Do comentarismo de Constança Cunha e Sá
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Do comentarismo de Constança Cunha e Sá
Do comentarismo de Constança Cunha e Sá
Há coisas que simplesmente acontecem sem
que tenhamos percepção ou noção da sua causa. Os palcos dados a certos
comentadeiros indígenas incluem-se neste lote. Nunca percebi, talvez
porque nunca me tenha dado ao trabalho de investigar, de quem é que
Constança Cunha e Sá é filha, aparentada ou amiga - para além do óbvio,
que é do conhecimento público. Porque, verdade seja dita, no país dos
fidalgos e fidalgas, o ser filho de algo e a Dona Maria da Cunha
continuam a ser as melhores formas e os mais rápidos atalhos para
singrar no espaço público, onde a valorização do mérito é, não bastas
vezes, relegada para as calendas gregas – embora seja propagandeada por
quem não se coíbe de vociferar em nome do mérito, ao mesmo tempo que
pratica o nepotismo e o amiguismo.
Não gosto nem nunca gostei do estilo de
Constança Cunha e Sá. Aquela quantidade de tiques e tremeliques, a voz
irritante e a exasperante mania de interromper e condicionar
constantemente os seus entrevistados e convidados não a tornam, de todo,
recomendável a quem aprecie bons comentários políticos. Mas o que faz
com que não lhe dê crédito algum é mesmo a sua confrangedora capacidade
intelectual. Tudo ali é achismo sem substância, ao sabor do vento e dos
tempos que passam.
Vem isto a propósito da afirmação que a ilustre comentadora proferiu ontem: «Nunca vi um primeiro-ministro tão mal preparado.»
Sou insuspeito nesta matéria, pois frequentemente critico o governo e
Passos Coelho. E embora também creia que há assuntos nos quais o
Primeiro-Ministro poderia ser/estar melhor preparado, é preciso ser
muito desonesto intelectualmente para proferir uma afirmação destas
depois do país ter sido politicamente abalroado, financeiramente
arruinado e moralmente esmagado pela arrogância, falta de educação e
incompetência gritante de José Sócrates. Passos Coelho não é,
certamente, um intelectual ou um académico. Mas é inegavelmente superior
a José Sócrates, desde logo porque parece ser um homem minimamente
sério, e dados os constrangimentos a que estamos sujeitos, isso é de
suprema importância para o processo de recuperação da credibilidade
externa do país. Como escreveu há tempos o Miguel Castelo-Branco,
«Passos Coelho, pelo menos, não está indiciado em terríveis casos de
roubo organizado, não fugiu para o estrangeiro e tenta, talvez
tolamente, ser fiel ao seu fardo.»
Etiquetas: comentadeiros, comentarismo, constança cunha e sá, governo, passos coelho, primeiro-ministro
publicado por Samuel de Paiva Pires às 12:57
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Há coisas que simplesmente acontecem sem
que tenhamos percepção ou noção da sua causa. Os palcos dados a certos
comentadeiros indígenas incluem-se neste lote. Nunca percebi, talvez
porque nunca me tenha dado ao trabalho de investigar, de quem é que
Constança Cunha e Sá é filha, aparentada ou amiga - para além do óbvio,
que é do conhecimento público. Porque, verdade seja dita, no país dos
fidalgos e fidalgas, o ser filho de algo e a Dona Maria da Cunha
continuam a ser as melhores formas e os mais rápidos atalhos para
singrar no espaço público, onde a valorização do mérito é, não bastas
vezes, relegada para as calendas gregas – embora seja propagandeada por
quem não se coíbe de vociferar em nome do mérito, ao mesmo tempo que
pratica o nepotismo e o amiguismo.
