil
Como vemos, na Líbia não se trata de uma rebelião ou de manifestações reprimidas, mas de uma guerra civil, com o governo de direito constituído e do outro lado um governo provisório, com bandeira, um exército, inclusive com a participação de Ahmed Zubeir Sherif, único descendente do Rei Idris I, deposto por Kaddhafi.
Sherif luta ao lado de Omar Hariri, ministro da Defesa dos rebeldes, ex-companheiro de Kaddhafi no golpe de 1969 e depois preso numa tentativa de depor o coronel-presidente que até hoje governa a Líbia.
Outras perguntas que se fazem hoje: como ficaram o Iêmen e Bahrein? Onde estão a União Européia (UE) e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN)? Qual foi o resultado dessa aventura? Por que as Nações Unidas se calam sobre esses países e agora buscam, ao lado da União Africana e da UE, negociar com o governo Kaddhafi?
Como ficaram o Iêmen e o Bahrein?
E negociar sem ter apoio dos chamados rebeldes, hoje totalmente dependentes da OTAN e de países como a França, sem o que já estariam derrotados. A quem interessa esconder os objetivos e programa dos rebeldes, monarquistas, em sua maioria simpáticos ao Ocidente, ao livre mercado e ao secularismo e cuja bandeira tremula em suas manifestações e entrevistas?
Não podemos esquecer que o presidente Muamar Kaddhafi, depois de 10 anos de bloqueio, com pesadas sanções econômicas, foi salvo do isolamento internacional antes por Nelson Mandela e depois pelos próprios Estados Unidos quando, então, lhes era conveniente.
Logo que saiu dos 27 anos de prisão, Mandela visitou a Líbia para agradecer o apoio que Kaddhafi deu à luta contra o racismo e o regime sul-africano.
16/4/2011 14:05, Por José Dirceu
Enquanto o barril de pólvora em que se converteu o Oriente Médio explode em sucessivos países – há um mês a bola da vez é a Síria, conforme nota abaixo - continua o imobilismo do Ocidente em relação ao problema. Em relação a Líbia, a Síria, e a toda a Península Arábica.
A pergunta mais pertinente a se fazer, e que não cala é: o que aconteceu com a intervenção na Líbia, onde havia e há uma guerra civil?
Chegaram a constituir um Conselho Nacional Líbio, da oposição, composto inclusive por ex-ministros do governo Muamar Kaddhafi. Dele participavam o ex-ministro da Justiça, Mustafá Abdell Jalil, e outros, como o ministro do Comércio Exterior, Ali Al-Issawi, além de personagens como Mohomoud Jabril, que voltou do exílio para presidir o Conselho de Desenvolvimento Econômico, a convite de Said, filho de Kaddhafi. Fracassaram todos.
Na Líbia não há rebelião, é guerra civil
Como vemos, na Líbia não se trata de uma rebelião ou de manifestações reprimidas, mas de uma guerra civil, com o governo de direito constituído e do outro lado um governo provisório, com bandeira, um exército, inclusive com a participação de Ahmed Zubeir Sherif, único descendente do Rei Idris I, deposto por Kaddhafi.
Sherif luta ao lado de Omar Hariri, ministro da Defesa dos rebeldes, ex-companheiro de Kaddhafi no golpe de 1969 e depois preso numa tentativa de depor o coronel-presidente que até hoje governa a Líbia.
Outras perguntas que se fazem hoje: como ficaram o Iêmen e Bahrein? Onde estão a União Européia (UE) e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN)? Qual foi o resultado dessa aventura? Por que as Nações Unidas se calam sobre esses países e agora buscam, ao lado da União Africana e da UE, negociar com o governo Kaddhafi?
Como ficaram o Iêmen e o Bahrein?
E negociar sem ter apoio dos chamados rebeldes, hoje totalmente dependentes da OTAN e de países como a França, sem o que já estariam derrotados. A quem interessa esconder os objetivos e programa dos rebeldes, monarquistas, em sua maioria simpáticos ao Ocidente, ao livre mercado e ao secularismo e cuja bandeira tremula em suas manifestações e entrevistas?
Não podemos esquecer que o presidente Muamar Kaddhafi, depois de 10 anos de bloqueio, com pesadas sanções econômicas, foi salvo do isolamento internacional antes por Nelson Mandela e depois pelos próprios Estados Unidos quando, então, lhes era conveniente.
