O que é e o que se passa com a Libor para provocar um "escândalo"
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O que é e o que se passa com a Libor para provocar um "escândalo"
O que é e o que se passa com a Libor para provocar um "escândalo" na banca?
03 Julho 2012 | 14:15
Diogo Cavaleiro - diogocavaleiro@negocios.pt
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Uma investigação do "Wall Street Journal" tornou pública, em 2008, a possibilidade de a taxa interbancária Libor estar a ser manipulada pelos bancos que a definem. Na semana passada, o caso voltou à ribalta com o Barclays a admitir falhas na definição dessa taxa. Hoje, o CEO do banco britânico demitiu-se. O caso não fica por aqui.
O “escândalo” da Libor está nos sites dos principais jornais de todo o mundo. Já colocou grandes bancos sob investigação. Já causou uma revolução no Barclays, com a demissão do presidente executivo e do “chairman”. Já conduziu à abertura de uma comissão parlamentar no Reino Unido. Que investigação é esta à Libor? Afinal, o que é a Libor?
O que é a Libor
Libor: London Interbank Offered Rate. É a taxa média a que os bancos estão dispostos a pagar para pedirem dinheiro emprestado a outra entidade financeira. Na prática, é como a Euribor (Euro Interbank Offered Rate). A diferença é que a Libor é a média resultante das taxas lançadas por um conjunto de bancos presentes no mercado londrino e a Euribor está limitada ao mercado de bancos europeus.
A Libor é calculada diariamente, tal como a Euribor, mas em dez divisas diferentes. A responsável pelo cálculo é a Associação de Banqueiros Britânicos (BBA – British Bankers’ Association), que indica, então, qual o custo médio que um grupo de bancos considera ter para emprestar a outros bancos ou para pedir emprestado.
A Libor é vista como a mais importante taxa de referência nos empréstimos a curto prazo. É utilizada, entre outras funções, como indexada a produtos financeiros como futuros e opções, sendo, igualmente, utilizada como a taxa que os bancos associam a empréstimos e depósitos.
O que está a ser investigado
O “Wall Street Journal” noticiou, em Maio de 2008, há quatro anos, que um grupo de grandes bancos, entre os quais o UBS e o Citigroup, estariam a apresentar custos de financiamento significativamente mais baixos para o cálculo da Libor do que aqueles que o mercado parecia assumir. Ou sejam, apresentavam taxas mais baixas do que as que estavam dispostos a pagar para pedir dinheiro emprestado a outros bancos.
Escrevia nessa altura o jornal que alguns bancos manipulavam a taxa e essa influência na definição das Libor era para proveito próprio. Os bancos terão apresentado números bastantes mais baixos do que aqueles que o mercado justificava, tentando esconder a pressão interbancária que se fazia sentir na altura em que emergia a crise financeira.
A Financial Services Authority (Autoridade dos Serviços Financeiros, em tradução literal) lançou uma investigação a vários bancos, tal como a norte-americana Commodity Futures Trading Commission (CFTC – comissão para a negociação de futuros de “commodities”). O departamento de Justiça dos Estados Unidos também segue a sua investigação e a manipulação da Libor também está sob o olhar das autoridades da Ásia. No caso dos bancos europeus, também a definição da Euribor está a ser investigada.
Demissões no Barclays
Na semana passada, o Barclays chegou a acordo com três autoridades que instauraram investigações. O banco aceitou pagar uma coima que ascendeu a 455 milhões de dólares às três entidades, admitindo, por isso, a manipulação da taxa. Nesse montante, está incluído uma penalização nunca antes paga à autoridade britânica.
O Barclays foi o primeiro a alcançar um acordo com as autoridades norte-americanas e britânica (departamento de Justiça, CFTC e FSA).Mas as investigações incluem o Citigroup, o Deutsche Bank, o HSBC, o JPMorgan Chase e o Royal Bank of Scotland, entre outros.
A decisão trouxe um “escândalo” para os mercados, colocando-se pressão sobre o Barclays que já levou a uma revolução no banco britânico. O “chairman” Marcus Agius demitiu-se do cargo ontem, mantendo-se até a administração do banco ser alinhada. Hoje, foi a vez do presidente executivo Robert Diamond anunciar a saída do banco. Neste caso, com “efeitos imediatos”. A pressão política, como Diamond admitiu no comunicado em que anunciou a saída, foi demasiado grande para que pudesse continuar como CEO do Barclays.
