arcelo Rebelo de Sousa: Passos Coelho "tem de retocar a equipa governamental"

arcelo Rebelo de Sousa: Passos Coelho "tem de retocar a equipa governamental"
13 Agosto 2012 | 09:33
Jornal de Negócios Online - negocios@negocios.pt


Marcelo Rebelo de Sousa considera que é preciso uma reformulação do Governo. E aponta as pastas mais críticas: Economia e Agricultura, sem deixar de fora Miguel Relvas.
Passos Coelho “tem de retocar a equipa governamental. Acho que tem de retocar e uma das linhas é óbvia: é a Economia. É preciso acento tónico na Economia. É preciso repensar aquele Ministério”, defendeu o comentador político no comentário semanal da TVI. “Não sei se [Álvaro Santos Pereira] é o primeiro ministro a ser substituído, mas acho que num retocar do Governo é preciso alguém que marque mais na economia. Ele tem um mérito enorme. Até ganhei simpatia pelo ministro, mas é curto. Quer dizer, é curto para mobilizar os partidos, os parceiros económicos e sociais. É curto para um Ministério daquela dimensão.”

Marcelo Rebelo de Sousa considera também “desejável” que fosse “necessário mexer num Ministério como o da ministra Assunção Cristas, que é outro Ministério impossível.”

“São dois Ministérios impossíveis tal qual como estão”, acrescenta.

“Até pode a ministra ficar com outro tipo pasta ou parte da pasta, mas faria sentido que se separasse” as diversas áreas que estão agregadas no Ministério.

O comentador político adianta ainda que “a coordenação política e comunicação é fundamental. Com ministro Relvas ou sem ministro Relvas. Pode até o ministro Relvas ficar lá se o primeiro-ministro não pode ou não quer tirá-lo”, mas “põe-se ao lado dele outro que faça aquilo que ele não pode e não tem condições para fazer.”

“Porque o problema é o seguinte: o número dois do Governo tem, entre outras funções, cobrir o primeiro-ministro. O que tem acontecido é que é o primeiro-ministro a cobrir o número dois. O que tem acontecido nos últimos meses é o primeiro-ministro a ter de ir a todas ou quase todas porque em muitas delas [Miguel Relvas] não poderia ir, porque não teria peso para isso.”

“Não digo que [a reformulação] seja a correr”, mas “acho que facilita a segunda fase ser feito ou antes do Orçamento do Estado ou a seguir ao Orçamento do Estado.”
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