Algarve: Salinas abandonadas escondem erva gourmet
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Algarve: Salinas abandonadas escondem erva gourmet
Algarve: Salinas abandonadas escondem erva gourmet
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19 de Fevereiro, 2012
Um grupo de investigadores de um instituto universitário algarvio está a estudar o cultivo sustentável de uma planta anti-hipertensão, que substitui o sal e tem muita procura no mundo gourmet, mas ainda é vista na região como uma praga.
Para muitos, esta erva é uma ilustre desconhecida, considerada uma erva daninha ou praga, mas em alguns países da Europa tem o estatuto de gourmet e é utilizada por chefs em restaurantes de luxo como substituto do sal em saladas ou mesmo em pratos mais complexos, como produto fresco ou em conserva (picles).
A salicórnia, também conhecida por sal verde ou espargos do mar, é uma erva que cresce normalmente nos sapais (salinas), sendo altamente tolerante ao sal, com a particularidade de ser salgada.
“Com este projeto pretendemos desenvolver um sistema de cultivo sustentável de salicórnia e outras plantas do género e conseguir rentabilizar e conservar os recursos existentes nas salinas”, explica à Lusa Erika Santos, bióloga e coordenadora do projeto ‘Cultivo Sustentável de Halófitas na Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Sto. António’.
Atualmente o valor económico das salinas artesanais passa apenas pela produção de sal e, segundo a bióloga, o cultivo de plantas locais é esquecido, bem como as suas potencialidades comerciais.
“Poderia ser uma aposta no desenvolvimento regional”, garante Erika Santos, lamentando as inúmeras ervas subaproveitadas e o crescente abandono de salinas no Algarve, “que constitui também um risco ambiental para a avifauna.”
Algumas destas ervas são também utilizadas em rações para animais em países como a França, Inglaterra ou Israel e ainda podem ter “aplicações farmacêuticas e cosméticas, ou seja, podem servir vários segmentos económicos”, acredita a investigadora.
Contudo, “em Portugal este recurso não está explorado nem é muito conhecido e a informação sobre estas ervas é escassa”, lamenta a bióloga, que sublinha a necessidade de desenvolver ações de gestão e conservação deste recurso natural e espontâneo.
Atualmente o grupo de investigadores do Instituto Afonso III, em Loulé, em conjunto com o Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade encontra-se a identificar as ervas do sapal, a caraterizar as condições ambientais em que se desenvolvem e a estudar os melhores processos de propagação e viabilidade económica do seu cultivo.
O projeto vai ser apresentado a 18 de maio, durante um seminário em Castro Marim, para cativar intervenientes locais, divulgar os resultados do projeto e explicar como pode este produto, favorável à saúde, dinamizar vários setores e promover a economia regional.
O projecto está incluído na estratégia de eficiência colectiva PROVERE Âncoras do Guadiana, uma iniciativa do Quadro de Referência Estratégico Nacional (fundos comunitários), e é cofinanciado pelo programa PO Algarve 21 (Programa Operacional).
Lusa / SOL
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19 de Fevereiro, 2012
Um grupo de investigadores de um instituto universitário algarvio está a estudar o cultivo sustentável de uma planta anti-hipertensão, que substitui o sal e tem muita procura no mundo gourmet, mas ainda é vista na região como uma praga.
Para muitos, esta erva é uma ilustre desconhecida, considerada uma erva daninha ou praga, mas em alguns países da Europa tem o estatuto de gourmet e é utilizada por chefs em restaurantes de luxo como substituto do sal em saladas ou mesmo em pratos mais complexos, como produto fresco ou em conserva (picles).
A salicórnia, também conhecida por sal verde ou espargos do mar, é uma erva que cresce normalmente nos sapais (salinas), sendo altamente tolerante ao sal, com a particularidade de ser salgada.
“Com este projeto pretendemos desenvolver um sistema de cultivo sustentável de salicórnia e outras plantas do género e conseguir rentabilizar e conservar os recursos existentes nas salinas”, explica à Lusa Erika Santos, bióloga e coordenadora do projeto ‘Cultivo Sustentável de Halófitas na Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Sto. António’.
Atualmente o valor económico das salinas artesanais passa apenas pela produção de sal e, segundo a bióloga, o cultivo de plantas locais é esquecido, bem como as suas potencialidades comerciais.
“Poderia ser uma aposta no desenvolvimento regional”, garante Erika Santos, lamentando as inúmeras ervas subaproveitadas e o crescente abandono de salinas no Algarve, “que constitui também um risco ambiental para a avifauna.”
Algumas destas ervas são também utilizadas em rações para animais em países como a França, Inglaterra ou Israel e ainda podem ter “aplicações farmacêuticas e cosméticas, ou seja, podem servir vários segmentos económicos”, acredita a investigadora.
Contudo, “em Portugal este recurso não está explorado nem é muito conhecido e a informação sobre estas ervas é escassa”, lamenta a bióloga, que sublinha a necessidade de desenvolver ações de gestão e conservação deste recurso natural e espontâneo.
Atualmente o grupo de investigadores do Instituto Afonso III, em Loulé, em conjunto com o Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade encontra-se a identificar as ervas do sapal, a caraterizar as condições ambientais em que se desenvolvem e a estudar os melhores processos de propagação e viabilidade económica do seu cultivo.
O projeto vai ser apresentado a 18 de maio, durante um seminário em Castro Marim, para cativar intervenientes locais, divulgar os resultados do projeto e explicar como pode este produto, favorável à saúde, dinamizar vários setores e promover a economia regional.
O projecto está incluído na estratégia de eficiência colectiva PROVERE Âncoras do Guadiana, uma iniciativa do Quadro de Referência Estratégico Nacional (fundos comunitários), e é cofinanciado pelo programa PO Algarve 21 (Programa Operacional).
Lusa / SOL
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