A hipocrisia de Obama e os dois pesos no Oriente Médio
2 participantes
Vagueando na Notícia :: Salas das mesas de grandes debates de noticias :: Professor Dr e mister Mokas faz a analise do Mundo
Página 1 de 1
A hipocrisia de Obama e os dois pesos no Oriente Médio
A hipocrisia de Obama e os dois pesos no Oriente Médio
Ter, 10 de Maio de 2011 21:00
Escrito por Redação
por Gianni Carta, em CartaCapital
Magid Shihade, professor de Estudos Internacionais da Universidade de Birzeit, na Cisjordânia, e autor de Not a Soccer Game: Colonialism and Conflict Among Palestinians in Israel (Não é um jogo de futebol: Colonialismo e conflito entre palestinos em Israel, em tradução livre), analisa as repercussões da morte de Osama Bin Laden no Oriente Médio.
CartaCapital: Que impacto a morte de Bin Laden pode ter na “Primavera Árabe”?
Magid Shihade: Muitos argumentaram que a razão desse ato americano ou as notícias tiveram como objetivo desviar a atenção da Revolução Árabe, numa tentativa de reiniciar o discurso sobre a “guerra contra o terror”. Em outras palavras, esse ato americano é visto por numerosos críticos como uma forma de ofuscar a Revolução Árabe que começou a eclipsar as notícias sobre o “terror”, e parecia ter trazido um fim à política, pós 11 de Setembro, dos EUA na região.
CC: Qual é a imagem de Obama no Oriente Médio, após a morte de Bin Laden?
MS: Para muitos sua imagem deteriorou-se tempos atrás pelo fato de ele ter seguido seus antecessores na política de apoio a Israel. Ele mostrou hipocrisia, padrões duplos na reação às diferentes revoluções na região. A intervenção na Líbia é vista como contrarrevolucionária, ao contrário do que parece. Por outro lado, a não intervenção no Bahrein mostra os padrões duplos e o egoísmo que permeiam a política dos Estados Unidos. Autorizar a matança de Bin Laden e declarar que apesar disso “a guerra contra o terror” continua, deixa claro para muitas pessoas que Obama, assim como o seu predecessor, pretende permanecer envolvido na região sem modificar o curso.
CC: Como avalia a operação que matou Bin Laden?
MS: O sinal verde do presidente dos Estados Unidos, Barak Obama, para a operação que terminou com a matança de Osama bin Laden causou reações diferentes. Uma reação foi aquela de apoio e de satisfação com o resultado. Celebrações nos Estados Unidos foram seguidas por declarações de suporte na Europa e no mundo afora. Outra reação foi aquela de dúvida e de condenação. Condenou-se o modo como Bin Laden foi tratado, e questionou-se o fato de o seu corpo ter sido lançado no Mar Árabe. Outros duvidaram da história inteira. Houve quem duvidasse da morte de Bin Laden. Os motivos que levantaram dúvidas foram vários. Por que seu corpo não foi mostrado a peritos? Por que jogar seu corpo ao mar? Por que bombardear e queimar o lugar onde ele foi encontrado?
CC: Enquanto Ismail Haniyeh, líder do Hamas, condenou a operação dos EUA que matou Bin Laden, a Autoridade Palestina disse que foi positiva para a paz. Como devemos interpretar essas visões opostas num momento em que o Hamas e o Fatah se reconciliaram?
MS: Definitivamente, Haniyeh está jogando com os sentimentos de setores religiosos na região. Enquanto isso, o Fatah quer agradar ao Ocidente, visto que a Autoridade Palestina depende do financiamento ocidental.
CC: O premier israelense, Benjamin Netanyahu, não aceita o Hamas num eventual governo palestino. Como será a relação entre Israel e a Palestina?
MS: Israel continuará usando todos os tipos de subterfúgios para prevenir qualquer possível unidade palestina. E, mais importante ainda, usará diferentes desculpas para que sua colonização contínua da Palestina não seja bloqueada. Nos últimos anos, o Hamas foi a desculpa dada por Israel para não aceitar o plano de implementação internacional de passos para a paz. Antes disso, o entrave era Arafat. Se o Hamas não existisse na Palestina, Israel o teria criado, ou teria ajudado a criá-lo, coisa que em parte fez.
