Mi Buenos Aires querido
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Mi Buenos Aires querido
Mi Buenos Aires querido
Buenos Aires é um tango, na voz exultada de Carlos Gardel, um pecado sem perdão.
Quando eu morrer, quem me quiser encontrar, ao invés do paraíso, desloca-se ao Café dos Angelitos ou espreita pelo Tango Portenho, locais onde a alma se derrete ao ritmo da poesia e se apaga a fogueira dos corpos com vinho de boa casta fermentado pelo suor e lágrimas de um povo que ama com sofreguidão.
Buenos Aires desfila à vista do visitante como um sonho revelador: ficção e realidade se confundem, ontem e hoje indefinem o tempo, modernidade enamora-se de antiguidade, a vida ganha asas e assume aspectos fantásticos como nunca imaginado, manifestando-se sempre com uma nova força e de forma diferente.
O murmúrio das águas do rio de la Plata, a hospitalidade que se derrama pelas estradas largas e a luz e o verdor das paisagens que oxigenam a urbe deleitam-nos, assim como a barroca beleza arquitectónica dos edifícios, ombreando com prédios ultra-modernos que arranham as nuvens.
Os diversos lugares de memória, a força dos movimentos artísticos com contornos futuristas, o flamejar das bandeiras azul e branco nos mastros e o frenético formigar das pessoas nos centros comerciais e nas artérias agitadas marcam o compasso do pulsar da cidade.
Visitar Buenos Aires, uma mescla de orgulho e melancolia, mais do que a revelação de um sonho, afigura-se uma grande aventura: vagabundeiam sombras caladas de Ché e tanto se pode dar de caras com Borges meditando, como imaginar Dieguito a passear a sua prometida nudez em pleno Obelisco.
Sou o melhor futebolista de todos os tempos, jura ele. Maradona é Deus, sentenciamos nós todos.
À noite, que parece nunca acabar, Buenos Aires não acredita em lágrimas e nem todos pardos são gatos.
E porque a vida não retrocede nem se detém a esperar, que quem espera desespera, ninguém prega olho, os boémios são mais que as próprias mães, as ruas engravidam-se de luzes e vozes, os bares enchem-se de calientes ritmos e cores garridas, gargalhadas altissonantes estilhaçam-se até em cemitérios e os anjos, pairando como uma maldição, desfilam no crepúsculo.
Sendo que ao lado de Caminito, Madona é aprendiz na arte de bem cantar a vida, já que seu cantar é todo um hino de alegria, cada um é como cada qual, uns morrem por beijos de Evitas, outros xixilam em longas filas em busca de felicidade no aconchego de travestis que pirilampam parques albino carlos* escuros. Buenos Aires é uma cidade que se deve visitar deitado, de rosto buamado virado para o ar a contemplar as cúpulas e abóbodas dos edifícios sob a brisa do frio sol da bandeira de las pampas, sentindo a alma desse povo que, vivendo intensamente a vida e a morte, domina o touro pelos cornos e deixa-se ajoelhar pelo feitiço do bambolear de uma donzela.
Silêncio!, que se vai cantar o tango.
Albino Carlos
23 de Agosto de 2011
Buenos Aires é um tango, na voz exultada de Carlos Gardel, um pecado sem perdão.
Quando eu morrer, quem me quiser encontrar, ao invés do paraíso, desloca-se ao Café dos Angelitos ou espreita pelo Tango Portenho, locais onde a alma se derrete ao ritmo da poesia e se apaga a fogueira dos corpos com vinho de boa casta fermentado pelo suor e lágrimas de um povo que ama com sofreguidão.
Buenos Aires desfila à vista do visitante como um sonho revelador: ficção e realidade se confundem, ontem e hoje indefinem o tempo, modernidade enamora-se de antiguidade, a vida ganha asas e assume aspectos fantásticos como nunca imaginado, manifestando-se sempre com uma nova força e de forma diferente.
O murmúrio das águas do rio de la Plata, a hospitalidade que se derrama pelas estradas largas e a luz e o verdor das paisagens que oxigenam a urbe deleitam-nos, assim como a barroca beleza arquitectónica dos edifícios, ombreando com prédios ultra-modernos que arranham as nuvens.
Os diversos lugares de memória, a força dos movimentos artísticos com contornos futuristas, o flamejar das bandeiras azul e branco nos mastros e o frenético formigar das pessoas nos centros comerciais e nas artérias agitadas marcam o compasso do pulsar da cidade.
Visitar Buenos Aires, uma mescla de orgulho e melancolia, mais do que a revelação de um sonho, afigura-se uma grande aventura: vagabundeiam sombras caladas de Ché e tanto se pode dar de caras com Borges meditando, como imaginar Dieguito a passear a sua prometida nudez em pleno Obelisco.
Sou o melhor futebolista de todos os tempos, jura ele. Maradona é Deus, sentenciamos nós todos.
À noite, que parece nunca acabar, Buenos Aires não acredita em lágrimas e nem todos pardos são gatos.
E porque a vida não retrocede nem se detém a esperar, que quem espera desespera, ninguém prega olho, os boémios são mais que as próprias mães, as ruas engravidam-se de luzes e vozes, os bares enchem-se de calientes ritmos e cores garridas, gargalhadas altissonantes estilhaçam-se até em cemitérios e os anjos, pairando como uma maldição, desfilam no crepúsculo.
Sendo que ao lado de Caminito, Madona é aprendiz na arte de bem cantar a vida, já que seu cantar é todo um hino de alegria, cada um é como cada qual, uns morrem por beijos de Evitas, outros xixilam em longas filas em busca de felicidade no aconchego de travestis que pirilampam parques albino carlos* escuros. Buenos Aires é uma cidade que se deve visitar deitado, de rosto buamado virado para o ar a contemplar as cúpulas e abóbodas dos edifícios sob a brisa do frio sol da bandeira de las pampas, sentindo a alma desse povo que, vivendo intensamente a vida e a morte, domina o touro pelos cornos e deixa-se ajoelhar pelo feitiço do bambolear de uma donzela.
Silêncio!, que se vai cantar o tango.
Albino Carlos
23 de Agosto de 2011
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 118184
Re: Mi Buenos Aires querido
uma das imagens que se me colou das varias visitas a Argentina a mais forte foi na rua a um passante a mandar uma boca a uma madame
- Es boa kumo o milho ( nao sei falar argentino )
a entidade parab quem era atirada a analise devia ser uma artista de teatro e replicou mas que eu nao apanhei
Buenus Airews é uma cidade linda e dizem que a Paris da america
- Es boa kumo o milho ( nao sei falar argentino )
a entidade parab quem era atirada a analise devia ser uma artista de teatro e replicou mas que eu nao apanhei
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