Alemães divididos no balanço da acção militar no Afeganistão
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Alemães divididos no balanço da acção militar no Afeganistão
Alemães divididos no balanço da acção militar no Afeganistão
6 de Outubro, 2011
O
balanço da participação das tropas germânicas (Bundeswehr) na operação
militar da NATO no Afeganistão é controverso, e cerca de 70 por cento
dos participantes na mais recente sondagem afirmaram que duvidam do
sucesso da missão.O inquérito de opinião feito pelo instituto YouGov
para a agência noticiosa alemã dpa revelou também que só 23 por cento
dos inquiridos achavam que o Afeganistão estará democratizado quando a
missão terminar.
Mesmo assim, uma escassa maioria de 50,4 por
cento considera que a Bundeswehr só deve retirar-se do Afeganistão
quando a sua missão estiver minimamente cumprida, enquanto 44,2 por
cento são a favor de uma retirada imediata e incondicional.
Entre os políticos alemães, as opiniões sobre o balanço dos 10 anos da missão «Liberdade Duradoura» também se dividem.
Omid
Nouripour, porta-voz dos Verdes para assuntos de defesa e segurança,
disse ao matutino Tageszeitung que considera perdida a guerra no
Afeganistão, «porque os Estados Unidos e a NATO entraram no país com
falsas expectativas».
Já Michael Steiner, delegado do governo
alemão para as questões do Afeganistão, sustenta que «a guerra não está
perdida», e garante que os 10 anos da presença da Força Internacional de
Protecção (ISAF), que integra actualmente cinco mil soldados alemães,
«colocou os alicerces para a existência de um Estado soberano».
Por
isso, lembrou Steiner, é possível iniciar a retirada do contingente
alemão -o terceiro maior da ISAF, a seguir aos EUA e ao Reino Unido -,
no final deste ano, para a concluir em 2014, como o executivo de Angela
Merkel já anunciou.
Só em abril de 2010 Berlim reconheceu que a
Bundeswehr no Afeganistão está envolvida numa guerra, e não apenas num
conflito armado, a linguagem oficial utilizada até então.
A
rectificação feita em abril de 2010 pelo então ministro da defesa,
Karl-Theodor zu Guttenberg, surgiu logo após a morte de três soldados
alemães numa emboscada dos rebeldes talibãs.
Até à data, 52 soldados alemães perderam a vida no Afeganistão, 34 dos quais em combates ou em atentados.
Há
dois anos, o bombardeamento aéreo de dois camiões-cisterna das tropas
germânicas apresados pelos rebeldes talibãs perto de Kunduz, que causou
142 mortos, entre os quais dezenas de civis, levantou grande celeuma.
O raide aéreo foi ordenado a 04 de Setembro pelo comandante do contingente alemão, que posteriormente foi exonerado.
O
anterior ministro da defesa, Franz-Josef Jung, acabou também por se
demitir, em Novembro de 2009, por ter sido acusado de não se referir às
vítimas civis, apesar de já ter informações concretas sobre o incidente
na sua posse.
O seu sucessor, Karl-Theodor zu Guttenberg, viria
mais tarde a demitir também um secretário de Estado e o chefe do
estado-maior general das Forças Armadas, que alegadamente lhe ocultaram
um relatório interno sobre o caso.
Lusa/SOL
6 de Outubro, 2011
O
balanço da participação das tropas germânicas (Bundeswehr) na operação
militar da NATO no Afeganistão é controverso, e cerca de 70 por cento
dos participantes na mais recente sondagem afirmaram que duvidam do
sucesso da missão.O inquérito de opinião feito pelo instituto YouGov
para a agência noticiosa alemã dpa revelou também que só 23 por cento
dos inquiridos achavam que o Afeganistão estará democratizado quando a
missão terminar.
Mesmo assim, uma escassa maioria de 50,4 por
cento considera que a Bundeswehr só deve retirar-se do Afeganistão
quando a sua missão estiver minimamente cumprida, enquanto 44,2 por
cento são a favor de uma retirada imediata e incondicional.
Entre os políticos alemães, as opiniões sobre o balanço dos 10 anos da missão «Liberdade Duradoura» também se dividem.
Omid
Nouripour, porta-voz dos Verdes para assuntos de defesa e segurança,
disse ao matutino Tageszeitung que considera perdida a guerra no
Afeganistão, «porque os Estados Unidos e a NATO entraram no país com
falsas expectativas».
Já Michael Steiner, delegado do governo
alemão para as questões do Afeganistão, sustenta que «a guerra não está
perdida», e garante que os 10 anos da presença da Força Internacional de
Protecção (ISAF), que integra actualmente cinco mil soldados alemães,
«colocou os alicerces para a existência de um Estado soberano».
Por
isso, lembrou Steiner, é possível iniciar a retirada do contingente
alemão -o terceiro maior da ISAF, a seguir aos EUA e ao Reino Unido -,
no final deste ano, para a concluir em 2014, como o executivo de Angela
Merkel já anunciou.
Só em abril de 2010 Berlim reconheceu que a
Bundeswehr no Afeganistão está envolvida numa guerra, e não apenas num
conflito armado, a linguagem oficial utilizada até então.
A
rectificação feita em abril de 2010 pelo então ministro da defesa,
Karl-Theodor zu Guttenberg, surgiu logo após a morte de três soldados
alemães numa emboscada dos rebeldes talibãs.
Até à data, 52 soldados alemães perderam a vida no Afeganistão, 34 dos quais em combates ou em atentados.
Há
dois anos, o bombardeamento aéreo de dois camiões-cisterna das tropas
germânicas apresados pelos rebeldes talibãs perto de Kunduz, que causou
142 mortos, entre os quais dezenas de civis, levantou grande celeuma.
O raide aéreo foi ordenado a 04 de Setembro pelo comandante do contingente alemão, que posteriormente foi exonerado.
O
anterior ministro da defesa, Franz-Josef Jung, acabou também por se
demitir, em Novembro de 2009, por ter sido acusado de não se referir às
vítimas civis, apesar de já ter informações concretas sobre o incidente
na sua posse.
O seu sucessor, Karl-Theodor zu Guttenberg, viria
mais tarde a demitir também um secretário de Estado e o chefe do
estado-maior general das Forças Armadas, que alegadamente lhe ocultaram
um relatório interno sobre o caso.
Lusa/SOL
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