Portugal - Balcão de negociatas..
Vagueando na Notícia :: Salas das mesas de grandes debates de noticias :: Professor Dr e mister Mokas faz a analise do Mundo
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Portugal - Balcão de negociatas..
Portugal - Balcão de negociatas...
31.08.2012 |
Fonte de informações: Pravda.ru
Ponta Delgada, 28 de Agosto de 2012
Em maio deste ano, no âmbito de uma
embaixada empresarial, o Presidente Cavaco Silva, visitou vários países
do Sudeste da Ásia e a Austrália. A expressão chave da sua mensagem aos
potenciais investidores estrangeiros foi: Portugal: uma Oportunidade de
Negócios.
Esta "missão empresarial" pode até ter
sido positiva. Mas não foi. E não foi, porque reflete a emergência de
quem está "com a corda na garganta"... Nessa circunstância, o potencial
interessado nos ativos públicos, tenderá a fazer ofertas inferiores ao
seu valor de mercado.
Tal emergência tem uma correlação direta
com a Crise Financeira Internacional, mas também com a fidelidade
ideológica dos sucessivos governos rendidos à Economia de Mercado. Como
temos escrito, a Crise é instrumental, ou seja, foi provocada com
objetivos claros de se obter ganhos económicos e políticos para os seus
mentores: a Oligarquia Financeira Internacional, que é acolitada por uma
miríade de "testas de ferro" instalados nos governos nacionais e nas
organizações internacionais, como o FMI, Banco Mundial, Comissão
Europeia, OMC, etc. em que, mais não fazem que defender os interesses
dos seus patronos.
O facto do Economista António Borges, um
desses acólitos, ter sido designado pelo atual governo para conselheiro
das privatizações não é um acaso... Como também não é, ter sido ele a
anunciar a hipótese de concessão da RTP ao setor privado, proposta que
está a levantar dúvidas e indignação num vasto leque da opinião pública.
E não vale a pena dizer que o processo tem que ser transparente, quando
não é legítimo.
Durante 8 anos, de 2000 a 2008, António
Borges foi um alto funcionário do Goldman Sachs, tendo dirigido os
interesses deste banco comercial na Europa, que é especializado em
fusões e aquisições. Ao mesmo tempo que presta serviços de consultadoria
aos seus clientes, serve-se do conhecimento privilegiado que obtém dos
negócios, para atuar no seu próprio interesse, como mais um interessado,
o que configura o delito de conflito de interesses à luz do código
comercial dos USA. Por essa razão foi recentemente objeto de inquérito a
nível do Senado, sem contudo ter sofrido quaisquer sanções. Pudera, os
seus tentáculos chegam a todo o lado...
De acordo com a cultura empresarial
daquele banco, uma vez colaborador do Goldman Sachs, Goldman Sachs
sempre... António Borges, como membro de uma elite financeira altamente
cotada entre os seus pares, à qual também pertencem os seus colegas
Mário Draghi, Mário Monti, Lucas Papademos, mantém-se fiel aos desígnios
do banco, mesmo já não pertencendo aos quadros dirigentes do mesmo.
Segundo Marc Roche, correspondente financeiro do Jornal Le Monde, em
Londres, estes homens "São simultaneamente um grupo de pressão, uma
associação de colheita de informações, uma rede de ajuda mútua. São os
companheiros, os mestres e os grão-mestres levados a espalhar no
universo a verdade adquirida na loja", o Glodman Sachs.
A é RTP (Rádio Televisão Portuguesa),
independentemente da forma da sua entrega ao Capital Privado, será
sempre um negócio da China... Porquê? Por que aquela empresa pública tem
financiamento garantido através de uma taxa obrigatória cobrada na
fatura do consumo de eletricidade, correspondendo neste momento a cerca
de 140 milhões de Euros anuais, quer faça sol ou chuva... Isto sem
contar com os contratos de publicidade, que atualmente rondam os 60
milhões de Euros. Os custos atuais de exploração rondam os 180 milhões
de Euros, tendo alcançado exercícios positivos nos últimos 3 anos.
Evidentemente que quem ficar com a RTP, vai emagrecer os custos sociais
da empresa, com a supressão de postos de trabalho e a renegociação em
baixa dos contratos individuais, como aliás deixou perceber o Dr.
António Borges. Entretanto o negócio renderá ao Estado, numa avaliação
otimista, a "módica" quantia 100 milhões de Euros, conforme já ouvimos
num noticiário.
Ora isto a acontecer será mais um
exemplo de delapidação do Património Público, a juntar a outros do
passado, sendo o mais recente e escandaloso o caso BPN (Banco Português
de Negócios), que salvo da falência com dinheiros públicos, cerca de 2,7
mil milhões de Euros, que agravaram a Dívida Soberana do País, foi
vendido aos amiguinhos do BIC Angola por 40 milhões de Euros, depois de
rejeitada a proposta do Montepio de 100 milhões de Euros... Pelo menos
dava mais uns cobres... Será que foi como reparação histórica de 500 anos de Colonialismo Português?
Se o Estado fosse um particular, poderia
fazer o que quisesse com o seu património. Apenas os herdeiros teriam o
direito de reclamar... Mas não é. Os governos são eleitos para
governarem no interesse geral e comum do País, pelo que, tratando-se de
ativos públicos, não os deveria alienar sem consentimento dos seus
proprietários, ou seja, os contribuintes.
Patriotas, a Pátria convoca-vos!