O que se segue no Reino Unido
David Cameron, o primeiro-ministro do Reino Unido, classificou, ontem, como um “escândalo” a manipulação à volta da Libor, em declarações no Parlamento britânico. "As pessoas querem ver duas coisas. Querem ver punidos os banqueiros que agiram de forma imprópria e querem saber se retiramos conclusões de maior alcance", comentou, citado pelo “The Telegraph”.
Foi anunciada, por isso, uma comissão conjunta da Câmara dos Comuns e da Câmara dos Lordes (câmaras do Parlamento britânico) em torno do escândalo. Diamond irá amanhã testemunhar perante os deputados.
O Serious Fraud Office, entidade independente do governo que investiga casos de fraude e corrupção, está a ponderar avançar com acusações criminais. Deverá chegar a uma conclusão dentro de um mês.
O responsável pela pasta das Finanças, George Osborne, lançou, segundo a “BBC News”, uma análise às mudanças que serão necessárias para um cálculo mais viável da Libor. Entretanto, já veio dizer que a demissão de Robert Diamond “foi a decisão certa para o país”.
03 Julho 2012 | 14:15
Diogo Cavaleiro - diogocavaleiro@negocios.pt
Uma investigação do "Wall Street Journal" tornou pública, em 2008, a possibilidade de a taxa interbancária Libor estar a ser manipulada pelos bancos que a definem. Na semana passada, o caso voltou à ribalta com o Barclays a admitir falhas na definição dessa taxa. Hoje, o CEO do banco britânico demitiu-se. O caso não fica por aqui.
O “escândalo” da Libor está nos sites dos principais jornais de todo o mundo. Já colocou grandes bancos sob investigação. Já causou uma revolução no Barclays, com a demissão do presidente executivo e do “chairman”. Já conduziu à abertura de uma comissão parlamentar no Reino Unido. Que investigação é esta à Libor? Afinal, o que é a Libor?
O que é a Libor
Libor: London Interbank Offered Rate. É a taxa média a que os bancos estão dispostos a pagar para pedirem dinheiro emprestado a outra entidade financeira. Na prática, é como a Euribor (Euro Interbank Offered Rate). A diferença é que a Libor é a média resultante das taxas lançadas por um conjunto de bancos presentes no mercado londrino e a Euribor está limitada ao mercado de bancos europeus.
A Libor é calculada diariamente, tal como a Euribor, mas em dez divisas diferentes. A responsável pelo cálculo é a Associação de Banqueiros Britânicos (BBA – British Bankers’ Association), que indica, então, qual o custo médio que um grupo de bancos considera ter para emprestar a outros bancos ou para pedir emprestado.
A Libor é vista como a mais importante taxa de referência nos empréstimos a curto prazo. É utilizada, entre outras funções, como indexada a produtos financeiros como futuros e opções, sendo, igualmente, utilizada como a taxa que os bancos associam a empréstimos e depósitos.
O que está a ser investigado
O “Wall Street Journal” noticiou, em Maio de 2008, há quatro anos, que um grupo de grandes bancos, entre os quais o UBS e o Citigroup, estariam a apresentar custos de financiamento significativamente mais baixos para o cálculo da Libor do que aqueles que o mercado parecia assumir. Ou sejam, apresentavam taxas mais baixas do que as que estavam dispostos a pagar para pedir dinheiro emprestado a outros bancos.
Escrevia nessa altura o jornal que alguns bancos manipulavam a taxa e essa influência na definição das Libor era para proveito próprio. Os bancos terão apresentado números bastantes mais baixos do que aqueles que o mercado justificava, tentando esconder a pressão interbancária que se fazia sentir na altura em que emergia a crise financeira.
A Financial Services Authority (Autoridade dos Serviços Financeiros, em tradução literal) lançou uma investigação a vários bancos, tal como a norte-americana Commodity Futures Trading Commission (CFTC – comissão para a negociação de futuros de “commodities”). O departamento de Justiça dos Estados Unidos também segue a sua investigação e a manipulação da Libor também está sob o olhar das autoridades da Ásia. No caso dos bancos europeus, também a definição da Euribor está a ser investigada.
