Marcelo Rebelo de Sousa: "Quem entalou o PSD e o primeiro-ministro foi Paulo Portas"
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Marcelo Rebelo de Sousa: "Quem entalou o PSD e o primeiro-ministro foi Paulo Portas"
Marcelo Rebelo de Sousa: "Quem entalou o PSD e o primeiro-ministro foi Paulo Portas"
17 Setembro 2012 | 00:42
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Professor diz que
Passos Coelho sai enfraquecido com as divergências na coligação mas que
está obrigado a ficar amarrado a Portas até ao verão de 2014. Quanto à
TSU, acredita que as dúvidas sobre a sua constitucionalidade serão uma
desculpa para recuar na medida.
O ex-líder do PSD critica o comportamento de Paulo Portas mas também não poupa críticas a Passos Coelho.
No seu habitual comentário na TVI,
Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que o primeiro-ministro “esteve
razoavelmente preparado” na entrevista à RTP, mas destacou o insólito de
assistir a um primeiro-ministro “a pedir batatinhas ao PP”.
Contrariando o que muitos defenderam, que Passos “entalou” Portas na
referida entrevista, Marcelo considera que o primeiro-ministro “sai
muito enfraquecido, sobretudo nas relações com o PP”, pois “quem entalou
o PSD e o primeiro-ministro foi Paulo Portas”.
Para Marcelo
Rebelo de Sousa o comportamento de Paulo Portas, que demorou uma semana a
reagir às medidas de austeridade e só depois da entrevista de Passos à
RTP, “foi um taque à coligação e ao primeiro-ministro”, pois trouxe a
público “as divergências na coligação”.
“Se o primeiro-ministro
pensava que ia entalar Portas saiu entalado”, afirmou o professor,
acusando Portas de não ter resolvido em privado a divergência com as
alterações na TSU. “E se o queria fazer em público demorava um dia e não
seis”, acrescentou.
Apesar de acreditar que “não haverá ruptura
na coligação, nem chumbo no orçamento”, pois não “há espaço para
veleidades” nesta crise, Marcelo teme que as pessoas não entendam esta
divergência na coligação.
Quanto à resposta que o PSD vai dar à
declaração de Portas, Marcelo diz que o “PSD tem que ter juízo agora”,
pois “não vai fazer a mesma coisa que fez Portas. Espero que o PSD tenha
categoria para dizer que não responde a Portas”.
Questionado
sobre se a coligação está “ligada à máquina”, Marcelo responde que
Passos e Portas “têm de olhar para o interesse do País, pelo menos até
ao Verão de 2014. Mas Passos Coelho não pense que consegue entalar
Portas. Estão obrigados a estar amarrados um ao outro”.
Criticou
Passos Coelho por não respeitar Seguro, salientando que no anúncio das
medidas de austeridade “não se liga ao líder da oposição uma hora antes
de anunciar ao País”.
Mas também não poupa críticas ao líder da
oposição, classificando de precipitação a ameaça com a moção de censura.
“Não queremos provocar uma crise e então a moção de censura é para quê?
É para brincar?”, questionou. Seguro “passou do silêncio ensurdecedor
para um excesso que foi a moção de censura”, considerou.
Quanto ao papel de Cavaco, Marcelo discordou de Manuela Ferreira Leite e considerou que o Presidente da República tem de intervir, ainda que “forma discreta”.
Em relação à manifestação de Sábado, concluiu que “foi além daquilo que
pensava” e que “a maioria silenciosa manifestou-se. O povo disse: não
compreendemos isto e não nos identificamos com isto”.
Dúvidas sobre constitucionalidade pode servir de desculpa para recuar na TSU
Não
poupando nas críticas ao primeiro-ministro, Marcelo afirmou que havia
espaço para tributar de forma mais acentuada o capital, bem como os
rendimentos mais elevados.
Mas para Marcelo Rebelo de Sousa o ponto polémico é a TSU, pois “não há nenhum País no mundo com esta medida”.
O professor acredita que esta medida pode levantar dúvidas ao Tribunal Constitucional,
já que não é uma medida de excepção e não dá nada ao Orçamento. “Pode
dar que falar em termos de constitucionalidade”, diz Marcelo que por
outro lado adianta já que pode também ser uma “desculpa para o Governo
recuar no todo ou em parte” com as alterações na TSU.
Mudar de discurso
Nas críticas que fez a Passos, Marcelo salientou uma das frases ditas
pelo primeiro-ministro na entrevista à RTP, quando este culpou os
portugueses por terem consumido menos em 2012. Para Marcelo, a mensagem
que passou foi: “Eu sou perfeito. Vocês [portugueses], suas bestas, é
que estragaram tudo”.
“Há que acertar o discurso. Ele quer que poupemos ou que consumamos”, questionou.
Além de mudar o discurso, Marcelo voltou a apelar a uma remodelação.
Será um “sinal de que se pode mexer em termos orgânicos” e uma
“oportunidade de alargar [o Executivo] a novas pessoas, que tenham
capacidade de discurso”.
Relvas também não foi poupado, com
Marcelo a recordar que foi ele o primeiro-ministro a reagir às medidas
anunciadas na sexta-feira anterior por Passos Coelho. “No Brasil, de
camisa aberta, queimadinho, disse que não percebe porque os portugueses
estavam indignados”, afirmou Marcelo, concluindo que “há qui problemas
de equipa que o primeiro-ministro tem que enfrentar”.
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Passos Coelho sai enfraquecido com as divergências na coligação mas que
está obrigado a ficar amarrado a Portas até ao verão de 2014. Quanto à
TSU, acredita que as dúvidas sobre a sua constitucionalidade serão uma
desculpa para recuar na medida.
O ex-líder do PSD critica o comportamento de Paulo Portas mas também não poupa críticas a Passos Coelho.
