Nobel da Economia diz ser possível que Portugal queira sair do euro
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Nobel da Economia diz ser possível que Portugal queira sair do euro
Nobel da Economia diz ser possível que Portugal queira sair do euro
28 Dezembro 2011 | 13:07
Eva Gaspar - egaspar@negocios.pt
O euro vai sobreviver
com todos os seus membros a bordo: é neste cenário que Michael Spence
põe a maior parte das suas "fichas", depois de ter visto os juros
cobrados a Itália caírem para metade no leilão de hoje. Ainda assim,
diz, é cedo para dizer que se chegou ao princípio do fim da crise. E é
preciso preparar a possibilidade de Portugal e Grécia quererem sair da
união monetária pelo seu próprio pé.
Em entrevista à Bloomberg TV, Michael Spence, professor na Stern, a escola de negócios da universidade de Nova Iorque , laureado com o Nobel da Economia em 2011, diz acreditar num final feliz para a crise do euro.
“Neste
momento, ainda estamos numa situação de impasse, mas a expectativa é de
um final bem-sucedido”, afirma, considerando um bom sinal o facto de os
juros exigidos hoje pelos investidores para financiarem Itália terem caído para metade.
Em
sua opinião, a melhoria das condições de financiamento do Estado
italiano deve estender-se a outros países do euro que estão sob pressão
dos mercados, sendo em boa medida reflexo da recente – e inédita -
decisão do Banco Central Europeu
(BCE), que, com a taxa de juro de referência colada no mínimo histórico
de 1%, emprestou quase 500 mil milhões de euros aos bancos a três anos,
permitindo-lhes ter meios para comprar dívida pública sem grande risco.
Neste contexto, Spence defende que o BCE
“tem de continuar a fazer o seu trabalho, assegurando-se que o sistema
bancário continua a funcionar”, ao mesmo tempo que deve “apoiar os
países que estão a fazer responsavelmente reformas nas suas economias,
evitando que as ‘yields’ da sua dívida pública escapem das mãos”.
No
caso de Itália, o economista considera que o recuo dos juros traduz
também já o regresso de alguma confiança dos investidores face às
reformas e medidas de contenção dos gastos aprovados pelo novo governo
de Mário Monti.
Mas, adverte, os investidores privados e os
mercados em geral continuam apreensivos sobre o grau de apoio político
que Monti pode esperar receber internamente, assim como da parte do BCE e
da União Europeia
pelo que “há muito risco e os mercados não estão ainda preparados para
declarar que a esquina (da crise) foi virada”. “Se as ‘yields’ italianas
voltarem a subir, muito rapidamente podemos passar de uma situação
gerível para uma de insolvência. Itália precisa de tempo e a Europa
precisa de ajudar a comprar algum desse tempo”.
Quanto aos países
já intervencionados, Michael Spence menciona explicitamente o caso da
Grécia e de Portugal e põe-nos no mesmo “saco” quando adverte que é
preciso preparar planos de contingência para enfrentar o risco de um
deles querer sair da união monetária. “A União Europeia tem de estar
preparada para a eventualidade da Grécia ou de Portugal decidirem, a
certa altura, que é do seu interesse sair do euro”, avisa.
28 Dezembro 2011 | 13:07
Eva Gaspar - egaspar@negocios.pt
O euro vai sobreviver
com todos os seus membros a bordo: é neste cenário que Michael Spence
põe a maior parte das suas "fichas", depois de ter visto os juros
cobrados a Itália caírem para metade no leilão de hoje. Ainda assim,
diz, é cedo para dizer que se chegou ao princípio do fim da crise. E é
preciso preparar a possibilidade de Portugal e Grécia quererem sair da
união monetária pelo seu próprio pé.
Em entrevista à Bloomberg TV, Michael Spence, professor na Stern, a escola de negócios da universidade de Nova Iorque , laureado com o Nobel da Economia em 2011, diz acreditar num final feliz para a crise do euro.
“Neste
momento, ainda estamos numa situação de impasse, mas a expectativa é de
um final bem-sucedido”, afirma, considerando um bom sinal o facto de os
juros exigidos hoje pelos investidores para financiarem Itália terem caído para metade.
Em
sua opinião, a melhoria das condições de financiamento do Estado
italiano deve estender-se a outros países do euro que estão sob pressão
dos mercados, sendo em boa medida reflexo da recente – e inédita -
decisão do Banco Central Europeu
(BCE), que, com a taxa de juro de referência colada no mínimo histórico
de 1%, emprestou quase 500 mil milhões de euros aos bancos a três anos,
permitindo-lhes ter meios para comprar dívida pública sem grande risco.
Neste contexto, Spence defende que o BCE
“tem de continuar a fazer o seu trabalho, assegurando-se que o sistema
bancário continua a funcionar”, ao mesmo tempo que deve “apoiar os
países que estão a fazer responsavelmente reformas nas suas economias,
evitando que as ‘yields’ da sua dívida pública escapem das mãos”.
No
caso de Itália, o economista considera que o recuo dos juros traduz
também já o regresso de alguma confiança dos investidores face às
reformas e medidas de contenção dos gastos aprovados pelo novo governo
de Mário Monti.
Mas, adverte, os investidores privados e os
mercados em geral continuam apreensivos sobre o grau de apoio político
que Monti pode esperar receber internamente, assim como da parte do BCE e
da União Europeia
pelo que “há muito risco e os mercados não estão ainda preparados para
declarar que a esquina (da crise) foi virada”. “Se as ‘yields’ italianas
voltarem a subir, muito rapidamente podemos passar de uma situação
gerível para uma de insolvência. Itália precisa de tempo e a Europa
precisa de ajudar a comprar algum desse tempo”.
Quanto aos países
já intervencionados, Michael Spence menciona explicitamente o caso da
Grécia e de Portugal e põe-nos no mesmo “saco” quando adverte que é
preciso preparar planos de contingência para enfrentar o risco de um
deles querer sair da união monetária. “A União Europeia tem de estar
preparada para a eventualidade da Grécia ou de Portugal decidirem, a
certa altura, que é do seu interesse sair do euro”, avisa.
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
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