Gomes Ferreira e Medina Carreira no Governo já' inShare
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Gomes Ferreira e Medina Carreira no Governo já' inShare
Gomes Ferreira e Medina Carreira no Governo já'
4 de Outubro, 2012por Margarida Davim
Fartos dos políticos, alguns movimentos no Facebook querem um Governo de salvação nacional, com comentadores televisivos.José
Gomes Ferreira pode ser o próximo primeiro-ministro? O jornalista de
Economia e subdirector de informação da SIC acha que a ideia «não faz
sentido nenhum». Mas para muitos internautas o homem que dirigiu uma
dura entrevista ao ministro Vítor Gaspar tem todas as condições para
estar à frente dos destinos do país.No Facebook, são já várias as
páginas e movimentos que apoiam a criação de um governo de salvação
nacional com alguns dos comentadores que mais têm criticado as medidas
do Executivo. O economista Medina Carreira, o politólogo Adelino Maltez e
o fiscalista Tiago Caiado Guerreiro são outros ‘heróis’ da crise.
Todos
comentam a actualidade na televisão e somam apoios nas redes sociais,
sendo vistos por alguns como uma alternativa aos políticos que nos
governam.
José Gomes Ferreira nem sequer tem conta numa rede
social, mas a sua página de fãs no Facebook já ronda os 28 mil
seguidores. «Não tenho Facebook e nunca terei. Há uma responsabilidade
de dar feedback constante aos seguidores e eu não tenho tempo para
isso», explica ao SOL.
‘É a prova de que o país endoideceu’
Descartando
qualquer hipótese de entrar na política, tem a certeza de que os que
hoje o aplaudem rapidamente o criticariam se fosse governante: «As
pessoas que gostam de me ouvir criticar a TSU provavelmente não ouvem
tudo o que eu digo, porque eu sou a favor da austeridade». É que, se
fosse ministro das Finanças, a solução de Gomes Ferreira seria «taxar o
13.º mês também dos privados».
Medina Carreira também não tem
tempo para estar na internet, mas isso não o impede de acumular 33 mil
fãs no Facebook. O comentador da TVI24, que já foi ministro das Finanças
após o 25 de Abril, no primeiro Governo Constitucional, desvaloriza o
apoio: «Um governo de salvação nacional comigo? A última prova de que o
país endoideceu é essa» – atira, entre gargalhadas.
«Os
portugueses gostam de paleio», afirma ainda Medina Carreira para
justificar a sua popularidade, assegurando que não está interessado em
dar alternativas às políticas do Governo: «O país está entupido de
ideias. E eu estou farto de idiotas».
Outro dos nomes apontados
para este original ‘governo sombra’ é o de Adelino Maltez que previne
logo: «Se eu nem me sei governar a mim mesmo....». «A malta gosta de
ouvir comentadores», remata, para explicar este movimento. Um governo de
salvação parece-lhe uma solução tanto mais descabida quanto considera
que «a actual maioria continua a ter todas as condições para governar». O
politólogo frisa, porém, a importância da «grande manifestação» de 15
de Setembro – que vê como «um cartão amarelo» à governação, mas não como
um sinal de fim de regime e de rejeição do sistema político-partidário.
O
fiscalista Tiago Caiado Guerreiro também diz que «deve ser uma
brincadeira» a ideia de integrar um governo. «Estou espantado. Sou
apolítico», assegura, perguntando de seguida se Medina Carreira também
está no lote. «Faz sentido. Eu e ele pensamos o mesmo em relação a muita
coisa» – diz, aventando que a expressão «servos da gleba», que usou
para designar os contribuintes, pode ter ajudado a dar-lhe notoriedade.
«Usei o termo no programa do Gomes Ferreira e a coisa pegou». Se
estivesse no poder, garante que não ia aumentar impostos, mas «cortar na
despesa do Estado» – como as rendas monopolistas, as Parcerias Público
Privadas e as entidades reguladoras.
Ninguém assume a ideia
Apesar
de as caras deste ‘governo’ de salvação nacional se multiplicarem nos
murais do Facebook, ninguém assume a paternidade da ideia. O movimento
RiseUp Portugal – em cujo mural foi publicada a proposta – limita-se a
explicar que «este post foi enviado por um seguidor da página». A equipa
assegura que «não apoia neste momento qualquer partido político».
