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Análise: Entenda como Israel poderia atacar o Irã

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Mensagem por Vitor mango Ter Fev 28, 2012 1:09 am

Análise: Entenda como Israel poderia atacar o Irã











Jonathan Marcus

Da BBC News









Atualizado em 27 de fevereiro, 2012 - 13:16 (Brasília) 16:16 GMT


















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Possíveis ataques israelenses ao Irã



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Entre todos os desafios de
segurança de Israel nas últimas décadas, a ameaça de um Irã armado
nuclearmente é a principal preocupação nas mentes dos estrategistas
militares do país.

Essa preocupação tem orientado todo o desenvolvimento da Força Aérea Israelense nos últimos anos.




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A Força Aérea Israelense comprou 125
caças F-15I e F-16I, equipados com tanques maiores de combustível –
feitos sob medida para ataques de longo alcance.

Além disso, Israel comprou bombas de penetração
especiais, desenvolveu grandes aeronaves não tripuladas e de longa
duração, e muito dos treinos estão focados em missões de longo alcance.

Israel tem um histórico de ataques preventivos
contra alvos nucleares na região. Em junho de 1981, caças israelenses
bombardearam o reator de Osirak, próximo à capital Bagdá.

Mais recentemente, em setembro de 2007, aviões
israelenses atacaram um local na Síria que muitos acreditavam que
abrigava um reator nuclear em construção.

No entanto, um ataque contra Irã seria diferente
das missões no Iraque na Síria. Naquele caso, se tratava de alvos
únicos acima da superfície e que vieram de forma inesperada.

Uma tentativa israelense de prejudicar o
programa nuclear iraniano teria de lidar com uma série de problemas,
como alcance, alvos múltiplos e a natureza dos alvos.

Como chegar lá?


Para começar, Israel está muito distante do Irã.
Alguns dos alvos estariam entre 1,5 mil e 1,8 mil km das bases
israelenses. Os aviões teriam que primeiro chegar ao Irã, e depois
conseguir sair.

Pelos menos três rotas são possíveis:

* Existe uma no norte, onde caças israelenses
voariam norte e depois leste, ao longo das fronteiras entre Turquia e
Síria, e depois Síria e Iraque.

* No centro, a rota mais provável passa pelo
Iraque. Com o Exército americano fora do país, as autoridades iraquianas
são muito menos capazes de monitorar o espaço aéreo, o que abriria um
caminho para os israelenses.

* A terceira rota, no sul, é pelo espaço aéreo
saudita. Será que os sauditas deixariam algo assim acontecer, já que
eles próprios estão preocupados com o programa nuclear iraniano? Esta
rota pode ser usada para o retorno dos aviões? Essas perguntas não foram
respondidas ainda.

O que se sabe é que os aviões israelenses teriam que abastecer no caminho.

Douglas Barrie, do Instituto Internacional de
Estudos Estratégicos (IISS), em Londres, acredita que reabastecimento em
pleno voo será fundamental.

"Aviões israelenses precisam não só entrar e
sair do espaço aéreo iraniano; eles precisam de combustível suficiente
para sobrevoar com bastante tempo os alvos, e o suficiente para qualquer
eventualidade que possa surgir em uma missão destas."

Acredita-se que Israel possua entre oito e dez aeronaves de reabastecimento baseadas no modelo Boeing 707.

Quais alvos atingir?


Douglas Barrie também diz que os aviões
israelenses terão de achar os alvos onde bombas suas possam fazer o
maior estrago possível.

"Eles estarão em busca dos principais gargalos
do programa iraniano. Claramente atacar instalações de enriquecimento
faz mais sentido, sob o ponto de vista militar", diz o especialista.

As instalações de enriquecimento de urânio em
Natanz, ao sul de Teerã, e Fordo, perto de Qom, são as mais conhecidas, e
provavelmente estariam na lista israelense.

A usina de água pesada e o reator em Arak, no
oeste, e uma unidade de conversão de urânio em Isfahan também estão
entre possíveis alvos preferenciais.

Não está claro se Israel tem capacidade de
atingir outros alvos associados ao programa de mísseis ou de fabricação
de explosivos do Irã.

Outro problema é que as instalações de
enriquecimento de Natanz são subterrâneas, e a nova usina em Fordo
também está praticamente dentro de uma montanha.

Alvos subterrâneos


Para um ataque do tipo, o especialista da IISS
afirma que é preciso ter informação precisa, desde a geologia local até
conhecimento sobre a arquitetura das usinas.

Um tipo especial de munição também é necessário.
A principal arma de Israel é um arsenal americano conhecido como
GBU-28. Esta arma guiada a laser de 2,2 toneladas tem capacidade
especial de penetração.

"O GBU-28 é a arma de penetração mais forte
disponível para aeronáutica tática, e desde que foi usada pelos Estados
Unidos, em 1991, ela foi melhorada", afirma Robert Hewson, editor da
revista especializada Jane's Air-Launched Weapons.


No entanto, ele ressalta que Israel não teria
capacidade de carregar uma munição tão grande em seus aviões sem uma
grande operação aérea, que envolvesse também as aeronaves de
abastecimento.

Além disso, há dúvidas sobre o grau de eficácia do GBU-28. Para Douglas Barrie, uma bomba seria insuficiente.

Israel tem alguma alternativa militar?


Até agora só se discutiu a capacidade conhecida
das Forças de Israel, mas o país possui uma indústria aeroespacial e
eletrônica própria, que pode já ter produzido sistemas relevantes para
um ataque ao Irã.

Barrie diz que ainda existem muitas coisas que não se sabe sobre a capacidade militar israelense.

Além disso, o próprio Irã possui sistemas russos
de defesa. Entre esses sistemas estão os mísseis AS-5, para ameaças em
grandes altitudes. O sistema móvel M1/AS-15 permite o lançamento de
mísseis contra alvos em altitudes menores.

A Rússia tem se negado a abastecer o Irã com
mísseis de maior alcance – como os S-300. Mas os iranianos dizem que
conseguiram outros fornecedores para este tipo de arma.

Os sistemas iranianos podem estar um pouco
antiquados, mas eles ainda são relativamente confiáveis. Um exemplo
claro disso foi a forma como a Líbia conseguiu se defender de ataques da
Otan, mesmo com armas antigas.




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Um pequeno submarino israelense também pode
desempenhar um papel em um potencial conflito. Douglas Barrie afirma que
é grande a probabilidade de Israel lançar mísseis do mar, com seus
submarinos alemães Dolphin.

No campo marítimo, especialistas acreditam que o Irã está completamente ultrapassado.

A maioria dos analistas concorda que um ataque
israelense a alvos múltiplos tem potencial para causar fortes danos no
programa iraniano.

No entanto, isso seria muito menor do que um ataque dos Estados Unidos, que possui muito mais capacidade militar do que Israel.

"Se os israelenses conseguissem fazer algo assim, seria uma demonstração impressionante do seu poderio", diz Barrie.

Segundo ele, poucos países no mundo teriam capacidade de fazer algo deste tipo.

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Mensagem por Vitor mango Ter Fev 28, 2012 1:10 am

na li ate porque tudo isto me cheira arranjar motivaçao para arranjar guerra num local longe dos EUA para despejar armas antigas e ...

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