Artur Rosa Teixeira
(artur.teixeira1946@gmail.com)
31.08.2012 |
Fonte de informações: Pravda.ru
Ponta Delgada, 28 de Agosto de 2012
Em maio deste ano, no âmbito de uma
embaixada empresarial, o Presidente Cavaco Silva, visitou vários países
do Sudeste da Ásia e a Austrália. A expressão chave da sua mensagem aos
potenciais investidores estrangeiros foi: Portugal: uma Oportunidade de
Negócios.
Esta "missão empresarial" pode até ter
sido positiva. Mas não foi. E não foi, porque reflete a emergência de
quem está "com a corda na garganta"... Nessa circunstância, o potencial
interessado nos ativos públicos, tenderá a fazer ofertas inferiores ao
seu valor de mercado.
Tal emergência tem uma correlação direta
com a Crise Financeira Internacional, mas também com a fidelidade
ideológica dos sucessivos governos rendidos à Economia de Mercado. Como
temos escrito, a Crise é instrumental, ou seja, foi provocada com
objetivos claros de se obter ganhos económicos e políticos para os seus
mentores: a Oligarquia Financeira Internacional, que é acolitada por uma
miríade de "testas de ferro" instalados nos governos nacionais e nas
organizações internacionais, como o FMI, Banco Mundial, Comissão
Europeia, OMC, etc. em que, mais não fazem que defender os interesses
dos seus patronos.
O facto do Economista António Borges, um
desses acólitos, ter sido designado pelo atual governo para conselheiro
das privatizações não é um acaso... Como também não é, ter sido ele a
anunciar a hipótese de concessão da RTP ao setor privado, proposta que
está a levantar dúvidas e indignação num vasto leque da opinião pública.
E não vale a pena dizer que o processo tem que ser transparente, quando
não é legítimo.
Durante 8 anos, de 2000 a 2008, António
Borges foi um alto funcionário do Goldman Sachs, tendo dirigido os
interesses deste banco comercial na Europa, que é especializado em
fusões e aquisições. Ao mesmo tempo que presta serviços de consultadoria
aos seus clientes, serve-se do conhecimento privilegiado que obtém dos
negócios, para atuar no seu próprio interesse, como mais um interessado,
o que configura o delito de conflito de interesses à luz do código
comercial dos USA. Por essa razão foi recentemente objeto de inquérito a
nível do Senado, sem contudo ter sofrido quaisquer sanções. Pudera, os
seus tentáculos chegam a todo o lado...
De acordo com a cultura empresarial
daquele banco, uma vez colaborador do Goldman Sachs, Goldman Sachs
sempre... António Borges, como membro de uma elite financeira altamente
cotada entre os seus pares, à qual também pertencem os seus colegas
Mário Draghi, Mário Monti, Lucas Papademos, mantém-se fiel aos desígnios
do banco, mesmo já não pertencendo aos quadros dirigentes do mesmo.
Segundo Marc Roche, correspondente financeiro do Jornal Le Monde, em
Londres, estes homens "São simultaneamente um grupo de pressão, uma
associação de colheita de informações, uma rede de ajuda mútua. São os
companheiros, os mestres e os grão-mestres levados a espalhar no
universo a verdade adquirida na loja", o Glodman Sachs.
A é RTP (Rádio Televisão Portuguesa),
independentemente da forma da sua entrega ao Capital Privado, será
sempre um negócio da China... Porquê? Por que aquela empresa pública tem
financiamento garantido através de uma taxa obrigatória cobrada na
fatura do consumo de eletricidade, correspondendo neste momento a cerca
de 140 milhões de Euros anuais, quer faça sol ou chuva... Isto sem
contar com os contratos de publicidade, que atualmente rondam os 60
milhões de Euros. Os custos atuais de exploração rondam os 180 milhões
de Euros, tendo alcançado exercícios positivos nos últimos 3 anos.
Evidentemente que quem ficar com a RTP, vai emagrecer os custos sociais
da empresa, com a supressão de postos de trabalho e a renegociação em
baixa dos contratos individuais, como aliás deixou perceber o Dr.
António Borges. Entretanto o negócio renderá ao Estado, numa avaliação
otimista, a "módica" quantia 100 milhões de Euros, conforme já ouvimos
num noticiário.
Ora isto a acontecer será mais um
exemplo de delapidação do Património Público, a juntar a outros do
passado, sendo o mais recente e escandaloso o caso BPN (Banco Português
de Negócios), que salvo da falência com dinheiros públicos, cerca de 2,7
mil milhões de Euros, que agravaram a Dívida Soberana do País, foi
vendido aos amiguinhos do BIC Angola por 40 milhões de Euros, depois de
rejeitada a proposta do Montepio de 100 milhões de Euros... Pelo menos
dava mais uns cobres... Será que foi como reparação histórica de 500 anos de Colonialismo Português?
Se o Estado fosse um particular, poderia
fazer o que quisesse com o seu património. Apenas os herdeiros teriam o
direito de reclamar... Mas não é. Os governos são eleitos para
governarem no interesse geral e comum do País, pelo que, tratando-se de
ativos públicos, não os deveria alienar sem consentimento dos seus
proprietários, ou seja, os contribuintes.
Patriotas, a Pátria convoca-vos!
Artur Rosa Teixeira
(artur.teixeira1946@gmail.com)
_________________
Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 118178
Re: Portugal - Balcão de negociatas..
O facto do Economista António Borges, um
desses acólitos, ter sido designado pelo atual governo para conselheiro
das privatizações não é um acaso... Como também não é, ter sido ele a
anunciar a hipótese de concessão da RTP ao setor privado, proposta que
está a levantar dúvidas e indignação num vasto leque da opinião pública.
E não vale a pena dizer que o processo tem que ser transparente, quando
não é legítimo.
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