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NUNO Rogeiro comenta o mundo

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Mensagem por Vitor mango Sex Out 03, 2008 11:52 pm

Crises (I)
Ontem

Quem pode dizer o que é o fim, o que é princípio, ou o que é o fim do princípio, ou o princípio do fim? Certamente que não os contemporâneos das mudanças. A única coisa que, prudentemente, podemos verificar é, por todo o Globo, a ocorrência de "perturbação".

Em Israel, foi alvo de atentado o professor Zeev Sternhell, sobrevivente dos campos de concentração, militante pela paz, grande estudioso dos fascismos europeus e dos "mitos" da fundação sionista. Quem o quis matar? A quem incomoda a sua voz, patriótica mas crítica? E que sinais dão os EUA, ao enviar, para uma base do deserto do Negev, o poderoso radar FBX-T, capaz de interceptar quase tudo? Ao Irão, dão a ideia de que não abandonam Israel. A Israel, dão a ideia de que deve acalmar-se.

Convulsão, ainda, na costa da Somália, com o crescimento da pirataria, e a ameaça sobre o comércio internacional. Quem são os flibusteiros? Uma mistura de gente miserável e desesperada, de oportunistas e de doutrinadores, aproveitando a abundância de armas e a ausência de estado. Por vezes, fazem - involuntariamente - justiça poética, e apresam navios que podem violar sanções internacionais. Mas são um cancro, e a Europa já se mobilizou.

Tremores, ainda, num recente e ambicioso inquérito da BBC, com dezenas de milhares de entrevistados, em 23 países dos vários continentes.

Pergunta: quem está a ganhar a "guerra ao terrorismo"? 49% acham que é um "empate", 22% afirmam que são os EUA, 10% a "al-Qaeda".

E as medidas americanas têm fortalecido ou enfraquecido o terrorismo? 30% acham que têm fortalecido, 22% que têm enfraquecido, 29% não sabem o que pensar.

Mais preocupante, no campo das percepções, o facto de a al-Qaeda despertar juízos positivos, ou "mistos", para 60% de egípcios e 25% de nigerianos, e só ser considerada "negativa" por 19% de paquistaneses.

Anormalidade, ainda, no Cáucaso. Os observadores da União Europeia chegarão a uma conclusão sobre "quem começou"? Uma coisa terão percebido, a partir das opiniões russas: a intervenção de Moscovo não tem nada a ver com o Kosovo, apesar de algumas análises infantis, mas com o argumento de que Saakashivilli é um "irresponsável" e um "genocida".

Sempre sobre solavancos, ouvimos o presidente Medvedev afirmar, perante a placidez da senhora Merkl, que "acabou o domínio americano no Mundo".

Os empresários alemães presentes, cépticos quanto aos planos de perdão das más dívidas, sorriem educadamente, pensando em duas coisas: ter boas relações económicas com Moscovo, e não deixar a retórica belicista triunfar, é uma chave de sucesso; por outro lado, Berlim não parece contente com a maneira como Bush quis solucionar a "crise".

No Paquistão, o novo chefe dos serviços secretos centrais (ISI), o operacional "tecnocrata" Ahmed Pasha, reflecte sobre tudo isto. Como ser aliado dos EUA, e proteger as fronteiras, contra os próprios EUA? E como reagir ao próximo presidente americano?

No primeiro debate de campanha, os dois candidatos prometeram que atacariam a al-Qaeda, se fosse preciso dentro do Paquistão. A diferença é que McCain não o diria, e Obama sim.

Percalços, por fim, na Europa e no G8, mobilizados a toque de caixa por Sarkozy. Como se sai da "falta de dinheiro", que chega a perturbar os mercados ricos dos xeques do Médio Oriente?

Poderá a China, semicapitalista, ajudar?

E as más raízes saneiam-se pelo arranque, ou pela enfermagem cuidada, com protecção estatal?

E é "crise", ou morte anunciada?

E de quê?
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NUNO Rogeiro  comenta o mundo Empty Re: NUNO Rogeiro comenta o mundo

Mensagem por Vitor mango Sex Out 03, 2008 11:54 pm

Historiador Zeev Sternhell ferido por explosão dentro de casa

JERUSALÉM, 25 Set 2008 (AFP) - O historiador israelense Zeev Sternhell, conhecido pelas posições contra a colonização dos territórios palestinos, ficou ferido na madrugada desta quinta-feira na explosão de uma bomba em sua residência em Jerusalém.

Zeev Sternhell foi hospitalizado com ferimentos leves depois de ter sido atingido por estilhaços na perna direita após a explosão no jardim de sua casa, segundo a polícia.

Sternhell, nascido em 1935 na Polônia, é professor de Ciências Políticas da Universidade Hebraica de Jerusalém especializado em fascismo e publica artigos com freqüência no jornal Haaretz.

Nos últimos anos tem sido um crítico do ultranacionalismo em Israel e da colonização, ao mesmo tempo que defende concessões para a obtenção de um acordo de paz com os palestinos.

Ele se declarou contrário ao bloqueio imposto por Israel na Faixa de Gaza, medida que julgou "imoral e ineficaz".

Em 2008 recebeu o prêmio Israel, a recompensa civil mais prestigiosa do país, o que provocou as críticas de uma parte da direita e da extrema-direita israelenses.

jlr/fp

AFP
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