...Em 1515, Pêro da Covilhã ...suponho SEO que o Pero era Judeu ...mas portou-se como um luysitano
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A PRIMEIRA ALDEIA GLOBAL
situava na nascente do Nilo. Antes de Bartolomeu ter partido de Lisboa para a sua viagem histórica, em que dobrou o cabo da Boa Esperança, o rei D. João mandou-o levar consigo um casal negro congolês, um homem e uma mulher que tinham sido adoptados pela corte portuguesa. Seguindo as instruções do rei, Bartolomeu Dias largara-os em terra, provavelmente no território que é hoje o Zaire, com o objectivo de viajarem para o interior e tentarem localizar a nascente do rio. Regressaram à costa vários anos mais tarde, onde foram recolhidos por um barco português que por ali passava. Não haviam encontrado ninguém que alguma vez tivesse ouvido falar no rio Nilo.
Em 1515, Pêro da Covilhã ainda não voltara do seu périplo em busca do Preste João. Os exploradores portugueses já tinham,,por esta altura, subido a costa da África Oriental, onde foram informados, pela população local, da localização aproximada do reino cristão. O padre Francisco desembarcou num porto situado na ponta setentrional do mar Vermelho. Com ele trazia uma carta de cumprimen-
tos do rei D. Manuel para o rei abissínio, assim somo presentes, incluindo crucifixos, tapeçarias retratando cenas bíblicas, um punhal incrustado de jóias e um órgão de igreja, portátil.
O padre Francisco caminhou pela montanha ao longo de quatro meses. O embaixador que, a mando do rei, o acompanhava desde Portugal, já tinha morrido de febre. O mesmo veio a acontecer ao seu guia etíope. Não havia caminhos por onde seguir, somente leitos de rio secos. O campo estava cheio de predadores selvagens: leões, leopardos e lobos. Encontrou um grupo de monges itinerantes que aceitaram indicar-lhe o caminho. Após cerca de duas semanas de viagem, chegaram ao mosteiro e recusaram-se a levá-lo até à capital. Teria de esperar pela chegada do bispo, disseram-lhe os monges. «Com que frequência costuma vir cá?», perguntou. ((Há muitos anos que não vem», responderam. O padre Francisco pôs-se a caminho sozinho, comprando a comida que ia encontrando pelas aldeias. De acordo com o seu próprio relato, as refeições consistiam em farinha de cevada crua misturada com água e regada com licor de mel bebido em chifres de boi. Acrescentou ainda que as populações utilizavam excremento de vaca para apaladar a sopa e comiam tetas de vaca mastigadas, como se fossem maçãs. Ladrões roubaram-lhe toda a sua bagagem, incluindo as espadas. Enfrentou violentas tempestades e foi vítima de
Quando finalmente chegou à capital, o rei mandou alojá-lo numa tenda e serviu-lhe comida, recusando-se, no entanto, a recebê-lo. Passados dois meses, foi acordado durante a noite para ir à presença do rei. Ainda antes de chegar ao portão real, encontrou outros mensageiros dizendo-lhe que Sua Majestade tinha mudado de ideias. A paciência do padre Francisco acabou, no entanto, por ser recompensada. Após mais uma longa espera, disseram-lhe que Pêro da Covilhã vivia por ali perto, e que podia visitá-lo.
Encontrou Pêro da Covilhã numa grande mansão rural, proprietário de vastas herdades que se estendiam por milhares de hectares. Tinha um número de mulheres sem conta, cavaleiros e escudeiros abissínios ao seu serviço, magníficos cavalos e uma matilha de cães para caçar. Foi nesta cenário de opulência pastoral que Pêro da Covilhã recebeu o sacerdote, o primeiro português que encontrava ao fim, talvez, de 15 anos. Aproveitou a oportunidade para se confessar e receber a absolvição, já que, segundo ele, qualquer confissão feita a um padre local chegava rapidamente ao conhecimento de todos os vizinhos. O padre Francisco, notavelmente livre de qualquer preconceito, sugeriu, no entanto, que era chegada a altura de Pêro da Covilhã regressar a Lisboa e retomar a relação com a sua mulher legítima. Pêro respondeu que gostaria de o fazer, mas que, infelizmente, se encontrava em prisão domiciliária, proibido de regressar.
