]Portugal paga dez vezes mais do que Alemanha pela dívida a dois anos 21 Abril 2011 | 18:07
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]Portugal paga dez vezes mais do que Alemanha pela dívida a dois anos 21 Abril 2011 | 18:07
Portugal paga dez vezes mais do que Alemanha pela dívida a dois anos
21 Abril 2011 | 18:07
Ana Luísa Marques - anamarques@negocios.pt
A dívida portuguesa a dois anos já está quase 10 pontos percentuais mais cara do que a alemã. Os juros da dívida grega e portuguesa a dois anos avançam quase um ponto percentual numa altura em que continuam os rumores de que a Grécia será forçada a reestruturar parte da sua dívida.
As "yields" das obrigações portuguesas a dois e a três anos estão acima dos 11%, enquanto a 4, 5, 6, 7 e anos negoceiam acima dos 10%.
A maior subida ocorre na maturidade a dois anos, tendo já tocado nos 11,516%. Os juros da dívida a dois anos avançam agora 97,5 pontos base para os 11,467%.
Na Grécia, a maior subida também ocorre nos juros da dívida a dois anos, que avançam 99,4 pontos base para os 23,013%.
A forte subida dos juros da dívida portuguesa e grega a dois anos aumentou o "spread" face à "bunds" para 970 pontos e 2.125 pontos, respectivamente.
São cada vez mais as vozes que defendem que, apesar da ajuda externa, a Grécia vai precisar de reestruturar a sua dívida. Os rumores acentuaram-se desde quinta-feira passada, altura em que o ministro das Finanças alemão deu uma entrevista onde afirmava que se a auditoria, que se está a fazer às contas gregas, gerar dúvidas sobre a solvência da Grécia, "teremos de fazer alguma coisa". "Aí podem ser necessárias medidas adicionais".
No dia 15 de Abril, o mesmo responsável, salientou que "um 'haircut' ou uma reestruturação da dívida não seria um desastre".
Estas declarações têm tido impacto no mercado de dívida dos países mais fragilizados. Além da Grécia, Portugal e Irlanda têm sido fustigados pelos receios de necessidades de reestruturação de dívida.
Até porque, como alertou Athanasios Orphanides, governador do banco central do Chipre, se a Grécia tiver de reestruturar a dívida, é possível que mais países se vejam obrigados a fazer o mesmo. E os que estão mais debilitados são precisamente a Irlanda e Portugal, que já pediram ajuda financeira externa.
O Governo grego tem negado, sistematicamente, qualquer necessidade de uma reestruturação da dívida. Ontem à noite, o Ministério das Finanças informou, em comunicado, que pediu ao Ministério Público para dar início a uma investigação que analise os recentes movimentos da bolsa grega e do mercado da dívida.
Em causa poderá estar um e-mail "de um banco de investimento internacional" que dá como certa a reestruturação da dívida grega este fim-de-semana.
21 Abril 2011 | 18:07
Ana Luísa Marques - anamarques@negocios.pt
A dívida portuguesa a dois anos já está quase 10 pontos percentuais mais cara do que a alemã. Os juros da dívida grega e portuguesa a dois anos avançam quase um ponto percentual numa altura em que continuam os rumores de que a Grécia será forçada a reestruturar parte da sua dívida.
As "yields" das obrigações portuguesas a dois e a três anos estão acima dos 11%, enquanto a 4, 5, 6, 7 e anos negoceiam acima dos 10%.
A maior subida ocorre na maturidade a dois anos, tendo já tocado nos 11,516%. Os juros da dívida a dois anos avançam agora 97,5 pontos base para os 11,467%.
Na Grécia, a maior subida também ocorre nos juros da dívida a dois anos, que avançam 99,4 pontos base para os 23,013%.
A forte subida dos juros da dívida portuguesa e grega a dois anos aumentou o "spread" face à "bunds" para 970 pontos e 2.125 pontos, respectivamente.
São cada vez mais as vozes que defendem que, apesar da ajuda externa, a Grécia vai precisar de reestruturar a sua dívida. Os rumores acentuaram-se desde quinta-feira passada, altura em que o ministro das Finanças alemão deu uma entrevista onde afirmava que se a auditoria, que se está a fazer às contas gregas, gerar dúvidas sobre a solvência da Grécia, "teremos de fazer alguma coisa". "Aí podem ser necessárias medidas adicionais".
No dia 15 de Abril, o mesmo responsável, salientou que "um 'haircut' ou uma reestruturação da dívida não seria um desastre".
Estas declarações têm tido impacto no mercado de dívida dos países mais fragilizados. Além da Grécia, Portugal e Irlanda têm sido fustigados pelos receios de necessidades de reestruturação de dívida.
Até porque, como alertou Athanasios Orphanides, governador do banco central do Chipre, se a Grécia tiver de reestruturar a dívida, é possível que mais países se vejam obrigados a fazer o mesmo. E os que estão mais debilitados são precisamente a Irlanda e Portugal, que já pediram ajuda financeira externa.
O Governo grego tem negado, sistematicamente, qualquer necessidade de uma reestruturação da dívida. Ontem à noite, o Ministério das Finanças informou, em comunicado, que pediu ao Ministério Público para dar início a uma investigação que analise os recentes movimentos da bolsa grega e do mercado da dívida.
Em causa poderá estar um e-mail "de um banco de investimento internacional" que dá como certa a reestruturação da dívida grega este fim-de-semana.
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