Vagueando na Notícia


Participe do fórum, é rápido e fácil

Vagueando na Notícia
Vagueando na Notícia
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.

Crise fez surgir o pior dos estereótipos na Grécia e Alemanha

Ir para baixo

Crise fez surgir o pior dos estereótipos na Grécia e Alemanha  Empty Crise fez surgir o pior dos estereótipos na Grécia e Alemanha

Mensagem por Vitor mango Qua maio 02, 2012 1:28 am


Crise fez surgir o pior dos estereótipos na Grécia e Alemanha





01.05.2012 - 09:44
Por Maria João Guimarães, em Atenas













Crise fez surgir o pior dos estereótipos na Grécia e Alemanha  381050?tp=UH&db=IMAGENS&w=350&t=1335947157,38342

Um casal de gregos em Munique, cidade onde vive agora com a filha (Foto: Michaela Rehle/ Reuters (arquivo))









Uma alemã senta-se num autocarro grego.
Tira um livro da mala, abre-o para começar a ler. A pessoa sentada ao
seu lado olha para o livro alemão, levanta-se, e vai sentar-se noutro
lugar.











Uma grega está num jantar em Berlim. A anfitriã
apresenta-a: "Esta é a Barbara, que é grega." Uma das convidadas diz:
"Desculpa, deixei a minha carteira noutro sítio." Toda a gente se ri.

São
duas histórias ouvidas no Goethe Institut (Instituto Alemão) em Atenas
que exemplificam um mal-estar entre a Alemanha e a Grécia. Poderia
dizer-se que quem começou tudo foram os alemães: o jornal Bild enviou
repórteres com dracmas para a Grécia para perguntar se os gregos
gostariam de ter a velha moeda de volta; a revista Focus fez uma capa
com uma estátua de Afrodite a mostrar o dedo médio dizendo: "Impostores
na família europeia."

A troika, que impôs medidas dolorosas e
cortes dramáticos nos ordenados e pensões para garantir o empréstimo à
Grécia, não tem cara. A UE tem: é a chanceler alemã, Angela Merkel. Numa
sondagem recente na revista grega Epikaira, 77% dos inquiridos
concordavam que a política alemã pretende estabelecer um "IV Reich". A
animosidade não se mostra apenas nos jornais gregos, que apresentam a
chanceler alemã com chicotes ou com a cruz suástica, ou nas
manifestações, onde o conceito alemães=nazis é repetido. A antipatia
está, também, nas ruas. Um exemplo: um ateniense que tem como língua
comum com uma estrangeira o alemão fala baixo - e nota a ironia: "Um
grego e uma portuguesa a entenderem-se em alemão, hein?" Mesmo assim
alguém ouve e vai acusá-lo de falar a língua dos "terroristas".

Outro
exemplo: no metro, um grego tem uma T-shirt do St Pauli, o clube de
futebol de Hamburgo conhecido pelo activismo contra a extrema-direita.
Uma turista acha piada e pede-lhe para tirar uma foto à T-shirt, "para
um amigo alemão". "Para um amigo alemão? Isso não é bom", responde ele.
Ela nota que ele é que tem a T-shirt do clube da Alemanha, e que o amigo
é do mesmo clube; algo os une. Mas ele mantém: "Alemão - isso não é
bom."

O tema "54 mil milhões de euros que a Alemanha deve à
Grécia pela II Guerra Mundial" tornou-se comum. A história das
indemnizações tem voltas e reviravoltas: logo após a II Guerra os EUA
opuseram-se a grandes compensações da Alemanha aos países prejudicados. A
Alemanha pagou parte em bens materiais e em 1990 a Grécia aceitou (sem
grande hipótese de se opor, é certo) um tratado, desistindo de pedir
mais indemnizações. Mas os "54 mil milhões de euros" são agora uma arma
no debate público: se a Grécia deve, a Alemanha também.

Goethe em alta

Enquanto
isso, cada vez mais gregos passam ao lado de tudo isto enquanto estudam
alemão: pode ser uma porta para um emprego na Grécia ou, mais
provavelmente, na Alemanha. Apesar de no Instituto Alemão um semestre de
aulas custar entre 660 e 690 euros (em Lisboa, paga-se entre 330 e 370
euros), as inscrições estão a aumentar (no último ano subiram 20% e há
agora 350 alunos a ter aulas no instituto que faz, entretanto, desconto
para desempregados).

Quando um em cada dois jovens gregos não
consegue encontrar emprego, e com postos de trabalho a desaparecerem
todos os dias, esta é uma estratégia de fuga. Antonis Blios, 42 anos,
parte da vida vivida na Alemanha (os seus avós foram e vieram, os seus
pais foram e vieram, e ele nasceu lá), debate-se com a parte da
gramática alemã que não domina, porque estudou sempre em grego. Formado
em economia, é mediador de seguros. "Não sei o que vai acontecer,
portanto vou procurando trabalhos na Alemanha. Mas na minha área tenho
de dominar melhor o alemão, por isso estou a estudar", conta.

_________________
Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Crise fez surgir o pior dos estereótipos na Grécia e Alemanha  Batmoon_e0
Vitor mango
Vitor mango

Pontos : 117576

Ir para o topo Ir para baixo

Crise fez surgir o pior dos estereótipos na Grécia e Alemanha  Empty Re: Crise fez surgir o pior dos estereótipos na Grécia e Alemanha

Mensagem por Vitor mango Qua maio 02, 2012 1:31 am

A UE tem: é a chanceler alemã, Angela Merkel. Numa
sondagem recente na revista grega Epikaira, 77% dos inquiridos
concordavam que a política alemã pretende estabelecer um "IV Reich".

_________________
Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Crise fez surgir o pior dos estereótipos na Grécia e Alemanha  Batmoon_e0
Vitor mango
Vitor mango

Pontos : 117576

Ir para o topo Ir para baixo

Ir para o topo


 
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos