...Em 61 a. C., em Roma, numa espécie de lotaria realizada entre oficiais de alta patente, o cargo de governador da Hispânia Ulterior foi ganho por Júlio César.

por **Vitor mango** Seg maio 07, 2012 6:10 am

---MARTIN PAGE A PRIMEIRA ALDEIA GLOBAL
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sula. O seu objectivo principal era ajudar a salvar Roma, cortando a Aníbal a sua fonte de reforços e de dinheiro.
Cipião e as suas tropas encontraram pouca resistência na parte oriental da Ibéria. Ao longo dos séculos, as tribos haviam-se acostumado aos mais diferentes domínios estrangeiros. Os romanos gastaram quantias avultadas na compra de provisões e tratavam com alguma humanidade a população nativa. Mas quando, em 197 a. C., os soldados de Cipião marcharam em direcção ao interior e chegaram ao território onde, hoje, fica Portugal, eles encontraram pela frente os lusitanos.
Durante os 15 anos de guerra que se seguiram, os lusitanos lutaram sem armadura, com roupas leves e frequentemente a cavalo, empunhando espadas, dardos envenenados e fundas. Recusaram a batalha convencional, escondendo-se nas colinas e montanhas da serra da Estrela, de onde lançavam ataques súbitos e demolidores. De acordo com os relatos dos romanos, traziam sempre consigo bolinhas com veneno para sé suicidar no caso de serem capturados. Quando feitos prisioneiros, resistiam até à morte a qualquer tortura, recusando sempre revelar informações.'
Para imporem uma paz que nunca foi bem aceite pela Lusitânia, foram necessários 150 000 soldados, o que obrigou os romanos a estabelecerem, pela primeira vez, o serviço militar profissional e permanente. Foi, então, que surgiu, entre os lusitanos, um novo líder, um pastor de nome Viriato, que apelou ao povo para se rebelar contra os romanos. Durante oito anos, chefiou os seus seguidores em incursões-relâmpago contra as forças estrangeiras. Os generais romanos foram obrigados a negociar uma paz em termos de tal forma humilhantes que ela foi rejeitada pelo Senado. Sob o pretexto de que pretendiam prosseguir as negociações, os romanos contrataram agentes que, fazendo-se passar por intermediários, conseguiram ter acesso a Viriato e envenená-lo.
Dividiram a Ibéria em duas províncias, a pacífica Hispânia Cite- rior, cujas fronteiras coincidiam aproximadamente com as da Espanha actual, e a rebelde Hispânia Ulterior, a oeste, constituída em grande parte pelo território que é, hoje, Portugal.
As mais importantes diferenças existentes entre as duas províncias consistiam no facto de a Citerior ser, tal como Roma, um país com situação, clima e cultura mediterrânica, enquanto a Ulterior era atlântica. Tal era a intransigência dos lusitanos, que, vivendo frequentemente escondidos nas terras altas do centro, impediram que o domínio efectivo de Roma fosse muito além, a norte do rio Tejo.
Em 61 a. C., em Roma, numa espécie de lotaria realizada entre oficiais de alta patente, o cargo de governador da Hispânia Ulterior foi ganho por Júlio César. A sua sorte, que poucos, na altura, consideraram invejável, iria não só mudar o seu destino, mas alterar profundamente o curso da História da Europa Ocidental.
Desconhece-se a data exacta do seu nascimento, mas tudo indica que, na ocasião, ainda não completara 40 anos. Fora até pouco tempo antes o sumo sacerdote da cidade de Roma. Tinha acabado de provocar grande escândalo, ao divorciar-se da sua segunda mulher, por alegada, mas não comprovada, blasfémia, que deu origem ao famoso, mas de certo modo controverso, ditado segundo o qual «a mulher de César deve estar acima de qualquer suspeita».
César estava altamente endividado e, em vez de esperar que o Senado ratificasse o sorteio, dando assim hipótese aos credores de ganharem tempo para levar o tribunal a impedir que abandonasse a cidade antes do pagamento, ele fugiu de Roma e, sem demora, foi de barco para Cádis.
Esta não era a sua primeira visita à província. Dez anos antes, tinha servido aí como adjunto do anterior governador. Não pareceu hesitar sobre o que era importante fazer. De acordo com Plutarco, o seu biógrafo romano, logo à chegada César começou por ler a vida de Alexandre, o Grande, e, ao terminar, pousou o livro, suspirou e disse: «Com a minha idade, Alexandre já era rei e eu ainda não consegui nada de verdadeiramente notável.»
Júlio César recrutou 10 000 soldados, que juntou aos 20 000 que tinham ficado sob o seu comando a partir do momento em que assumiu o cargo de governador. Marchou com eles em direcção à Lusitânia, atravessando o rio Tejo. Era um caminho que muitos dos seus antecessores tinham tentado, com consequências desastrosas. O motivo de César, no entanto, era diferente. Ele viera, não para conquistar, mas para pilhar, saquear e exigir pagamento em troca de misericórdia, o que, à partida, parecia boa táctica. Tanto a Lusitânia como a região situada a norte eram ricas em ouro e prata, que os povos locais e seus vizinhos tinham refinado e transformado em enormes quanti-