Gianni Carta é jornalista, correspondente de CartaCapital em Paris, escreve sobre coisas da vida do Hemisfério Norte.
Leia mais na fonte! >> As opiniões expressas nos artigos do Planeta Osasco são de responsabilidade pessoal do autor e não representam necessariamente a posição do Portal de Osasco ou de seus colaboradores diretos. >> Textos replicados por crawlers não possuem vínculo com o Portal e obedecem as regras de indexação dos sistemas internacionais de busca, não caracterizando posse do conteúdo. Dúvidas? Osasco : sac @ planetaosasco.com
Ter, 10 de Maio de 2011 21:00
Escrito por Redação
por Gianni Carta, em CartaCapital
Magid Shihade, professor de Estudos Internacionais da Universidade de Birzeit, na Cisjordânia, e autor de Not a Soccer Game: Colonialism and Conflict Among Palestinians in Israel (Não é um jogo de futebol: Colonialismo e conflito entre palestinos em Israel, em tradução livre), analisa as repercussões da morte de Osama Bin Laden no Oriente Médio.
CartaCapital: Que impacto a morte de Bin Laden pode ter na “Primavera Árabe”?
Magid Shihade: Muitos argumentaram que a razão desse ato americano ou as notícias tiveram como objetivo desviar a atenção da Revolução Árabe, numa tentativa de reiniciar o discurso sobre a “guerra contra o terror”. Em outras palavras, esse ato americano é visto por numerosos críticos como uma forma de ofuscar a Revolução Árabe que começou a eclipsar as notícias sobre o “terror”, e parecia ter trazido um fim à política, pós 11 de Setembro, dos EUA na região.
CC: Qual é a imagem de Obama no Oriente Médio, após a morte de Bin Laden?
MS: Para muitos sua imagem deteriorou-se tempos atrás pelo fato de ele ter seguido seus antecessores na política de apoio a Israel. Ele mostrou hipocrisia, padrões duplos na reação às diferentes revoluções na região. A intervenção na Líbia é vista como contrarrevolucionária, ao contrário do que parece. Por outro lado, a não intervenção no Bahrein mostra os padrões duplos e o egoísmo que permeiam a política dos Estados Unidos. Autorizar a matança de Bin Laden e declarar que apesar disso “a guerra contra o terror” continua, deixa claro para muitas pessoas que Obama, assim como o seu predecessor, pretende permanecer envolvido na região sem modificar o curso.
CC: Como avalia a operação que matou Bin Laden?
MS: O sinal verde do presidente dos Estados Unidos, Barak Obama, para a operação que terminou com a matança de Osama bin Laden causou reações diferentes. Uma reação foi aquela de apoio e de satisfação com o resultado. Celebrações nos Estados Unidos foram seguidas por declarações de suporte na Europa e no mundo afora. Outra reação foi aquela de dúvida e de condenação. Condenou-se o modo como Bin Laden foi tratado, e questionou-se o fato de o seu corpo ter sido lançado no Mar Árabe. Outros duvidaram da história inteira. Houve quem duvidasse da morte de Bin Laden. Os motivos que levantaram dúvidas foram vários. Por que seu corpo não foi mostrado a peritos? Por que jogar seu corpo ao mar? Por que bombardear e queimar o lugar onde ele foi encontrado?
CC: Enquanto Ismail Haniyeh, líder do Hamas, condenou a operação dos EUA que matou Bin Laden, a Autoridade Palestina disse que foi positiva para a paz. Como devemos interpretar essas visões opostas num momento em que o Hamas e o Fatah se reconciliaram?
MS: Definitivamente, Haniyeh está jogando com os sentimentos de setores religiosos na região. Enquanto isso, o Fatah quer agradar ao Ocidente, visto que a Autoridade Palestina depende do financiamento ocidental.
