O soberano 9 de Maio, 2011por Miguel Portas
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O soberano 9 de Maio, 2011por Miguel Portas
O soberano
9 de Maio, 2011por Miguel Portas
A Islândia inspira. Mostra que um povo, quando emerge como protagonista da sua própria história, pode alcançar resultados surpreendentes.
Hoje escrevo da Islândia, onde me encontro. A Islândia era um país do ‘fim do mundo’ quando acedeu à independência em 1948. Até aos anos 80 andou esquecido e ninguém se incomodou particularmente com tal facto.
Só lentamente esta ilha de pescadores se abriu ao mundo. O momento da viragem foi em 1994, quando aderiu ao Espaço Económico Europeu, uma antecâmara da União Europeia. Foi esta decisão que obrigou Reiquejavique a aceitar a liberdade de circulação de capitais, para lá do derrube de umas quantas barreiras alfandegárias. Entre 1994 e 2003, a banca e as principais empresas foram privatizadas. Uma ideia começou a fazer caminho entre os novos ricos: fazer da Islândia a Suíça do Árctico.
Durante uns anos, reinou a euforia. Em 2008, a Islândia era a primeira no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano da ONU, o 5.º país do mundo em PIB per capita e o 7.º em ganhos de ‘competitividade’ mundial. O sistema financeiro era elogiado pelas instituições internacionais e até alguns milhares de portugueses para lá foram tentar a sua sorte. Este foi o lado bom da história.
Do outro lado, estava a verdade escondida de uma imensa mentira. Sem regulação nem supervisão, os bancos endividaram-se bem para lá de qualquer razoabilidade. Quando estoirou o crash das bolsas, em Setembro de 2008, tudo se precipitou. As dívidas da banca eram de tal ordem que era impensável nacionalizar. A Islândia faz então o inusitado: decide proceder à liquidação dos bancos em ruptura de pagamentos. Por outras palavras, o Estado respondeu pelas perdas dos seus cidadãos transferindo os activos para novos bancos, e remeteu para os accionistas e para os credores as responsabilidades da dívida criada. Isto não evitou uma brutal desvalorização da moeda, a queda da produção e o desemprego, uma novidade na ilha. Mas teve, pelo menos, uma virtude: quem criou a dívida ficou com ela nas mãos.
Asegunda novidade islandesa foi o povo. Entre a Islândia e o Reino Unido e a Holanda, desenvolveu-se um conflito sobre os activos de uma sucursal de um dos bancos em liquidação. Em causa estavam (e estão) 4 mil milhões de euros, qualquer coisa como 50% do PIB. O primeiro acordo era leonino para as duas monarquias e o povo rejeitou-o em referendo, corrigindo a decisão do Parlamento. Para surpresa geral, a recusa abriu uma renegociação.
Os termos do segundo acordo melhoraram substancialmente, mas o povo voltou a rejeitá-lo. Do que percebi, uma nova renegociação está de facto a ocorrer nos bastidores. A Islândia inspira. Mostra que um povo, quando emerge como protagonista da sua própria história, pode alcançar resultados surpreendentes. Eles acabarão por pagar o que acham dever pagar e a um ritmo que não liquide a recuperação da economia.
Tags: Sol de Esquerda, Opinião, Miguel Portas
9 de Maio, 2011por Miguel Portas
A Islândia inspira. Mostra que um povo, quando emerge como protagonista da sua própria história, pode alcançar resultados surpreendentes.
Hoje escrevo da Islândia, onde me encontro. A Islândia era um país do ‘fim do mundo’ quando acedeu à independência em 1948. Até aos anos 80 andou esquecido e ninguém se incomodou particularmente com tal facto.
Só lentamente esta ilha de pescadores se abriu ao mundo. O momento da viragem foi em 1994, quando aderiu ao Espaço Económico Europeu, uma antecâmara da União Europeia. Foi esta decisão que obrigou Reiquejavique a aceitar a liberdade de circulação de capitais, para lá do derrube de umas quantas barreiras alfandegárias. Entre 1994 e 2003, a banca e as principais empresas foram privatizadas. Uma ideia começou a fazer caminho entre os novos ricos: fazer da Islândia a Suíça do Árctico.
Durante uns anos, reinou a euforia. Em 2008, a Islândia era a primeira no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano da ONU, o 5.º país do mundo em PIB per capita e o 7.º em ganhos de ‘competitividade’ mundial. O sistema financeiro era elogiado pelas instituições internacionais e até alguns milhares de portugueses para lá foram tentar a sua sorte. Este foi o lado bom da história.
Do outro lado, estava a verdade escondida de uma imensa mentira. Sem regulação nem supervisão, os bancos endividaram-se bem para lá de qualquer razoabilidade. Quando estoirou o crash das bolsas, em Setembro de 2008, tudo se precipitou. As dívidas da banca eram de tal ordem que era impensável nacionalizar. A Islândia faz então o inusitado: decide proceder à liquidação dos bancos em ruptura de pagamentos. Por outras palavras, o Estado respondeu pelas perdas dos seus cidadãos transferindo os activos para novos bancos, e remeteu para os accionistas e para os credores as responsabilidades da dívida criada. Isto não evitou uma brutal desvalorização da moeda, a queda da produção e o desemprego, uma novidade na ilha. Mas teve, pelo menos, uma virtude: quem criou a dívida ficou com ela nas mãos.
