Jacinto Nunes receia uma nova Maria da Fonte
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Jacinto Nunes receia uma nova Maria da Fonte
Jacinto Nunes receia uma nova Maria da Fonte
10 de Maio, 2011
O antigo ministro das Finanças, Manuel Jacinto Nunes, considerou que a reorganização da administração local é uma peça fundamental do memorando de entendimento assinado com a ?troika?, mas diz temer uma reacção violenta contra esta medida.
«Eu temo que tenhamos outra vez outra Maria da Fonte, porque o bairrismo e o regionalismo estão tão vincados entre nós que vai ser difícil. Mas se fizermos [a reorganização], é positivo», disse Jacinto Nunes, referindo-se à revolução portuguesa de 1846, causada por questões de recrutamento militar, proibição de enterros nas igrejas e por questões fiscais.
Manuel Jacinto Nunes disse, na entrevista à Lusa, que as medidas de redução de câmaras e juntas de freguesia são imprescindíveis para que a administração local ganhe poderes de concretização, mas admitiu que serão «extraordinariamente difíceis» de aplicar.
«Essa questão da concentração de freguesias e conselhos é um problema delicadíssimo, tem de ser feito com grande habilidade, porque vai levantar muitas coisas. Corremos o risco de ter aí uma Maria da fonte outra vez», reiterou Jacinto Nunes.
O memorando de entendimento assinado entre Portugal e a ‘troika’ da Comisso Europeia, Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Central Europeu (BCE) prevê a redução, até às eleições autárquicas de 2013, no número de câmaras municipais e juntas de freguesia e a diminuição, em 15 por cento, dos cargos de chefia da administração local e regional.
Jacinto Nunes destacou ainda, pela positiva, a reforma do mercado de arrendamento prevista no memorando, que inclui a redução dos períodos de incumprimento no pagamento das rendas para permitir o despejo.
«O programa tem uma calendarização temporal e quantitativa, o que é muito bom. Os programas [portugueses] são de intenções, mas que não estão calendarizadas e simplesmente não se cumprem. Aqui está tudo calendarizado no tempo, e portanto, se não se cumprir as ‘tranches’ do empréstimo não vêm», considerou.
«A gente só trabalha assim, infelizmente por capacidade própria, não somos capazes. Se não for imposto de fora, infelizmente não fazemos», sublinhou.
O antigo ministro das Finanças, antigo governador do Banco de Portugal e o homem que negociou a entrada portuguesa no FMI, em 1961, só lamentou que o memorando de entendimento não contemple algumas medidas imediatas de estímulo ao investimento dos sectores industriais exportadores mas que, de qualquer forma, teriam de ser «muito seleccionadas e limitadas».
Lusa/SOL
10 de Maio, 2011
O antigo ministro das Finanças, Manuel Jacinto Nunes, considerou que a reorganização da administração local é uma peça fundamental do memorando de entendimento assinado com a ?troika?, mas diz temer uma reacção violenta contra esta medida.
«Eu temo que tenhamos outra vez outra Maria da Fonte, porque o bairrismo e o regionalismo estão tão vincados entre nós que vai ser difícil. Mas se fizermos [a reorganização], é positivo», disse Jacinto Nunes, referindo-se à revolução portuguesa de 1846, causada por questões de recrutamento militar, proibição de enterros nas igrejas e por questões fiscais.
Manuel Jacinto Nunes disse, na entrevista à Lusa, que as medidas de redução de câmaras e juntas de freguesia são imprescindíveis para que a administração local ganhe poderes de concretização, mas admitiu que serão «extraordinariamente difíceis» de aplicar.
«Essa questão da concentração de freguesias e conselhos é um problema delicadíssimo, tem de ser feito com grande habilidade, porque vai levantar muitas coisas. Corremos o risco de ter aí uma Maria da fonte outra vez», reiterou Jacinto Nunes.
O memorando de entendimento assinado entre Portugal e a ‘troika’ da Comisso Europeia, Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Central Europeu (BCE) prevê a redução, até às eleições autárquicas de 2013, no número de câmaras municipais e juntas de freguesia e a diminuição, em 15 por cento, dos cargos de chefia da administração local e regional.
Jacinto Nunes destacou ainda, pela positiva, a reforma do mercado de arrendamento prevista no memorando, que inclui a redução dos períodos de incumprimento no pagamento das rendas para permitir o despejo.
«O programa tem uma calendarização temporal e quantitativa, o que é muito bom. Os programas [portugueses] são de intenções, mas que não estão calendarizadas e simplesmente não se cumprem. Aqui está tudo calendarizado no tempo, e portanto, se não se cumprir as ‘tranches’ do empréstimo não vêm», considerou.
«A gente só trabalha assim, infelizmente por capacidade própria, não somos capazes. Se não for imposto de fora, infelizmente não fazemos», sublinhou.
O antigo ministro das Finanças, antigo governador do Banco de Portugal e o homem que negociou a entrada portuguesa no FMI, em 1961, só lamentou que o memorando de entendimento não contemple algumas medidas imediatas de estímulo ao investimento dos sectores industriais exportadores mas que, de qualquer forma, teriam de ser «muito seleccionadas e limitadas».
Lusa/SOL
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 117576
Re: Jacinto Nunes receia uma nova Maria da Fonte
Eles bem puxam, bem gostavam. Ainda he-de ver o Catroga, vestido de mulher, com uma foice na mão.
Viriato- Pontos : 16657
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