El País sobre Portugal: "O difícil vem agora" 07 Junho 2011 | 11:33
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El País sobre Portugal: "O difícil vem agora" 07 Junho 2011 | 11:33
El País sobre Portugal: "O difícil vem agora"
07 Junho 2011 | 11:33
Ana Filipa Rego - arego@negocios.pt
Num editorial exclusivamente sobre Portugal, o jornal espanhol sublinha que Passos Coelho, "sem experiência de Governo", se comprometeu com os prazos da troika e que sugeriu mesmo ir mais além. No entanto, alerta, "não será fácil".
"Lo difícil viene ahora", é o título do editorial do "El País". O artigo de opinião começa por referir que "ganhar as eleições parece ter sido fácil para o primeiro-ministro eleito, Pedro Passos Coelho, a julgar pelos dez pontos de vantagem do PSD sobre os socialistas de José Sócrates", a quem o artigo se refere como "última vítima da crise de dívida soberana da Zona Euro, que o tirou da liderança do partido e, quem sabe, da política".
O jornal continua e, referindo-se à abstenção histórica e ao facto de apenas um ano e meio depois da legislatura ter tido início, explica que as eleições antecipadas de Domingo retiraram os socialistas de 17 dos 20 distritos de Portugal, após seis anos de Governo.
E para o "El País", "tão pouco deveria ser difícil para o líder vitorioso colocar de pé um Governo de coligação com os seus aliados tradicionais democratas-cristãos". Ambos os partidos, PSD e CDS, somaram 129 deputados, o que lhes dará o controlo do Parlamento que tem um total de 230.
O jornal sublinha ainda o facto de Pedro Passos Coelho ter anunciado que estará em condições de formar Governo rapidamente, quem sabe ainda esta semana.
Recorde-se que a Comissão Política Nacional do Partido Social Democrata esteve ontem reunida para mandatar o seu líder, Pedro Passos Coelho, para formar governo.
"Esperamos que seja um processo muito significativo", disse o secretário-geral do partido, Miguel Relvas, afirmando que o PSD pretende que a formação de um "governo estável e maioritário" seja alcançada rapidamente.
Cavaco Silva esteve também ontem reunido com Passos Coelho, depois da vitória dos sociais-democratas nas eleições legislativas. O Presidente da República pediu ao líder do PSD para que o mais rapidamente possível lhe apresente uma solução de governo que "disponha de apoio parlamentar maioritário e consistente".
Cavaco deu "carta branca" a Passos Coelho para iniciar negociações com o CDS para a formação do Executivo. O Presidente da República assinala ser importante que Passos Coelho esteja presente na cimeira europeia de 23 de Junho e acredita que tal será possível.
O artigo de opinião do "El País" continua a análise falando de um País "imerso numa extraordinária crise económica e intervencionado pelas entidades europeias e pelo FMI".
"Se as eleições colocaram um ponto final a meses de incerteza política, depois da queda do Governo minoritário socialista em Março passado, incapaz de fazer com que se aprovasse o novo pacote de austeridade, ao novo Executivo conservador cabe a enorme tarefa de colocar em marchar as drásticas medidas exigidas pela União Europeia e Fundo Monetário Internacional no mês passado", acrescenta a mesma fonte.
Qual será a reacção de uma sociedade já maltratada?
O editorial enumera ainda algumas das medidas difíceis que Portugal terá de tomar, alertando para o facto de a execução de algumas delas, que exigem uma alteração na Constituição, precisarem da aprovação de dois terços do Parlamento.
E conclui, Pedro Passos Coelho, "sem experiência de Governo, disse estar absolutamente empenhado com os prazos do empréstimo a Portugal. Sugeriu, inclusivamente que poderia ir mais além para 'curar' definitivamente a economia".