Demissões no Barclays
Na semana passada, o Barclays chegou a acordo com três autoridades que instauraram investigações. O banco aceitou pagar uma coima que ascendeu a 455 milhões de dólares às três entidades, admitindo, por isso, a manipulação da taxa. Nesse montante, está incluído uma penalização nunca antes paga à autoridade britânica.
O Barclays foi o primeiro a alcançar um acordo com as autoridades norte-americanas e britânica (departamento de Justiça, CFTC e FSA).Mas as investigações incluem o Citigroup, o Deutsche Bank, o HSBC, o JPMorgan Chase e o Royal Bank of Scotland, entre outros.
A decisão trouxe um “escândalo” para os mercados, colocando-se pressão sobre o Barclays que já levou a uma revolução no banco britânico. O “chairman” Marcus Agius demitiu-se do cargo ontem, mantendo-se até a administração do banco ser alinhada. Hoje, foi a vez do presidente executivo Robert Diamond anunciar a saída do banco. Neste caso, com “efeitos imediatos”. A pressão política, como Diamond admitiu no comunicado em que anunciou a saída, foi demasiado grande para que pudesse continuar como CEO do Barclays.
O que se segue no Reino Unido
David Cameron, o primeiro-ministro do Reino Unido, classificou, ontem, como um “escândalo” a manipulação à volta da Libor, em declarações no Parlamento britânico. "As pessoas querem ver duas coisas. Querem ver punidos os banqueiros que agiram de forma imprópria e querem saber se retiramos conclusões de maior alcance", comentou, citado pelo “The Telegraph”.
Foi anunciada, por isso, uma comissão conjunta da Câmara dos Comuns e da Câmara dos Lordes (câmaras do Parlamento britânico) em torno do escândalo. Diamond irá amanhã testemunhar perante os deputados.
O Serious Fraud Office, entidade independente do governo que investiga casos de fraude e corrupção, está a ponderar avançar com acusações criminais. Deverá chegar a uma conclusão dentro de um mês.
O responsável pela pasta das Finanças, George Osborne, lançou, segundo a “BBC News”, uma análise às mudanças que serão necessárias para um cálculo mais viável da Libor. Entretanto, já veio dizer que a demissão de Robert Diamond “foi a decisão certa para o país”. [/b]
03 Julho 2012 | 14:15
Diogo Cavaleiro - diogocavaleiro@negocios.pt
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Uma investigação do "Wall Street Journal" tornou pública, em 2008, a possibilidade de a taxa interbancária Libor estar a ser manipulada pelos bancos que a definem. Na semana passada, o caso voltou à ribalta com o Barclays a admitir falhas na definição dessa taxa. Hoje, o CEO do banco britânico demitiu-se. O caso não fica por aqui.
O “escândalo” da Libor está nos sites dos principais jornais de todo o mundo. Já colocou grandes bancos sob investigação. Já causou uma revolução no Barclays, com a demissão do presidente executivo e do “chairman”. Já conduziu à abertura de uma comissão parlamentar no Reino Unido. Que investigação é esta à Libor? Afinal, o que é a Libor?
O que é a Libor
Libor: London Interbank Offered Rate. É a taxa média a que os bancos estão dispostos a pagar para pedirem dinheiro emprestado a outra entidade financeira. Na prática, é como a Euribor (Euro Interbank Offered Rate). A diferença é que a Libor é a média resultante das taxas lançadas por um conjunto de bancos presentes no mercado londrino e a Euribor está limitada ao mercado de bancos europeus.
A Libor é calculada diariamente, tal como a Euribor, mas em dez divisas diferentes. A responsável pelo cálculo é a Associação de Banqueiros Britânicos (BBA – British Bankers’ Association), que indica, então, qual o custo médio que um grupo de bancos considera ter para emprestar a outros bancos ou para pedir emprestado.
A Libor é vista como a mais importante taxa de referência nos empréstimos a curto prazo. É utilizada, entre outras funções, como indexada a produtos financeiros como futuros e opções, sendo, igualmente, utilizada como a taxa que os bancos associam a empréstimos e depósitos.
O que está a ser investigado
O “Wall Street Journal” noticiou, em Maio de 2008, há quatro anos, que um grupo de grandes bancos, entre os quais o UBS e o Citigroup, estariam a apresentar custos de financiamento significativamente mais baixos para o cálculo da Libor do que aqueles que o mercado parecia assumir. Ou sejam, apresentavam taxas mais baixas do que as que estavam dispostos a pagar para pedir dinheiro emprestado a outros bancos.
