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Jumento do dia

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Mensagem por Viriato Qui Out 06, 2011 1:55 am

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Cavaco Silva (para mal do país) Presidente da República


É muito duvidosos que algum português se dê ao trabalho de ler um discurso de Cavaco Silva do princípio ao fim, que algum comentador os leve a sério ou que algum jornalista os noticie sem uma sensação de tédio. Os discursos de Cavaco não são coerentes com o que disse no passado, evidenciam que está mais preocupado e interessado em reparar a sua imagem do que com qualquer outra coisa, estão cheios de banalidades. Destinam-se apenas a arquivar no site de Belém e para um dia escrever um livro que ninguém comprará.

Mas Cavaco é mesmo Presidente, ainda que um presidente com uma letra cada vez mais pequena temos que fazer de conta que o respeitamos não porque o mereça mas porque devemos proteger a instituição que tão mal representa e porque a lei penal nos impede de dizer o que pensamos dele.

Vejamos o que disse Cavaco neste 5 de Outubro:

Na sua posse ignorou a crise internacional ao ponto do presidente da sua comissão de honra o ter criticado em público, agora emergem sinais preocupantes de que a crise que ignorou se pode agravar:

«Neste novo século republicano, os Portugueses vivem tempos de incerteza perante o que o futuro lhes trará. No plano internacional, emergem sinais preocupantes de que a situação económica e financeira se poderá agravar de novo. Num mundo cada vez mais globalizado e interdependente, o mau desempenho das economias desenvolvidas irá reflectir-se inevitavelmente sobre as outras economias.»

Agora já não respeita os mercados e a crise é tão grave que até põe em perigo a Europa:

«Vivemos dias que são um teste decisivo para a vitalidade da União Europeia e compete-nos a todos nós, povos deste Continente antigo, decidir se queremos uma União que seja um mero aglomerado de mercados ou se, pelo contrário, desejamos concretizar a aspiração de uma Europa coesa e solidária, unida tanto nos bons como nos maus momentos. Só dessa forma a Europa será fiel às suas raízes e conseguirá satisfazer os anseios de bem-estar partilhado que estiveram na génese das Comunidades.»

O mesmo senhor que ignorava a crise internacional e que afirmava que existiam limites para a austeridade defende agora que reconhecer a crise é uma questão de bom senso e já dá a sua ajuda aos sacrifícios, vindo mais uma vez com a lenga lenga dos avisos para se ilibar a si próprio das responsabilidades nesta crise:

«Vivemos tempos muito difíceis. Essa é uma realidade que ninguém de bom senso poderá negar. Durante alguns anos, foi possível iludir o que era óbvio, pese os avisos que foram feitos dos mais diversos quadrantes. Agora, estamos confrontados com uma situação que irá exigir grandes sacrifícios aos Portugueses, provavelmente os maiores sacrifícios que esta geração conheceu.»

Ninguém sugere ao senhor que tão facilmente comprou uma rica mansão na Quinta da Coelho que não tem autoridade para criticar o consumismo dos outros?

«Perdemos muitos anos na letargia do consumo fácil e na ilusão do despesismo público e privado. Acomodámo-nos em excesso. Agora, temos de aprender a viver de acordo com as nossas possibilidades e a tirar partido das nossas potencialidades.»

Se Cavaco está tão preocupado com o despesismo porque razão levou uma comitiva aos Açores que faziam lembrar a visita de D. Manuel I ao papa, não faltando sequer um mordomo para lhe calçar as pantufas?

«Em momentos como o presente, diminui de forma substancial a tolerância dos cidadãos perante o despesismo público e o gasto improdutivo, o que constitui um efeito positivo da situação que atravessamos.»

Numa altura em que os amigos do presidente envolvidos com a justiça quase davam para habitar o resort do Pinheiro da Cruz quase não se consegue ouvir Cavaco falar de justiça:

«Os cidadãos da República centenária são mais exigentes quanto à necessidade de uma mudança profunda da acção política e têm plena consciência de que a Justiça do seu país tem de ser um factor de desenvolvimento e não um elemento de paralisia da actividade económica e da vida social.»

O problema deste presidente (sim com letra pequena, muito pequena) é que lhe falta a memória, excepto par o que terá escrito ou dito em tempos, porque isso lhe dá jeito. Só que disse e fez muitas outras coisas que agora lhe retiram autoridade e credibilidade.

Portugal só teria a ganhar se Cavaco Silva renunciasse ao cargo de Presidente da República, abrindo caminho para a eleição de alguém menos comprometido com a crise, com competência e capaz de ser um Presidente de todos os portugueses.

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Mensagem por Joao Ruiz Qui Out 06, 2011 3:46 am

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Portugal só teria a ganhar se Cavaco Silva renunciasse ao cargo de Presidente da República, abrindo caminho para a eleição de alguém menos comprometido com a crise, com competência e capaz de ser um Presidente de todos os portugueses

Renunciar, é palavra que não consta do dicionário Cavaco mas, ainda que constasse, o problema resumir-se-ia a uma pergunta. QUEM? Quem, de probidade e dignidade inatingíveis, estaria disposto a dar esse passo?!?!

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