Ana
Nicolau, uma das organizadoras da manifestação de 15 de Setembro ,
ouviu falar na ideia, mas garante que o movimento ‘Que se Lixe a Troika’
não está a apresentar propostas de governação: «A única coisa que
queremos é travar a troika e os troikistas». Mas percebe a popularidade
de Gomes Ferreira: «Isso começou após a entrevista a Vítor Gaspar,
quando ele assumiu que se sentia indignado como todos os portugueses. As
pessoas não estão habituadas a bom jornalismo».
margarida.davim@sol.pt
4 de Outubro, 2012por Margarida Davim
Fartos dos políticos, alguns movimentos no Facebook querem um Governo de salvação nacional, com comentadores televisivos.José
Gomes Ferreira pode ser o próximo primeiro-ministro? O jornalista de
Economia e subdirector de informação da SIC acha que a ideia «não faz
sentido nenhum». Mas para muitos internautas o homem que dirigiu uma
dura entrevista ao ministro Vítor Gaspar tem todas as condições para
estar à frente dos destinos do país.No Facebook, são já várias as
páginas e movimentos que apoiam a criação de um governo de salvação
nacional com alguns dos comentadores que mais têm criticado as medidas
do Executivo. O economista Medina Carreira, o politólogo Adelino Maltez e
o fiscalista Tiago Caiado Guerreiro são outros ‘heróis’ da crise.
Todos
comentam a actualidade na televisão e somam apoios nas redes sociais,
sendo vistos por alguns como uma alternativa aos políticos que nos
governam.
José Gomes Ferreira nem sequer tem conta numa rede
social, mas a sua página de fãs no Facebook já ronda os 28 mil
seguidores. «Não tenho Facebook e nunca terei. Há uma responsabilidade
de dar feedback constante aos seguidores e eu não tenho tempo para
isso», explica ao SOL.
‘É a prova de que o país endoideceu’
Descartando
qualquer hipótese de entrar na política, tem a certeza de que os que
hoje o aplaudem rapidamente o criticariam se fosse governante: «As
pessoas que gostam de me ouvir criticar a TSU provavelmente não ouvem
tudo o que eu digo, porque eu sou a favor da austeridade». É que, se
fosse ministro das Finanças, a solução de Gomes Ferreira seria «taxar o
13.º mês também dos privados».
Medina Carreira também não tem
tempo para estar na internet, mas isso não o impede de acumular 33 mil
fãs no Facebook. O comentador da TVI24, que já foi ministro das Finanças
após o 25 de Abril, no primeiro Governo Constitucional, desvaloriza o
apoio: «Um governo de salvação nacional comigo? A última prova de que o
país endoideceu é essa» – atira, entre gargalhadas.
«Os
portugueses gostam de paleio», afirma ainda Medina Carreira para
justificar a sua popularidade, assegurando que não está interessado em
dar alternativas às políticas do Governo: «O país está entupido de
ideias. E eu estou farto de idiotas».
Outro dos nomes apontados
para este original ‘governo sombra’ é o de Adelino Maltez que previne
logo: «Se eu nem me sei governar a mim mesmo....». «A malta gosta de
ouvir comentadores», remata, para explicar este movimento. Um governo de
salvação parece-lhe uma solução tanto mais descabida quanto considera
que «a actual maioria continua a ter todas as condições para governar». O
politólogo frisa, porém, a importância da «grande manifestação» de 15
de Setembro – que vê como «um cartão amarelo» à governação, mas não como
um sinal de fim de regime e de rejeição do sistema político-partidário.
O
fiscalista Tiago Caiado Guerreiro também diz que «deve ser uma
brincadeira» a ideia de integrar um governo. «Estou espantado. Sou
apolítico», assegura, perguntando de seguida se Medina Carreira também
está no lote. «Faz sentido. Eu e ele pensamos o mesmo em relação a muita
coisa» – diz, aventando que a expressão «servos da gleba», que usou
para designar os contribuintes, pode ter ajudado a dar-lhe notoriedade.
«Usei o termo no programa do Gomes Ferreira e a coisa pegou». Se
estivesse no poder, garante que não ia aumentar impostos, mas «cortar na
despesa do Estado» – como as rendas monopolistas, as Parcerias Público
Privadas e as entidades reguladoras.
Ninguém assume a ideia
Apesar
de as caras deste ‘governo’ de salvação nacional se multiplicarem nos
murais do Facebook, ninguém assume a paternidade da ideia. O movimento
RiseUp Portugal – em cujo mural foi publicada a proposta – limita-se a
explicar que «este post foi enviado por um seguidor da página». A equipa
assegura que «não apoia neste momento qualquer partido político».
Ana
Nicolau, uma das organizadoras da manifestação de 15 de Setembro ,
ouviu falar na ideia, mas garante que o movimento ‘Que se Lixe a Troika’
não está a apresentar propostas de governação: «A única coisa que
queremos é travar a troika e os troikistas». Mas percebe a popularidade
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quando ele assumiu que se sentia indignado como todos os portugueses. As
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margarida.davim@sol.pt
_________________
Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 118184
Re: Gomes Ferreira e Medina Carreira no Governo já' inShare
Quando um pais entra em colapso nem o PROPIO salvador sabe que um dia alguem lhe bate á porta
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