Não gosto nem nunca gostei do estilo de
Constança Cunha e Sá. Aquela quantidade de tiques e tremeliques, a voz
irritante e a exasperante mania de interromper e condicionar
constantemente os seus entrevistados e convidados não a tornam, de todo,
recomendável a quem aprecie bons comentários políticos. Mas o que faz
com que não lhe dê crédito algum é mesmo a sua confrangedora capacidade
intelectual. Tudo ali é achismo sem substância, ao sabor do vento e dos
tempos que passam.
Vem isto a propósito da afirmação que a ilustre comentadora proferiu ontem: «Nunca vi um primeiro-ministro tão mal preparado.»
Sou insuspeito nesta matéria, pois frequentemente critico o governo e
Passos Coelho. E embora também creia que há assuntos nos quais o
Primeiro-Ministro poderia ser/estar melhor preparado, é preciso ser
muito desonesto intelectualmente para proferir uma afirmação destas
depois do país ter sido politicamente abalroado, financeiramente
arruinado e moralmente esmagado pela arrogância, falta de educação e
incompetência gritante de José Sócrates. Passos Coelho não é,
certamente, um intelectual ou um académico. Mas é inegavelmente superior
a José Sócrates, desde logo porque parece ser um homem minimamente
sério, e dados os constrangimentos a que estamos sujeitos, isso é de
suprema importância para o processo de recuperação da credibilidade
externa do país. Como escreveu há tempos o Miguel Castelo-Branco,
«Passos Coelho, pelo menos, não está indiciado em terríveis casos de
roubo organizado, não fugiu para o estrangeiro e tenta, talvez
tolamente, ser fiel ao seu fardo.»
Etiquetas: comentadeiros, comentarismo, constança cunha e sá, governo, passos coelho, primeiro-ministro
publicado por Samuel de Paiva Pires às 12:57
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 117520
Re: Do comentarismo de Constança Cunha e Sá
por acaso ate gosto de ver e ouvir a Constança Cunha e o Sá
Directa sem papas na língua e prepara a porrada no lombo dos assuntos
Directa sem papas na língua e prepara a porrada no lombo dos assuntos
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 117520
Re: Do comentarismo de Constança Cunha e Sá
Ó Mango!. O Samuel não lhe diz nada?
Vagueante- Pontos : 1698
Re: Do comentarismo de Constança Cunha e Sá
.
Não sei quem é o Samuel e nem tenho interesse em saber, mas fiquei a conhecê-lo e ao seu estofo moral, por estas mal escritas linhas, em que precisou de apoucar dois, para fazer sobressair o seu "delfim".
Muito honesto o sr. Passos Coelho?! Não me façam rir! Farto de saber como estava o país, não se coibiu de, pela sede que teve de "ir ao pote", prometer, prometer, prometer.... o que sabia, de antemão, não ir cumprir.
Se não fosse trágico, dava para rir...
E embora também creia que há assuntos nos quais o
Primeiro-Ministro poderia ser/estar melhor preparado, é preciso ser
muito desonesto intelectualmente para proferir uma afirmação destas
depois do país ter sido politicamente abalroado, financeiramente
arruinado e moralmente esmagado pela arrogância, falta de educação e
incompetência gritante de José Sócrates. Passos Coelho não é,
certamente, um intelectual ou um académico. Mas é inegavelmente superior
a José Sócrates, desde logo porque parece ser um homem minimamente
sério, e dados os constrangimentos a que estamos sujeitos, isso é de
suprema importância para o processo de recuperação da credibilidade
externa do país.
Não sei quem é o Samuel e nem tenho interesse em saber, mas fiquei a conhecê-lo e ao seu estofo moral, por estas mal escritas linhas, em que precisou de apoucar dois, para fazer sobressair o seu "delfim".
Muito honesto o sr. Passos Coelho?! Não me façam rir! Farto de saber como estava o país, não se coibiu de, pela sede que teve de "ir ao pote", prometer, prometer, prometer.... o que sabia, de antemão, não ir cumprir.
Se não fosse trágico, dava para rir...
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Amigos?Longe! Inimigos? O mais perto possível!
Joao Ruiz- Pontos : 32035
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