Publicações"Os retornados foram arrumados e esquecidos"
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"Os retornados foram arrumados e esquecidos"
por Vitor mango Qua Out 19, 2011 1:53 am
"Os retornados foram arrumados e esquecidos"
Hoje
Dulce Maria Cardoso, afirma-se como uma das mais sólidas e criativas
vozes na nova geração de ficcionistas portugueses, com o romance O
Retorno (Tinta-da -China), no qual mostra a face trágica da
descolonização portuguesa.
"Um quarto pode ser uma casa e
este quarto e esta varanda de onde se vê o mar é a nossa casa", repete
obsessivamente Rui, o adolescente, obrigado a crescer abruptamente
durante os vários meses que passou alojado num hotel. Sem saber se tinha
casa, se tinha pai, se tinha terra, Rui torna-se o porta voz dos
milhares de homens e mulheres que, entre os anos de 1975 e 76, se
descobriram "desterrados" dentro da própria pátria. O Retorno traça um
retrato simultâneamente cru e irónico sem nunca resvalar para o panfleto
ideológico, onde as existências individuais contam um dos mais
dramáticos acontecimentos da história portuguesa recente.
Leia mais pormenores no e-paper do DN
Hoje
Dulce Maria Cardoso, afirma-se como uma das mais sólidas e criativas
vozes na nova geração de ficcionistas portugueses, com o romance O
Retorno (Tinta-da -China), no qual mostra a face trágica da
descolonização portuguesa.
"Um quarto pode ser uma casa e
este quarto e esta varanda de onde se vê o mar é a nossa casa", repete
obsessivamente Rui, o adolescente, obrigado a crescer abruptamente
durante os vários meses que passou alojado num hotel. Sem saber se tinha
casa, se tinha pai, se tinha terra, Rui torna-se o porta voz dos
milhares de homens e mulheres que, entre os anos de 1975 e 76, se
descobriram "desterrados" dentro da própria pátria. O Retorno traça um
retrato simultâneamente cru e irónico sem nunca resvalar para o panfleto
ideológico, onde as existências individuais contam um dos mais
dramáticos acontecimentos da história portuguesa recente.
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 117569
Re: "Os retornados foram arrumados e esquecidos"
por Vitor mango Qua Out 19, 2011 1:54 am
klem salvou Portugal da bagunça da descolonização foram os retornados
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Re: "Os retornados foram arrumados e esquecidos"
por Joao Ruiz Qua Out 19, 2011 4:18 am
.
Houve vários dramas, eu sei, mas não posso esquecer como, antes do 25 da Abril, os então retornados falavam depreciativamente da metrópole, que parecia já não servir a quem nela tinha nascido. Mas foi com essa metrópole que, bem ou mal, se encontraram, na hora da aflição.
Tiveram muitos apoios, talvez não como todos desejassem, mas na qualidade e quantidade que o país podia, muitas vezes sacrificando os que por cá tinham aguentado a ditadura, sem mordomias nem facilidades.
É evidente que cada um terá a sua própria história e razões de queixa, mas "não se pode medir tudo pela mesma bitola"
Houve vários dramas, eu sei, mas não posso esquecer como, antes do 25 da Abril, os então retornados falavam depreciativamente da metrópole, que parecia já não servir a quem nela tinha nascido. Mas foi com essa metrópole que, bem ou mal, se encontraram, na hora da aflição.
Tiveram muitos apoios, talvez não como todos desejassem, mas na qualidade e quantidade que o país podia, muitas vezes sacrificando os que por cá tinham aguentado a ditadura, sem mordomias nem facilidades.
É evidente que cada um terá a sua própria história e razões de queixa, mas "não se pode medir tudo pela mesma bitola"
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Re: "Os retornados foram arrumados e esquecidos"
por Vitor mango Qua Out 19, 2011 6:11 am
Joao Ruiz escreveu:.
Houve vários dramas, eu sei, mas não posso esquecer como, antes do 25 da Abril, os então retornados falavam depreciativamente da metrópole, que parecia já não servir a quem nela tinha nascido. Mas foi com essa metrópole que, bem ou mal, se encontraram, na hora da aflição.
Tiveram muitos apoios, talvez não como todos desejassem, mas na qualidade e quantidade que o país podia, muitas vezes sacrificando os que por cá tinham aguentado a ditadura, sem mordomias nem facilidades.
É evidente que cada um terá a sua própria história e razões de queixa, mas "não se pode medir tudo pela mesma bitola"
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