Somalia-Batalha naval no oceano Índico
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Somalia-Batalha naval no oceano Índico
Somália
Batalha naval no oceano Índico
Os EUA, o barco ucraniano, as armas russas e os piratas somalis...
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Navios de guerra russos e americanos observam de perto o cargueiro ucraniano capturado ao largo da Somália há uma semana e meia por piratas somalis. O navio, com 21 tripulantes a bordo, continua retido no porto de Hobyo, cercado por todos os lados.
O cenário assemelha-se ao de uma batalha naval, na qual não foram disparados tiros. Diversos barcos ancorados em águas de jurisdição internacional apontam a sua mira a um alvo comum: o ‘Faina’, o navio mercante interceptado quando se dirigia para o Quénia, transportando 33 velhos tanques T-72 de fabrico soviético e armamento pesado.
Os ministérios da Defesa ucraniano e queniano apressaram-se a confirmar que a carga letal tinha como destino o porto de Mombaça (Quénia), mas os EUA acreditam que a mercadoria foi encomendada por um cliente no Sudão com supostas ligações à Al-Qaeda. Em resposta à crise e à ameaça terrorista, o contratorpedeiro ‘USS Howard’, da frota americana, montou vigia ao cargueiro, para impedir que o arsenal bélico caia em mãos erradas. “O objectivo da vigilância é não permitir o desembarque da carga e zelar pela segurança dos tripulantes”, informou a Marinha americana através de um comunicado.
Quase em simultâneo, a Rússia enviou para o local o navio da guarda-costeira ‘Neustrachimii’ (Destemido) e ameaçou resgatar à força a tripulação do ‘Faina’. Dezassete ucranianos, três russos e um letão ainda aguardam salvamento. Pela sua libertação, os piratas pediram inicialmente €24 milhões, o mais alto montante alguma vez exigido em situações semelhantes. Dois dias depois do sequestro, baixaram para €13,6 milhões.
Os assaltantes já fizeram saber que vão lutar até à morte se o navio for atacado. Uma informação que veio a público porque os sequestradores têm mantido contacto permanente com a comunicação social através de telefones satélite. Um repórter da Associated Press disse ter recebido um telefonema do porta-voz do grupo a informá-lo de que os disparos que se tinham escutado momentos antes, vindos do interior da embarcação, assinalavam os festejos do fim do Ramadão.
Nas costas da Somália, qualquer navio mercante é um alvo apetecível para os piratas, que justificam os ataques com a necessidade de impedir a pesca ilegal e proteger os recursos naturais marinhos. A ausência de patrulhamento marítimo e o apelo do dinheiro fácil leva muitos pescadores a cometerem actos de pirataria.
Na quarta-feira, as autoridades somalis autorizaram a comunidade internacional a recorrer à força para libertar o navio ucraniano. O Governo daquele país está também a avaliar a concessão à frota russa de um estatuto especial para intervir nas suas águas territoriais.
No final da semana, os ministros da Defesa da União Europeia discutiram uma possível operação militar aeronaval europeia ao largo da Somália. Alemanha, França, Holanda, Espanha, Portugal e Suécia manifestaram-se disponíveis para apoiar uma eventual missão. O ministro da Defesa português, Nuno Severiano Teixeira, confirmou que Portugal dará apoio político, mas recusou a ideia de envolver meios militares.
A decisão final será tomada a 10 de Novembro, no encontro formal dos ministros da Defesa europeus. Até lá, vigora uma célula de coordenação criada em Setembro pela UE para proteger as embarcações europeias.
Cristina Pombo
http://aeiou.semanal.expresso.pt/1caderno/internacional.asp?edition=1875&articleid=ES304647
Batalha naval no oceano Índico
Os EUA, o barco ucraniano, as armas russas e os piratas somalis...
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Navios de guerra russos e americanos observam de perto o cargueiro ucraniano capturado ao largo da Somália há uma semana e meia por piratas somalis. O navio, com 21 tripulantes a bordo, continua retido no porto de Hobyo, cercado por todos os lados.
O cenário assemelha-se ao de uma batalha naval, na qual não foram disparados tiros. Diversos barcos ancorados em águas de jurisdição internacional apontam a sua mira a um alvo comum: o ‘Faina’, o navio mercante interceptado quando se dirigia para o Quénia, transportando 33 velhos tanques T-72 de fabrico soviético e armamento pesado.
Os ministérios da Defesa ucraniano e queniano apressaram-se a confirmar que a carga letal tinha como destino o porto de Mombaça (Quénia), mas os EUA acreditam que a mercadoria foi encomendada por um cliente no Sudão com supostas ligações à Al-Qaeda. Em resposta à crise e à ameaça terrorista, o contratorpedeiro ‘USS Howard’, da frota americana, montou vigia ao cargueiro, para impedir que o arsenal bélico caia em mãos erradas. “O objectivo da vigilância é não permitir o desembarque da carga e zelar pela segurança dos tripulantes”, informou a Marinha americana através de um comunicado.
Quase em simultâneo, a Rússia enviou para o local o navio da guarda-costeira ‘Neustrachimii’ (Destemido) e ameaçou resgatar à força a tripulação do ‘Faina’. Dezassete ucranianos, três russos e um letão ainda aguardam salvamento. Pela sua libertação, os piratas pediram inicialmente €24 milhões, o mais alto montante alguma vez exigido em situações semelhantes. Dois dias depois do sequestro, baixaram para €13,6 milhões.
Os assaltantes já fizeram saber que vão lutar até à morte se o navio for atacado. Uma informação que veio a público porque os sequestradores têm mantido contacto permanente com a comunicação social através de telefones satélite. Um repórter da Associated Press disse ter recebido um telefonema do porta-voz do grupo a informá-lo de que os disparos que se tinham escutado momentos antes, vindos do interior da embarcação, assinalavam os festejos do fim do Ramadão.
Nas costas da Somália, qualquer navio mercante é um alvo apetecível para os piratas, que justificam os ataques com a necessidade de impedir a pesca ilegal e proteger os recursos naturais marinhos. A ausência de patrulhamento marítimo e o apelo do dinheiro fácil leva muitos pescadores a cometerem actos de pirataria.
Na quarta-feira, as autoridades somalis autorizaram a comunidade internacional a recorrer à força para libertar o navio ucraniano. O Governo daquele país está também a avaliar a concessão à frota russa de um estatuto especial para intervir nas suas águas territoriais.
No final da semana, os ministros da Defesa da União Europeia discutiram uma possível operação militar aeronaval europeia ao largo da Somália. Alemanha, França, Holanda, Espanha, Portugal e Suécia manifestaram-se disponíveis para apoiar uma eventual missão. O ministro da Defesa português, Nuno Severiano Teixeira, confirmou que Portugal dará apoio político, mas recusou a ideia de envolver meios militares.
A decisão final será tomada a 10 de Novembro, no encontro formal dos ministros da Defesa europeus. Até lá, vigora uma célula de coordenação criada em Setembro pela UE para proteger as embarcações europeias.
Cristina Pombo
http://aeiou.semanal.expresso.pt/1caderno/internacional.asp?edition=1875&articleid=ES304647
Socialista Trotskista- Pontos : 41
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