CC: O premier israelense, Benjamin Netanyahu, não aceita o Hamas num eventual governo palestino. Como será a relação entre Israel e a Palestina?
MS: Israel continuará usando todos os tipos de subterfúgios para prevenir qualquer possível unidade palestina. E, mais importante ainda, usará diferentes desculpas para que sua colonização contínua da Palestina não seja bloqueada. Nos últimos anos, o Hamas foi a desculpa dada por Israel para não aceitar o plano de implementação internacional de passos para a paz. Antes disso, o entrave era Arafat. Se o Hamas não existisse na Palestina, Israel o teria criado, ou teria ajudado a criá-lo, coisa que em parte fez.
Gianni Carta é jornalista, correspondente de CartaCapital em Paris, escreve sobre coisas da vida do Hemisfério Norte.
Leia mais na fonte! >> As opiniões expressas nos artigos do Planeta Osasco são de responsabilidade pessoal do autor e não representam necessariamente a posição do Portal de Osasco ou de seus colaboradores diretos. >> Textos replicados por crawlers não possuem vínculo com o Portal e obedecem as regras de indexação dos sistemas internacionais de busca, não caracterizando posse do conteúdo. Dúvidas? Osasco : sac @ planetaosasco.com
_________________
Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 117539
Re: A hipocrisia de Obama e os dois pesos no Oriente Médio
MS: Israel continuará usando todos os tipos de subterfúgios para prevenir qualquer possível unidade palestina. E, mais importante ainda, usará diferentes desculpas para que sua colonização contínua da Palestina não seja bloqueada. Nos últimos anos, o Hamas foi a desculpa dada por Israel para não aceitar o plano de implementação internacional de passos para a paz. Antes disso, o entrave era Arafat. Se o Hamas não existisse na Palestina, Israel o teria criado, ou teria ajudado a criá-lo, coisa que em parte fez.
_________________
Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 117539
Re: A hipocrisia de Obama e os dois pesos no Oriente Médio
.
O Fatah e o Hamas "reconciliam-se", em minha opinião, principalmente para que o último possa ganhar tempo, face aos acontecimentos na Síria. Instabilidade em duas frentes não é "saudável" para o grupelho fundamentalista, que obviamente quer liderar o processo de estabelecimento de um estado palestino, reduzindo a AP a mero espectador.
Israel sabe disso melhor que ninguém e vai gerindo a situação, esperando pelo próximo desentendimento entre as duas facções.
CC: Enquanto Ismail Haniyeh, líder do Hamas, condenou a operação dos EUA que matou Bin Laden, a Autoridade Palestina disse que foi positiva para a paz. Como devemos interpretar essas visões opostas num momento em que o Hamas e o Fatah se reconciliaram?
MS: Definitivamente, Haniyeh está jogando com os sentimentos de setores religiosos na região. Enquanto isso, o Fatah quer agradar ao Ocidente, visto que a Autoridade Palestina depende do financiamento ocidental.
O Fatah e o Hamas "reconciliam-se", em minha opinião, principalmente para que o último possa ganhar tempo, face aos acontecimentos na Síria. Instabilidade em duas frentes não é "saudável" para o grupelho fundamentalista, que obviamente quer liderar o processo de estabelecimento de um estado palestino, reduzindo a AP a mero espectador.
Israel sabe disso melhor que ninguém e vai gerindo a situação, esperando pelo próximo desentendimento entre as duas facções.
_________________
Amigos?Longe! Inimigos? O mais perto possível!
Joao Ruiz- Pontos : 32035
Re: A hipocrisia de Obama e os dois pesos no Oriente Médio
Joao Ruiz escreveu:.CC: Enquanto Ismail Haniyeh, líder do Hamas, condenou a operação dos EUA que matou Bin Laden, a Autoridade Palestina disse que foi positiva para a paz. Como devemos interpretar essas visões opostas num momento em que o Hamas e o Fatah se reconciliaram?