O padre Francisco elogiou o facto de, pelo menos, ele ensinar português à sua nova família e regressou a Lisboa de mãos vazias.
Tem-se muitas vezes a ideia de que a aventura portuguesa na África Oriental terminou deste modo. Não é o caso. A desilusão provocada pela realidade do rei-sacerdote foi compensada pela descoberta de vastíssimas quantidades de ouro na África Oriental. Os portugueses mantiveram em segredo do resto da Europa a existência das minas do rei Salomão, tendo lucrado grandemente com elas.
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Acrescentou ainda que as populações utilizavam excremento de vaca para apaladar a sopa e comiam tetas de vaca mastigadas, como se fossem maçãs. Ladrões roubaram-lhe toda a sua bagagem, incluindo as espadas. Enfrentou violentas tempestades e foi vítima de
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Re: ...Em 1515, Pêro da Covilhã ...suponho SEO que o Pero era Judeu ...mas portou-se como um luysitano
Encontrou Pêro da Covilhã numa grande mansão rural, proprietário de vastas herdades que se estendiam por milhares de hectares. Tinha um número de mulheres sem conta, cavaleiros e escudeiros abissínios ao seu serviço, magníficos cavalos e uma matilha de cães para caçar. Foi nesta cenário de opulência pastoral que Pêro da Covilhã recebeu o sacerdote, o primeiro português que encontrava ao fim, talvez, de 15 anos. Aproveitou a oportunidade para se confessar e receber a absolvição, já que, segundo ele, qualquer confissão feita a um padre local chegava rapidamente ao conhecimento de todos os vizinhos. O padre Francisco, notavelmente livre de qualquer preconceito, sugeriu, no entanto, que era chegada a altura de Pêro da Covilhã regressar a Lisboa e retomar a relação com a sua mulher legítima. Pêro respondeu que gostaria de o fazer, mas que, infelizmente, se encontrava em prisão domiciliária, proibido de regressar.
O padre Francisco elogiou o facto de, pelo menos, ele ensinar português à sua nova família e regressou a Lisboa de mãos vazias.
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Tinha um número de mulheres sem conta, cavaleiros e escudeiros abissínios ao seu serviço, magníficos cavalos e uma matilha de cães para caçar
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Pêro da Covilhã
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Pedro ou Pêro da Covilhã (Covilhã, 1450? — Etiópia, 1530?) foi um diplomata e explorador português.
Índice
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Com cerca de 18 anos, a sua desenvoltura cativa um espanhol que visitava a Covilhã para comprar tecidos que o convida a servir o seu amo, D. Juan de Guzmán, irmão do Duque de Medina-Sidonia, um dos mais conceituados fidalgos de Sevilha;
Pêro aceita a proposta e parte para Sevilha onde lhe é atribuído o
papel de espadachim. Impressionado com a desenvoltura de Pêro de
Covilhã, convida-o D. Juan de Gusman a participar nas embarcações do seu
irmão, o Duque conhecido também como o Pirata Espanhol; Pêro recusa a oferta e, em 1474, acompanha D. Juan a Lisboa a uma entrevista com D. Afonso V de Portugal.
D. Afonso simpatiza com Pêro também pelo seu domínio de línguas, nomeadamente a língua árabe
e D. Juan cede a el-Rei os serviços do português. É assim que Pêro da
Covilhã, aos seus 24 anos, é admitido como moço de esporas de D. Afonso
V. Passado pouco tempo, decide el-Rei elevá-lo a escudeiro, com direito a armas e cavalo.
Em 1476 acompanha D. Afonso V na batalha de Toro, a tentativa fracassada de D. João de reclamar o trono de Castela, já que era cunhado de Henrique IV de Castela. Mais tarde, em iria acompanhar D. Afonso na jornada a França para pedir auxílio ao rei Luís XI de França na luta pelo trono de Castela, que seria rejeitado. Entretanto, D. Afonso abdica do trono, para D. João II.