No seu habitual comentário na TVI,
Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que o primeiro-ministro “esteve
razoavelmente preparado” na entrevista à RTP, mas destacou o insólito de
assistir a um primeiro-ministro “a pedir batatinhas ao PP”.
Contrariando o que muitos defenderam, que Passos “entalou” Portas na
referida entrevista, Marcelo considera que o primeiro-ministro “sai
muito enfraquecido, sobretudo nas relações com o PP”, pois “quem entalou
o PSD e o primeiro-ministro foi Paulo Portas”.
Para Marcelo
Rebelo de Sousa o comportamento de Paulo Portas, que demorou uma semana a
reagir às medidas de austeridade e só depois da entrevista de Passos à
RTP, “foi um taque à coligação e ao primeiro-ministro”, pois trouxe a
público “as divergências na coligação”.
“Se o primeiro-ministro
pensava que ia entalar Portas saiu entalado”, afirmou o professor,
acusando Portas de não ter resolvido em privado a divergência com as
alterações na TSU. “E se o queria fazer em público demorava um dia e não
seis”, acrescentou.
Apesar de acreditar que “não haverá ruptura
na coligação, nem chumbo no orçamento”, pois não “há espaço para
veleidades” nesta crise, Marcelo teme que as pessoas não entendam esta
divergência na coligação.
Quanto à resposta que o PSD vai dar à
declaração de Portas, Marcelo diz que o “PSD tem que ter juízo agora”,
pois “não vai fazer a mesma coisa que fez Portas. Espero que o PSD tenha
categoria para dizer que não responde a Portas”.
Questionado
sobre se a coligação está “ligada à máquina”, Marcelo responde que
Passos e Portas “têm de olhar para o interesse do País, pelo menos até
ao Verão de 2014. Mas Passos Coelho não pense que consegue entalar
Portas. Estão obrigados a estar amarrados um ao outro”.
Criticou
Passos Coelho por não respeitar Seguro, salientando que no anúncio das
medidas de austeridade “não se liga ao líder da oposição uma hora antes
de anunciar ao País”.
Mas também não poupa críticas ao líder da
oposição, classificando de precipitação a ameaça com a moção de censura.
“Não queremos provocar uma crise e então a moção de censura é para quê?
É para brincar?”, questionou. Seguro “passou do silêncio ensurdecedor
para um excesso que foi a moção de censura”, considerou.
Quanto ao papel de Cavaco, Marcelo discordou de Manuela Ferreira Leite e considerou que o Presidente da República tem de intervir, ainda que “forma discreta”.
Em relação à manifestação de Sábado, concluiu que “foi além daquilo que
pensava” e que “a maioria silenciosa manifestou-se. O povo disse: não
compreendemos isto e não nos identificamos com isto”.
Dúvidas sobre constitucionalidade pode servir de desculpa para recuar na TSU
Não
poupando nas críticas ao primeiro-ministro, Marcelo afirmou que havia
espaço para tributar de forma mais acentuada o capital, bem como os
rendimentos mais elevados.
Mas para Marcelo Rebelo de Sousa o ponto polémico é a TSU, pois “não há nenhum País no mundo com esta medida”.
O professor acredita que esta medida pode levantar dúvidas ao Tribunal Constitucional,
já que não é uma medida de excepção e não dá nada ao Orçamento. “Pode
dar que falar em termos de constitucionalidade”, diz Marcelo que por
outro lado adianta já que pode também ser uma “desculpa para o Governo
recuar no todo ou em parte” com as alterações na TSU.
Mudar de discurso
Nas críticas que fez a Passos, Marcelo salientou uma das frases ditas
pelo primeiro-ministro na entrevista à RTP, quando este culpou os
portugueses por terem consumido menos em 2012. Para Marcelo, a mensagem
que passou foi: “Eu sou perfeito. Vocês [portugueses], suas bestas, é
que estragaram tudo”.
“Há que acertar o discurso. Ele quer que poupemos ou que consumamos”, questionou.
Além de mudar o discurso, Marcelo voltou a apelar a uma remodelação.
Será um “sinal de que se pode mexer em termos orgânicos” e uma
“oportunidade de alargar [o Executivo] a novas pessoas, que tenham
capacidade de discurso”.
Relvas também não foi poupado, com
Marcelo a recordar que foi ele o primeiro-ministro a reagir às medidas
anunciadas na sexta-feira anterior por Passos Coelho. “No Brasil, de
camisa aberta, queimadinho, disse que não percebe porque os portugueses
estavam indignados”, afirmou Marcelo, concluindo que “há qui problemas
de equipa que o primeiro-ministro tem que enfrentar”.
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_________________
Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 118178
Re: Marcelo Rebelo de Sousa: "Quem entalou o PSD e o primeiro-ministro foi Paulo Portas"
.
Que me lembre, em qualquer das alturas em que o CDS integrou governos, foi sempre por ele, que as coligações rebentaram. Isto deveria pôr de pé atrás todo o partido com necessidade da sua "colaboração" governamental, não lhe dando pretexto para partir a loiça toda e ainda ficar bem na foto.
E Passos Coelho deu bastante fio à estrela, pensando, à laia de Luis XIV de França: "l'État c'est moi"
Que me lembre, em qualquer das alturas em que o CDS integrou governos, foi sempre por ele, que as coligações rebentaram. Isto deveria pôr de pé atrás todo o partido com necessidade da sua "colaboração" governamental, não lhe dando pretexto para partir a loiça toda e ainda ficar bem na foto.
E Passos Coelho deu bastante fio à estrela, pensando, à laia de Luis XIV de França: "l'État c'est moi"
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Amigos?Longe! Inimigos? O mais perto possível!
Joao Ruiz- Pontos : 32035
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