Escrevia nessa altura o jornal que alguns bancos manipulavam a taxa e essa influência na definição das Libor era para proveito próprio. Os bancos terão apresentado números bastantes mais baixos do que aqueles que o mercado justificava, tentando esconder a pressão interbancária que se fazia sentir na altura em que emergia a crise financeira.
A Financial Services Authority (Autoridade dos Serviços Financeiros, em tradução literal) lançou uma investigação a vários bancos, tal como a norte-americana Commodity Futures Trading Commission (CFTC – comissão para a negociação de futuros de “commodities”). O departamento de Justiça dos Estados Unidos também segue a sua investigação e a manipulação da Libor também está sob o olhar das autoridades da Ásia. No caso dos bancos europeus, também a definição da Euribor está a ser investigada.
Demissões no Barclays
Na semana passada, o Barclays chegou a acordo com três autoridades que instauraram investigações. O banco aceitou pagar uma coima que ascendeu a 455 milhões de dólares às três entidades, admitindo, por isso, a manipulação da taxa. Nesse montante, está incluído uma penalização nunca antes paga à autoridade britânica.
O Barclays foi o primeiro a alcançar um acordo com as autoridades norte-americanas e britânica (departamento de Justiça, CFTC e FSA).Mas as investigações incluem o Citigroup, o Deutsche Bank, o HSBC, o JPMorgan Chase e o Royal Bank of Scotland, entre outros.
A decisão trouxe um “escândalo” para os mercados, colocando-se pressão sobre o Barclays que já levou a uma revolução no banco britânico. O “chairman” Marcus Agius demitiu-se do cargo ontem, mantendo-se até a administração do banco ser alinhada. Hoje, foi a vez do presidente executivo Robert Diamond anunciar a saída do banco. Neste caso, com “efeitos imediatos”. A pressão política, como Diamond admitiu no comunicado em que anunciou a saída, foi demasiado grande para que pudesse continuar como CEO do Barclays.
O que se segue no Reino Unido
David Cameron, o primeiro-ministro do Reino Unido, classificou, ontem, como um “escândalo” a manipulação à volta da Libor, em declarações no Parlamento britânico. "As pessoas querem ver duas coisas. Querem ver punidos os banqueiros que agiram de forma imprópria e querem saber se retiramos conclusões de maior alcance", comentou, citado pelo “The Telegraph”.
Foi anunciada, por isso, uma comissão conjunta da Câmara dos Comuns e da Câmara dos Lordes (câmaras do Parlamento britânico) em torno do escândalo. Diamond irá amanhã testemunhar perante os deputados.
O Serious Fraud Office, entidade independente do governo que investiga casos de fraude e corrupção, está a ponderar avançar com acusações criminais. Deverá chegar a uma conclusão dentro de um mês.
O responsável pela pasta das Finanças, George Osborne, lançou, segundo a “BBC News”, uma análise às mudanças que serão necessárias para um cálculo mais viável da Libor. Entretanto, já veio dizer que a demissão de Robert Diamond “foi a decisão certa para o país”.
03 Julho 2012 | 14:15
Diogo Cavaleiro - diogocavaleiro@negocios.pt
Uma investigação do "Wall Street Journal" tornou pública, em 2008, a possibilidade de a taxa interbancária Libor estar a ser manipulada pelos bancos que a definem. Na semana passada, o caso voltou à ribalta com o Barclays a admitir falhas na definição dessa taxa. Hoje, o CEO do banco britânico demitiu-se. O caso não fica por aqui.
O “escândalo” da Libor está nos sites dos principais jornais de todo o mundo. Já colocou grandes bancos sob investigação. Já causou uma revolução no Barclays, com a demissão do presidente executivo e do “chairman”. Já conduziu à abertura de uma comissão parlamentar no Reino Unido. Que investigação é esta à Libor? Afinal, o que é a Libor?
O que é a Libor
Libor: London Interbank Offered Rate. É a taxa média a que os bancos estão dispostos a pagar para pedirem dinheiro emprestado a outra entidade financeira. Na prática, é como a Euribor (Euro Interbank Offered Rate). A diferença é que a Libor é a média resultante das taxas lançadas por um conjunto de bancos presentes no mercado londrino e a Euribor está limitada ao mercado de bancos europeus.