por **Vitor mango** Seg maio 07, 2012 6:13 am

Durante os 15 anos de guerra que se seguiram, os lusitanos lutaram sem armadura, com roupas leves e frequentemente a cavalo, empunhando espadas, dardos envenenados e fundas. Recusaram a batalha convencional, escondendo-se nas colinas e montanhas da serra da Estrela, de onde lançavam ataques súbitos e demolidores. De acordo com os relatos dos romanos, traziam sempre consigo bolinhas com veneno para sé suicidar no caso de serem capturados. Quando feitos prisioneiros, resistiam até à morte a qualquer tortura, recusando sempre revelar informações.'

por **Vitor mango** Seg maio 07, 2012 6:14 am

Foi, então, que surgiu, entre os lusitanos, um novo líder, um pastor de nome Viriato, que apelou ao povo para se rebelar contra os romanos. Durante oito anos, chefiou os seus seguidores em incursões-relâmpago contra as forças estrangeiras. Os generais romanos foram obrigados a negociar uma paz em termos de tal forma humilhantes que ela foi rejeitada pelo Senado. Sob o pretexto de que pretendiam prosseguir as negociações, os romanos contrataram agentes que, fazendo-se passar por intermediários, conseguiram ter acesso a Viriato e envenená-lo.
Dividiram a Ibéria em duas províncias, a pacífica Hispânia Cite- rior, cujas fronteiras coincidiam aproximadamente com as da Espanha actual, e a rebelde Hispânia Ulterior, a oeste, constituída em grande parte pelo território que é, hoje, Portugal.

por **Vitor mango** Seg maio 07, 2012 6:15 am

Os generais romanos foram obrigados a negociar uma paz em termos de tal forma humilhantes que ela foi rejeitada pelo Senado

também Napoleão o maior cabo de guerra levou aqui no focinho pah

por **Vitor mango** Sáb maio 26, 2012 10:58 am

peço desculpa de ainda nao ter posto aqui copias do livro em OCr but...ainda ando a ler o mesmo garanto o alto interesse do mesmo

por **Vitor mango** Sáb maio 26, 2012 10:59 am

Vitor mango escreveu:peço desculpa de ainda nao ter posto aqui copias do livro em OCr but...ainda ando a ler o mesmo[size=24]garanto o alto interesse do mesmo[/size]

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...Em 61 a. C., em Roma, numa espécie de lotaria realizada entre oficiais de alta patente, o cargo de governador da Hispânia Ulterior foi ganho por Júlio César.

...Em 61 a. C., em Roma, numa espécie de lotaria realizada entre oficiais de alta patente, o cargo de governador da Hispânia Ulterior foi ganho por Júlio César.

Re: ...Em 61 a. C., em Roma, numa espécie de lotaria realizada entre oficiais de alta patente, o cargo de governador da Hispânia Ulterior foi ganho por Júlio César.

Re: ...Em 61 a. C., em Roma, numa espécie de lotaria realizada entre oficiais de alta patente, o cargo de governador da Hispânia Ulterior foi ganho por Júlio César.

Re: ...Em 61 a. C., em Roma, numa espécie de lotaria realizada entre oficiais de alta patente, o cargo de governador da Hispânia Ulterior foi ganho por Júlio César.

Re: ...Em 61 a. C., em Roma, numa espécie de lotaria realizada entre oficiais de alta patente, o cargo de governador da Hispânia Ulterior foi ganho por Júlio César.

Re: ...Em 61 a. C., em Roma, numa espécie de lotaria realizada entre oficiais de alta patente, o cargo de governador da Hispânia Ulterior foi ganho por Júlio César.

Re: ...Em 61 a. C., em Roma, numa espécie de lotaria realizada entre oficiais de alta patente, o cargo de governador da Hispânia Ulterior foi ganho por Júlio César.