Após a execução do Duque de Bragança
pelas próprias mãos do rei, Pêro da Covilhã foi designado para
investigar quais os nobres que conspiravam contra D. João II,
conseguindo identificar o D. Diogo, duque de Viseu e D. Garcia de Meneses, bispo de Évora.
Na sequência do desejo de el-Rei continuar a obra iniciada pelo infante D. Henrique dos Descobrimentos, escolhe novamente Pêro da Covilhã para embaixador nos tratados de paz com os berberes do Magrebe (como o rei de Fez e o de Tremecém), que convinham ao reino para convergir os esforços na odisseia marítima.
Pêro da Covilhã torna-se, entretanto, escudeiro da guarda real e casa com Catarina que em poucos meses engravida.
Missão no Oriente
Mais tarde, em 1487, D. João II envia-o juntamente com Afonso de Paiva em busca de notícias do mítico reino do Preste João e da Índia; disfarçados de mercadores e treinados por cosmógrafos régios e pelo rabino de Beja que lhes terá indicado as portas da cidadela, no Cairo, partem a cavalo a 7 de Maio de Santarém (onde estava a Corte), rumo a Valência. Atravessam o sul da Península Ibérica até Barcelona, onde chegam a 14 de Junho. Daí, uma nau os levou até Nápoles em dez dias e, daqui até ao arquipélago grego em outros dez dias. Desembarcam na ilha de Rodes, que pertencia à Ordem dos Cavaleiros de São João de Jerusalém, repousando em casa de frades portugueses.
Este mapa ilustra o percurso dos exploradores Pedro e Afonso;
o traçado a verde indica o caminho realizado em conjunto, a laranja, o
caminho percorrido pelo primeiro, a azul aquele percorrido pelo último. A
preto, ilustra-se o caminho para a Índia, percorrido alguns anos mais tarde, por Vasco da Gama.
Rodes seria a última terra cristã que pisariam. Daí, rumaram para Alexandria, no Egipto, terra de infiéis, onde compraram algumas mercadorias para o seu disfarce de mercadores. Depressa adoeceram com as chamadas "febres do Nilo", quase morrendo. O Naib, lugar-tenente do Sultão,
toma-lhes as mercadorias dando-os por mortos e sem descendentes. Porém,
ambos recuperam e o Naib restitui-lhes o valor das mercadorias. A
partir daí tentam reproduzir o trajecto das especiarias no sentido oposto: rumo a Rosetta de cavalo e de barco ao Cairo. Juntam-se a uma caravana que, percorrendo o deserto pela margem oriental do Mar Vermelho, vai cruzar a Arábia, rumo a Adem, às portas do Oceano Índico; passam por Suez, Tor, o deserto do Sinai, Medina e Meca, a cidade sagrada do Islão, onde tiveram que fazer penitência e rezar ao profeta Maomé, para manter o disfarce.
Chegam a Adem já no ano de 1488 e aí se separam com reencontro combinado no Cairo, junto à porta da cidadela, durante o anoitecer de um dos primeiros noventa dias de 1491; Afonso de Paiva ruma à Etiópia em busca do Preste João, e Pêro da Covilhã vai para a Índia.
Pêro chega Novembro de 1488 a Calecute, um dos pequenos reinos da Índia actual. Aí terá conhecido um mercador que lhe terá explicado o percurso das especiarias; terá indicado a existência do Ceilão, de onde vinha a canela, e da Malásia, a noz-moscada,
e o papel de Calecute em todo o processo: era aqui que afluíam as
especiarias, prontas para embarcar rumo ao Mar Vermelho (e,
posteriormente, para Veneza).
Na sede de melhor saber, Pêro visita Cananor, Goa e Ormuz, na costa do Malabar, confirmando que o movimento comercial era, de facto, inferior ao de Calecute.
