O facciosismo ideológico que nos mata!
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O facciosismo ideológico que nos mata!
O facciosismo ideológico que nos mata!
23 Setembro2011 | 11:00
Camilo Lourenço - camilolourenco@gmail.com
A TVI prestou ontem um grande serviço ao País (no programa "Você na TV", note-se!). Ao tratar o Serviço Nacional de Saúde, passou uma entrevista com António Arnaut.
O ex-ministro, que parou no tempo (defende a gratuidade do SNS sem diferenciar ricos e pobres, por exemplo...), teve contudo um momento de lucidez quando lhe perguntaram se não havia dinheiro mal gasto. Ao que o pai do SNS anuiu, citando: desperdício nos consumíveis, horas extraordinárias a mais, horários pagos e não cumpridos; excesso de medicação, não receitação de medicamentos mais baratos, gestão deficiente...
À medida que Arnaut falava, fui passando em revista o diagnóstico do sector, feito por Paulo Macedo... e por gente tão diversa como Correia de Campos (ex-ministro), Adalberto Campos Fernandes (ex-presidente de Santa Maria) e Isabel Vaz (presidente da ES Saúde). "Surprise, surprise": não é que o diagnóstico coincide em... pelo menos 80%?
Pergunta: Mas se Arnaut sabe onde é preciso cortar, se sabe onde estão os cancros de um dos "melhores serviços de saúde do mundo" ("whatever that means"), porquê tanta gritaria mal o ministro pega no bisturi?
Mistério. Igual a tantos outros que desgraçam este país. E que se subsume a isto: toda a gente sabe o que fazer, mas quando se começa a fazer, a resposta é "Not in my backyard". Cortesia do facciosismo ideológico e dos lobbies.
As mexidas vão criar injustiças? Vão. Porque o SNS chegou a um ponto insustentável e porque não é possível fazer "micro-micro-managing". Aqui chegados, fica uma sugestão a Paulo Macedo: "Faça"! E não se esqueça dos nomes que chamaram a Leonor Beleza quando começou a reduzir o número de maternidades...
camilolourenco@gmail.com
23 Setembro2011 | 11:00
Camilo Lourenço - camilolourenco@gmail.com
A TVI prestou ontem um grande serviço ao País (no programa "Você na TV", note-se!). Ao tratar o Serviço Nacional de Saúde, passou uma entrevista com António Arnaut.
O ex-ministro, que parou no tempo (defende a gratuidade do SNS sem diferenciar ricos e pobres, por exemplo...), teve contudo um momento de lucidez quando lhe perguntaram se não havia dinheiro mal gasto. Ao que o pai do SNS anuiu, citando: desperdício nos consumíveis, horas extraordinárias a mais, horários pagos e não cumpridos; excesso de medicação, não receitação de medicamentos mais baratos, gestão deficiente...
À medida que Arnaut falava, fui passando em revista o diagnóstico do sector, feito por Paulo Macedo... e por gente tão diversa como Correia de Campos (ex-ministro), Adalberto Campos Fernandes (ex-presidente de Santa Maria) e Isabel Vaz (presidente da ES Saúde). "Surprise, surprise": não é que o diagnóstico coincide em... pelo menos 80%?
Pergunta: Mas se Arnaut sabe onde é preciso cortar, se sabe onde estão os cancros de um dos "melhores serviços de saúde do mundo" ("whatever that means"), porquê tanta gritaria mal o ministro pega no bisturi?
Mistério. Igual a tantos outros que desgraçam este país. E que se subsume a isto: toda a gente sabe o que fazer, mas quando se começa a fazer, a resposta é "Not in my backyard". Cortesia do facciosismo ideológico e dos lobbies.
As mexidas vão criar injustiças? Vão. Porque o SNS chegou a um ponto insustentável e porque não é possível fazer "micro-micro-managing". Aqui chegados, fica uma sugestão a Paulo Macedo: "Faça"! E não se esqueça dos nomes que chamaram a Leonor Beleza quando começou a reduzir o número de maternidades...
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