Mas, alerta, "não será fácil aplicar uma 'cirurgia radical' a um País em recessão e com o maior nível de desemprego em três décadas. O êxito das reformas políticas e económicas será calibrado depois. E está por saber com que rapidez se adoptarão as medidas mais impopulares e, sobretudo, qual será a reacção de um corpo social já
07 Junho 2011 | 11:33
Ana Filipa Rego - arego@negocios.pt
Num editorial exclusivamente sobre Portugal, o jornal espanhol sublinha que Passos Coelho, "sem experiência de Governo", se comprometeu com os prazos da troika e que sugeriu mesmo ir mais além. No entanto, alerta, "não será fácil".
"Lo difícil viene ahora", é o título do editorial do "El País". O artigo de opinião começa por referir que "ganhar as eleições parece ter sido fácil para o primeiro-ministro eleito, Pedro Passos Coelho, a julgar pelos dez pontos de vantagem do PSD sobre os socialistas de José Sócrates", a quem o artigo se refere como "última vítima da crise de dívida soberana da Zona Euro, que o tirou da liderança do partido e, quem sabe, da política".
O jornal continua e, referindo-se à abstenção histórica e ao facto de apenas um ano e meio depois da legislatura ter tido início, explica que as eleições antecipadas de Domingo retiraram os socialistas de 17 dos 20 distritos de Portugal, após seis anos de Governo.
E para o "El País", "tão pouco deveria ser difícil para o líder vitorioso colocar de pé um Governo de coligação com os seus aliados tradicionais democratas-cristãos". Ambos os partidos, PSD e CDS, somaram 129 deputados, o que lhes dará o controlo do Parlamento que tem um total de 230.
O jornal sublinha ainda o facto de Pedro Passos Coelho ter anunciado que estará em condições de formar Governo rapidamente, quem sabe ainda esta semana.
Recorde-se que a Comissão Política Nacional do Partido Social Democrata esteve ontem reunida para mandatar o seu líder, Pedro Passos Coelho, para formar governo.
"Esperamos que seja um processo muito significativo", disse o secretário-geral do partido, Miguel Relvas, afirmando que o PSD pretende que a formação de um "governo estável e maioritário" seja alcançada rapidamente.
Cavaco Silva esteve também ontem reunido com Passos Coelho, depois da vitória dos sociais-democratas nas eleições legislativas. O Presidente da República pediu ao líder do PSD para que o mais rapidamente possível lhe apresente uma solução de governo que "disponha de apoio parlamentar maioritário e consistente".
Cavaco deu "carta branca" a Passos Coelho para iniciar negociações com o CDS para a formação do Executivo. O Presidente da República assinala ser importante que Passos Coelho esteja presente na cimeira europeia de 23 de Junho e acredita que tal será possível.
O artigo de opinião do "El País" continua a análise falando de um País "imerso numa extraordinária crise económica e intervencionado pelas entidades europeias e pelo FMI".
"Se as eleições colocaram um ponto final a meses de incerteza política, depois da queda do Governo minoritário socialista em Março passado, incapaz de fazer com que se aprovasse o novo pacote de austeridade, ao novo Executivo conservador cabe a enorme tarefa de colocar em marchar as drásticas medidas exigidas pela União Europeia e Fundo Monetário Internacional no mês passado", acrescenta a mesma fonte.
Qual será a reacção de uma sociedade já maltratada?
O editorial enumera ainda algumas das medidas difíceis que Portugal terá de tomar, alertando para o facto de a execução de algumas delas, que exigem uma alteração na Constituição, precisarem da aprovação de dois terços do Parlamento.
E conclui, Pedro Passos Coelho, "sem experiência de Governo, disse estar absolutamente empenhado com os prazos do empréstimo a Portugal. Sugeriu, inclusivamente que poderia ir mais além para 'curar' definitivamente a economia".
Mas, alerta, "não será fácil aplicar uma 'cirurgia radical' a um País em recessão e com o maior nível de desemprego em três décadas. O êxito das reformas políticas e económicas será calibrado depois. E está por saber com que rapidez se adoptarão as medidas mais impopulares e, sobretudo, qual será a reacção de um corpo social já
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