Asegunda novidade islandesa foi o povo. Entre a Islândia e o Reino Unido e a Holanda, desenvolveu-se um conflito sobre os activos de uma sucursal de um dos bancos em liquidação. Em causa estavam (e estão) 4 mil milhões de euros, qualquer coisa como 50% do PIB. O primeiro acordo era leonino para as duas monarquias e o povo rejeitou-o em referendo, corrigindo a decisão do Parlamento. Para surpresa geral, a recusa abriu uma renegociação.
Os termos do segundo acordo melhoraram substancialmente, mas o povo voltou a rejeitá-lo. Do que percebi, uma nova renegociação está de facto a ocorrer nos bastidores. A Islândia inspira. Mostra que um povo, quando emerge como protagonista da sua própria história, pode alcançar resultados surpreendentes. Eles acabarão por pagar o que acham dever pagar e a um ritmo que não liquide a recuperação da economia.
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 117576
Re: O soberano 9 de Maio, 2011por Miguel Portas
A Islândia inspira. Mostra que um povo, quando emerge como protagonista da sua própria história, pode alcançar resultados surpreendentes. Eles acabarão por pagar o que acham dever pagar e a um ritmo que não liquide a recuperação da economia.
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Vitor mango- Pontos : 117576
Re: O soberano 9 de Maio, 2011por Miguel Portas
OH miguelito
no intigamente a gente devia cacau era ao judeu pah que levava á quartada e quando o défice era impagável a gente kilhava o judeus
A gente gritava apontando o dedo
e quem devia dinheiro ao judeu alinhava ka malta e agarrava nos fundilhos do judeu e mandava-os para a palestina para que os islâmicos se entretivesse com eles e os americanos tivesse um cao raivoso a morder nas criançunhas velhinhos e terem seres humanos para praticarem ao tirto
Miguel hojeeeeeeeeeeeeeeeeeeee os culpados da crise foram os americanos que com o imobiliário garantiam largos proventos num mercado virtual
A bolha rebentou e apanhou a europa no esquema
no intigamente a gente devia cacau era ao judeu pah que levava á quartada e quando o défice era impagável a gente kilhava o judeus
A gente gritava apontando o dedo
e quem devia dinheiro ao judeu alinhava ka malta e agarrava nos fundilhos do judeu e mandava-os para a palestina para que os islâmicos se entretivesse com eles e os americanos tivesse um cao raivoso a morder nas criançunhas velhinhos e terem seres humanos para praticarem ao tirto
Miguel hojeeeeeeeeeeeeeeeeeeee os culpados da crise foram os americanos que com o imobiliário garantiam largos proventos num mercado virtual
A bolha rebentou e apanhou a europa no esquema
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Vitor mango- Pontos : 117576
Re: O soberano 9 de Maio, 2011por Miguel Portas
Vitor mango escreveu:OH miguelito
no intigamente a gente devia cacau era ao judeu pah que levava á quartada e quando o défice era impagável a gente kilhava o judeus
A gente gritava apontando o dedo
e quem devia dinheiro ao judeu alinhava ka malta e agarrava nos fundilhos do judeu e mandava-os para a palestina para que os islâmicos se entretivesse com eles e os americanos tivesse um cao raivoso a morder nas criançunhas velhinhos e terem seres humanos para praticarem ao tirto
Miguel hojeeeeeeeeeeeeeeeeeeee os culpados da crise foram os americanos que com o imobiliário garantiam largos proventos num mercado virtual
A bolha rebentou e apanhou a europa no esquema
Por outras palavras: Antigamente, quem se quilhava era o judeu. Na actualidade quem se deve quilhar é o AMERICANO.
Vagueante- Pontos : 1698
Re: O soberano 9 de Maio, 2011por Miguel Portas
O PROBLEMA da dívida da Islândia era os BANCOS estarem FALIDOS. UM problema dos ACCIONISTAS.
O PROBLEMA da dívida de Portugal é o ESTADO estar FALIDO. Um problema de TODOS os que contribuem para o ESTADO e da ADMINISTRAÇÃO da coisa pública.
Não me venham dizer que a dívida privada é grande em PT e tal e tal. O problema n é a dívida, mas sim como se paga!!! As pessoas trabalham, o estado produz o quê? Impede-nos de viver na ANARQUIA, mas esse custo não pode ser o estado combater um mal imitando outro mal!!!
http://www.economist.com/content/global_debt_clock
O PROBLEMA da dívida de Portugal é o ESTADO estar FALIDO. Um problema de TODOS os que contribuem para o ESTADO e da ADMINISTRAÇÃO da coisa pública.
Não me venham dizer que a dívida privada é grande em PT e tal e tal. O problema n é a dívida, mas sim como se paga!!! As pessoas trabalham, o estado produz o quê? Impede-nos de viver na ANARQUIA, mas esse custo não pode ser o estado combater um mal imitando outro mal!!!
http://www.economist.com/content/global_debt_clock
TheNightTrain- Pontos : 1089
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