Logo que saiu dos 27 anos de prisão, Mandela visitou a Líbia para agradecer o apoio que Kaddhafi deu à luta contra o racismo e o regime sul-africano.
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 118184
Re: O que aconteceu com a intervenção na Líbia?
petr9oleo pah e so petróleo a guerra civil é um faz de conta
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 118184
Re: O que aconteceu com a intervenção na Líbia?
Vitor mango escreveu:petr9oleo pah e so petróleo a guerra civil é um faz de conta
Um faz de conta muito sangrento, convenhamos. Os EUA, mais uma vez a meterem o nariz onde não são chamados.
E a lição do Iraque continua por aprender...
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Amigos?Longe! Inimigos? O mais perto possível!
Joao Ruiz- Pontos : 32035
Re: O que aconteceu com a intervenção na Líbia?
A NATO continua sem comando e sem saber o que há-de fazer.
Quando se trata de avançar para qualquer lado vai sempre com os EUA à frente e, enquanto estes lá permanecem, acontecem coisas, boas ou más tanto faz para o caso em apreço.
A UE é, em termos comparativos, semelhante à NATO. Cada governo faz o que lhe dá na real gana e não actua como deveria actuar uma UNIÃO.
Os exemplos do que afirmo podem ser encontrados na Jugoslávia,no Afeganistão, na Somália, na Líbia e noutros lugares menos conhecidos. A NATO não tem um verdadeiro comando.
Mas a NATO acaba por ser o espelho aonde a Europa se vê.
Sempre que é preciso tomar uma iniciativa internacional, fica presa às suas opiniões múltiplas acabando sempre por ser ultrapassada pelos EUA.
No que respeita aos acontecimentos dentro das suas próprias fronteiras, a UE comporta-se como sempre se comportaram os países individualmente antes da existência da UE, isto é, cada um que se amanhe.
Os casos recentes da Grécia, da Irlanda e finalmente de Portugal (também da Itália com os imigrantes), ilustram bem o que afirmo. Chega-se ao descaramento de se fazerem exigências financeiras superiores àquelas que o próprio FMI faz, não se importando se os países que estão em dificuldade têm condições para as cumprir.
Se não fossem os governos da Alemanha da Srª. Merkel, a Finlândia, a Holanda, a Suécia que ao que parece não são judeus, diria que o Mango tem razão.
Quando se trata de avançar para qualquer lado vai sempre com os EUA à frente e, enquanto estes lá permanecem, acontecem coisas, boas ou más tanto faz para o caso em apreço.
A UE é, em termos comparativos, semelhante à NATO. Cada governo faz o que lhe dá na real gana e não actua como deveria actuar uma UNIÃO.
Os exemplos do que afirmo podem ser encontrados na Jugoslávia,no Afeganistão, na Somália, na Líbia e noutros lugares menos conhecidos. A NATO não tem um verdadeiro comando.
Mas a NATO acaba por ser o espelho aonde a Europa se vê.
Sempre que é preciso tomar uma iniciativa internacional, fica presa às suas opiniões múltiplas acabando sempre por ser ultrapassada pelos EUA.
No que respeita aos acontecimentos dentro das suas próprias fronteiras, a UE comporta-se como sempre se comportaram os países individualmente antes da existência da UE, isto é, cada um que se amanhe.
Os casos recentes da Grécia, da Irlanda e finalmente de Portugal (também da Itália com os imigrantes), ilustram bem o que afirmo. Chega-se ao descaramento de se fazerem exigências financeiras superiores àquelas que o próprio FMI faz, não se importando se os países que estão em dificuldade têm condições para as cumprir.
Se não fossem os governos da Alemanha da Srª. Merkel, a Finlândia, a Holanda, a Suécia que ao que parece não são judeus, diria que o Mango tem razão.
Vagueante- Pontos : 1698
Re: O que aconteceu com a intervenção na Líbia?
Se não fossem os governos da Alemanha da Srª. Merkel, a Finlândia, a Holanda, a Suécia que ao que parece não são judeus, diria que o Mango tem razão.
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Vitor mango- Pontos : 118184
Re: O que aconteceu com a intervenção na Líbia?
Vitor mango escreveu:
Se não fossem os governos da Alemanha da Srª. Merkel, a Finlândia, a Holanda, a Suécia que ao que parece não são judeus, diria que o Mango tem razão.
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Vitor mango- Pontos : 118184
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