Auxiliemos os nossos ricos
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Auxiliemos os nossos ricos
Auxiliemos os nossos ricos
Quis o destino que na mesma semana em que tanto se falou da possibilidade de não serem apenas os pobres a serem sacrificados pelas medidas de austeridade foi publicada a rectificação do Orçamento para que o Estado financie os bancos com 12.000.000.000 € euros empestados pela EU e pelo FMI. Note que o dinheiro não foi emprestado aos bancos, foi emprestado ao Estado português que depois o empesta à banca, isto é, passa a constituir dívida soberana pela qual respondem os contribuintes portugueses.
Na mesma semana em que os contribuintes suportam um empréstimo de 12.000.000.000€ aos bancos, o mesmo é dizer a uma boa parte dos nossos ricos, á quem questione um contributo fiscal adicional por parte dos nossos ricos. Este dinheiro serve para recapitalizar a banca, isto é vai compensar a desvalorização do capital dos bancos, isto é , do património dos nossos ricos e na mesma semana em os portugueses dão esta preciosa ajuda patrimonial aos mais ricos há um Presidente da República que com ar pesaroso aceita uma tributação adicional do rendimento dos mais ricos mas rejeita qualquer tributação sobre o seu património.
E quem são estes senhores ricos cujos rendimentos devem ser salvaguardados da austeridade e cujo património deve ser protegido? São os que venderam a Vivo e distribuíram dividendos antes que estes fossem tributados, são os donos da petrolífera que tem beneficiado do monopólio dos combustíveis e da sonolência da Autoridade para a Concorrência, são os banqueiros que quase não pagaram impostos ao longo de anos e ganharam fortunas ajudando a riqueza do país a fugir para off-shores, são os que mais beneficiaram do modelo económico que conduziu o país ao beco sem saída em que se encontra.
Não podem contribuir com poucas centenas de milhões de euros adicionais em receitas fiscais sobre a riqueza mesmo depois de os mais pobres terem sido sujeitos a sacrifícios como o aumento dos impostos, a perdas de apoios sociais ou a perda do emprego. Mas podem receber 12.000.000 de euros garantidos por aqueles cujos sacrifícios despreza e com os quais rejeitam qualquer forma de solidariedade.
Há uma designação para este tipo de gente: filhos da mão, isto para não ofender as progenitoras que não têm necessariamente culpa.
Publicada por Jumento
Quis o destino que na mesma semana em que tanto se falou da possibilidade de não serem apenas os pobres a serem sacrificados pelas medidas de austeridade foi publicada a rectificação do Orçamento para que o Estado financie os bancos com 12.000.000.000 € euros empestados pela EU e pelo FMI. Note que o dinheiro não foi emprestado aos bancos, foi emprestado ao Estado português que depois o empesta à banca, isto é, passa a constituir dívida soberana pela qual respondem os contribuintes portugueses.
Na mesma semana em que os contribuintes suportam um empréstimo de 12.000.000.000€ aos bancos, o mesmo é dizer a uma boa parte dos nossos ricos, á quem questione um contributo fiscal adicional por parte dos nossos ricos. Este dinheiro serve para recapitalizar a banca, isto é vai compensar a desvalorização do capital dos bancos, isto é , do património dos nossos ricos e na mesma semana em os portugueses dão esta preciosa ajuda patrimonial aos mais ricos há um Presidente da República que com ar pesaroso aceita uma tributação adicional do rendimento dos mais ricos mas rejeita qualquer tributação sobre o seu património.
E quem são estes senhores ricos cujos rendimentos devem ser salvaguardados da austeridade e cujo património deve ser protegido? São os que venderam a Vivo e distribuíram dividendos antes que estes fossem tributados, são os donos da petrolífera que tem beneficiado do monopólio dos combustíveis e da sonolência da Autoridade para a Concorrência, são os banqueiros que quase não pagaram impostos ao longo de anos e ganharam fortunas ajudando a riqueza do país a fugir para off-shores, são os que mais beneficiaram do modelo económico que conduziu o país ao beco sem saída em que se encontra.
Não podem contribuir com poucas centenas de milhões de euros adicionais em receitas fiscais sobre a riqueza mesmo depois de os mais pobres terem sido sujeitos a sacrifícios como o aumento dos impostos, a perdas de apoios sociais ou a perda do emprego. Mas podem receber 12.000.000 de euros garantidos por aqueles cujos sacrifícios despreza e com os quais rejeitam qualquer forma de solidariedade.
Há uma designação para este tipo de gente: filhos da mão, isto para não ofender as progenitoras que não têm necessariamente culpa.
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