Em Dezembro de 1489 parte Pêro da Covilhã de Ormuz rumo à costa oriental de África. Visita Melinde, Quiloa, Moçambique e, finalmente, Sofala,
registando os entrepostos comerciais dos mouros. Pêro da Covilhã
regista, assim, que uma vez dobrado o fim da África (mais tarde
designado do Cabo das Tormentas), bastará atingir Sofala ou Melinde e facilmente se alcançará Calecute. Será com base nesta anotação que Vasco da Gama decidirá atravessar o Oceano Índico directamente para Calecute, na sua pioneira expedição marítima à Índia.
A 30 de Janeiro de 1491, Pêro da Covilhã dirige-se às portas da cidadela do Cairo,
conforme combinado e, em vez de Afonso de Paiva, encontra o Rabi
Abrahão (o rabino de Beja) e um outro judeu português, José de Lamego,
que lhes comunicam que Afonso de Paiva teria falecido ali no princípio
do mês, mas que falecera de peste
sem poder contar as suas viagens ou aventuras, da notícia do nascimento
do seu filho, que Catarina baptizou de Afonso, em homenagem ao rei, e
do feito de Bartolomeu Dias, que tinha dobrado o Cabo das Tormentas, agora designado Cabo da Boa Esperança.
Mas el-Rei D. João II teria pedido ao Rabi Abrahão que fosse confirmar a
importância de Ormuz, segundo relatos de José Lamego, que desconhecia
que importante era Calecute, e não Ormuz.
Assim, Pêro redige o relatório para o rei, que seria entregue por
José Lamego, e parte para Ormuz com o Rabi. Aí, Pêro da Covilhã deixa o
Rabi e regressa a Adem, para saber notícias do Preste João, já que Afonso de Paiva não as pôde comunicar. Daí toma um barco até Zeila, mas a sul, já na costa da Etiópia.
Etiópia
Rico e bem acolhido pelo imperador Alexandre, descendente do Preste João,
ali casou e teve filhos, vindo a morrer muitos anos depois. Constatou
que afinal o mítico reino não era mais senão um pobre povo que tentava
evitar ser esmagado pelos vizinhos muçulmanos — não poderia valer Portugal de qualquer ajuda, mas sim eles que teriam que ser ajudados na luta contra os infiéis.
Impedindo de sair por Nahu,
irmão e sucessor de Alexandre, que entretanto morrera inesperadamente, e
que alegava o costume de não deixar sair os forasteiros que entrem no
reino, recebe terras do soberano e aí se fixa como senhor feudal,
casando novamente e de quem teria numerosa descendência.
Com a morte de Nahu, em 1508, Pêro da Covilhã é mantido como conselheiro régio da nova rainha Helena. É por sua indicação que a rainha envia o embaixador Mateus
a Lisboa, acompanhando dois frades portugueses que ali apareceram, e de
quem viria Pêro da Covilhã a saber da morte de D. João II, da ascensão
de D. Manuel I, e dos sucessos de Vasco da Gama e Pedro Álvares Cabral.
Recebeu, entretanto, a visita de alguns portugueses a quem terá dado notícias importantes. É, em 1521, encontrado pelo embaixador D. Rodrigo de Lima. O relato das suas viagens foi enviado ao padre Francisco Álvares pelo próprio Pêro da Covilhã, que o publicou na Verdadeira Informação das Terras do Preste João das Índias, que veio a ser editada em Lisboa, em 1540.
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Re: ...Em 1515, Pêro da Covilhã ...suponho SEO que o Pero era Judeu ...mas portou-se como um luysitano
.....
Pêro da Covilhã – Wikipédia, a enciclopédia livre
pt.wikipedia.org/wiki/Pêro_da_CovilhãÉ assim que Pêro da Covilhã, aos seus 24 anos, é admitido como moço de esporas ... encontra o Rabi Abrahão (o rabino de Beja) e um outro judeu português, ..
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