A Libor é calculada diariamente, tal como a Euribor, mas em dez divisas diferentes. A responsável pelo cálculo é a Associação de Banqueiros Britânicos (BBA – British Bankers’ Association), que indica, então, qual o custo médio que um grupo de bancos considera ter para emprestar a outros bancos ou para pedir emprestado.
A Libor é vista como a mais importante taxa de referência nos empréstimos a curto prazo. É utilizada, entre outras funções, como indexada a produtos financeiros como futuros e opções, sendo, igualmente, utilizada como a taxa que os bancos associam a empréstimos e depósitos.
O que está a ser investigado
O “Wall Street Journal” noticiou, em Maio de 2008, há quatro anos, que um grupo de grandes bancos, entre os quais o UBS e o Citigroup, estariam a apresentar custos de financiamento significativamente mais baixos para o cálculo da Libor do que aqueles que o mercado parecia assumir. Ou sejam, apresentavam taxas mais baixas do que as que estavam dispostos a pagar para pedir dinheiro emprestado a outros bancos.
Escrevia nessa altura o jornal que alguns bancos manipulavam a taxa e essa influência na definição das Libor era para proveito próprio. Os bancos terão apresentado números bastantes mais baixos do que aqueles que o mercado justificava, tentando esconder a pressão interbancária que se fazia sentir na altura em que emergia a crise financeira.
A Financial Services Authority (Autoridade dos Serviços Financeiros, em tradução literal) lançou uma investigação a vários bancos, tal como a norte-americana Commodity Futures Trading Commission (CFTC – comissão para a negociação de futuros de “commodities”). O departamento de Justiça dos Estados Unidos também segue a sua investigação e a manipulação da Libor também está sob o olhar das autoridades da Ásia. No caso dos bancos europeus, também a definição da Euribor está a ser investigada.
Demissões no Barclays
Na semana passada, o Barclays chegou a acordo com três autoridades que instauraram investigações. O banco aceitou pagar uma coima que ascendeu a 455 milhões de dólares às três entidades, admitindo, por isso, a manipulação da taxa. Nesse montante, está incluído uma penalização nunca antes paga à autoridade britânica.
O Barclays foi o primeiro a alcançar um acordo com as autoridades norte-americanas e britânica (departamento de Justiça, CFTC e FSA).Mas as investigações incluem o Citigroup, o Deutsche Bank, o HSBC, o JPMorgan Chase e o Royal Bank of Scotland, entre outros.
A decisão trouxe um “escândalo” para os mercados, colocando-se pressão sobre o Barclays que já levou a uma revolução no banco britânico. O “chairman” Marcus Agius demitiu-se do cargo ontem, mantendo-se até a administração do banco ser alinhada. Hoje, foi a vez do presidente executivo Robert Diamond anunciar a saída do banco. Neste caso, com “efeitos imediatos”. A pressão política, como Diamond admitiu no comunicado em que anunciou a saída, foi demasiado grande para que pudesse continuar como CEO do Barclays.
O que se segue no Reino Unido
David Cameron, o primeiro-ministro do Reino Unido, classificou, ontem, como um “escândalo” a manipulação à volta da Libor, em declarações no Parlamento britânico. "As pessoas querem ver duas coisas. Querem ver punidos os banqueiros que agiram de forma imprópria e querem saber se retiramos conclusões de maior alcance", comentou, citado pelo “The Telegraph”.
Foi anunciada, por isso, uma comissão conjunta da Câmara dos Comuns e da Câmara dos Lordes (câmaras do Parlamento britânico) em torno do escândalo. Diamond irá amanhã testemunhar perante os deputados.
O Serious Fraud Office, entidade independente do governo que investiga casos de fraude e corrupção, está a ponderar avançar com acusações criminais. Deverá chegar a uma conclusão dentro de um mês.
O responsável pela pasta das Finanças, George Osborne, lançou, segundo a “BBC News”, uma análise às mudanças que serão necessárias para um cálculo mais viável da Libor. Entretanto, já veio dizer que a demissão de Robert Diamond “foi a decisão certa para o país”. [/b]
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
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