MS: Definitivamente, Haniyeh está jogando com os sentimentos de setores religiosos na região. Enquanto isso, o Fatah quer agradar ao Ocidente, visto que a Autoridade Palestina depende do financiamento ocidental.
O Fatah e o Hamas "reconciliam-se", em minha opinião, principalmente para que o último possa ganhar tempo, face aos acontecimentos na Síria. Instabilidade em duas frentes não é "saudável" para o grupelho fundamentalista, que obviamente quer liderar o processo de estabelecimento de um estado palestino, reduzindo a AP a mero espectador.
Israel sabe disso melhor que ninguém e vai gerindo a situação, esperando pelo próximo desentendimento entre as duas facções.
Israel nao existe
O que existe é uma poderoasa maquina de matar Palestianos
Os cruzados estiveram 200 anus na Palestina e no final cavaram de la
Ficou la o Saladino
Israel existe como cao de guarda dos interesses americanos
So e apenas isso
_________________
Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 117539
Re: A hipocrisia de Obama e os dois pesos no Oriente Médio
.
Israel não existe?!
Bem, mas nâo é isso que o Hamas sente, que o faz constar dos seus estatutos, ainda que para o exterminar.
Lembro-lhe, Mango, que a máquina de matar só o é, porque os "anjinhos" do outro lado pensaram, que era vinha vindimada voltarem-se contra judeus, como nos séculos idos. Azar, porque deixaram de ser a carne de canhão dos outros tempos e servem agora o mesmo veneno, de que obviamente essa "boa gente" e seus defensores não gostam...
É a vida!!!!
Israel não existe?!
Bem, mas nâo é isso que o Hamas sente, que o faz constar dos seus estatutos, ainda que para o exterminar.
Lembro-lhe, Mango, que a máquina de matar só o é, porque os "anjinhos" do outro lado pensaram, que era vinha vindimada voltarem-se contra judeus, como nos séculos idos. Azar, porque deixaram de ser a carne de canhão dos outros tempos e servem agora o mesmo veneno, de que obviamente essa "boa gente" e seus defensores não gostam...
É a vida!!!!
_________________
Amigos?Longe! Inimigos? O mais perto possível!
Joao Ruiz- Pontos : 32035
Re: A hipocrisia de Obama e os dois pesos no Oriente Médio
Joao Ruiz escreveu:.
Israel não existe?!
Bem, mas nâo é isso que o Hamas sente, que o faz constar dos seus estatutos, ainda que para o exterminar.
Lembro-lhe, Mango, que a máquina de matar só o é, porque os "anjinhos" do outro lado pensaram, que era vinha vindimada voltarem-se contra judeus, como nos séculos idos. Azar, porque deixaram de ser a carne de canhão dos outros tempos e servem agora o mesmo veneno, de que obviamente essa "boa gente" e seus defensores não gostam...
É a vida!!!!
Os judeus dão sempre jeito para apontar o dedo
Foram eles os culpados e na Se de Lisboa ai vai o missas e o pagode da estiva matar judeus
S. Agostinho depois precisava de unir a catolicizada e apontou o dedo
- Eles foram os culpados da morte de jesus Cristo
Os judeus existiam sim antes da criaçao de um cesto para os ultimos ovos que restam aos judeus
Porque ?
Porque a juventude sempre que cresce e pensa e pinça quer libertar-se das merdas religiosas
Ainda tenho na memoria os estudantes Chineses que na china nao me largavam
Queriam saber tudo como era ser livre
e eu expliquei
nem queira saber o modo como eles bebiam letra a letra do que eu dizia
parecia dois jovens no pre preparo nupcial
O mundo ar4abe que se dizia vinham ai em Furia matar cristaos ..logo que ...que e que ficamos a saber que eles se cagavam literalmente para os fanaticos semi fanticos do islao
Porque ??????????????????????????????????
Porque o planeta TERRA é Hoje um lugar para todos e anadar ás naifadas ja nao resulta
_________________
Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 117539
Vagueando na Notícia :: Salas das mesas de grandes debates de noticias :: Professor Dr e mister Mokas faz a analise do Mundo
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos